Capítulo 32

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Abro a porta e me arrependo no instante depois quando identifico quem estava ali

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Abro a porta e me arrependo no instante depois quando identifico quem estava ali. 

Philippe estava ali, eu não queria ouvir a voz dele, não queria vê-lo nunca mais. Fecho a porta o mais rápido que consigo, mas Philippe coloca o pé e as mãos me impedindo de fechar. Tento mais algumas vezes, mas em vão.

Bufo desistindo e abro a porta tentando passar por ele, em nenhum momento olho para ele. Não queria vê-lo, não queria me lembrar da cena mais cedo e acho que eu também não conseguia encara-lo, eu estava magoada e tinha medo que se o olhasse eu pudesse fraquejar.

— Emmy. — ele sussurra meu apelido e me segura pelo braço.

— Não me chama assim! — grito com ele e puxo meu braço do contato dos seus dedos.

Cruzo meus braços e encaro o corredor, torcendo para que Alice viesse logo e me tirasse dessa situação.

— Hey, o que houve? — ele diz com o tom baixo. Dou uma risada cínica, ele só pode estar brincando com minha cara. — Por que você não olha para mim? — ele pergunta novamente e tenta me tocar.

— Tira suas mãos de mim! — recuo do seu toque e ele se desespera.

— Emmy, eu não sabia que a festa seria assim e que pudesse magoar você. — Philippe tenta se explicar, ele pensa que estou assim por causa da festa? Ele não se tocou? E se eu nunca soubesse dessa festa, como seria? Eu seria feita de trouxa? A minha raiva aumenta ao analisar essa hipótese.

— Eu não ligo pra isso. — respondo e o olho pela primeira vez, seu rosto vacila com meu olhar, sei que ele pode ver claramente o estado que eu me encontro agora.

— Então por que está agindo assim? — ele diz ainda sem entender o motivo, mas sua expressão muda ao cair sua ficha. — Emmy, não é nada do q...

— Philippe, me poupe né? — digo o interrompendo, não queria ouvir mentiras esfarrapadas. Eu não suportaria porque eu sei o que vi. Eu sabia muito bem e só queria apagar aquela imagem da minha mente. — Parabéns. — digo batendo palmas e ele me confuso e de certa forma magoado. — Você finalmente me fez entender que não vale a pena e que você é mau caráter assim como os outros. — digo movida por raiva e magoa.

— Emilly, me desculpa. Eu jamais queria te magoar, mas o que realmente aconteceu ... — eu o interrompo novamente.

— Quer saber? Chega! Eu não quero ouvir e não quero nem tiver nunca mais! — digo determinada, apesar de me magoar mais ainda ter que disser essas palavras. Caminho pelo corredor para sair de perto dele e ir embora.

— Emilly, por favor. Me deixa explicar?! — ele suplica correndo atrás de mim.

— Eu não quero saber de suas mentiras. Me deixa em paz! — apresso meus passos.

— Philippe. — alguém o chama, uma voz feminina. Eu paro no mesmo lugar e me viro para trás e vejo a mesma garota que o beijara mais cedo. Ótimo, assim eu confirmo mais uma vez minhas teorias e esse seria o choque de realidade que eu precisava para parar de ser patética.

— Curta bem sua companhia. — digo para Philippe me referindo a mulher que o beijou mais cedo. — Porque a minha você não terá nunca mais. — finalizo minha fala, mesmo com dor instalada no meu peito. Eu precisava dizer. Precisava mostrar que ele jamais poderia fazer o que quisesse de mim.

Eu não sou a mesma de antes, eu não posso deixar que eles me usem e me descartem depois.

Viro as costas e o deixo frustrado sem se explicar a mim.

Já estava alcançando a saída e uma mão envolve meu braço, estava me preparando para xingar quando noto ser Alice. Suspiro aliviada.

— Emilly, o que houve?

— Vamos sair daqui primeiro. — digo e saio porta a fora.

Quando estava dentro do carro, desabo em lágrimas.

— Oh Emilly, eu sinto tanto. — ela diz e retira uma de suas mãos do volante e segura a minha.

Eu choro em todo percurso até nossa casa e Alice permaneceu ali me consolando. 

Assim que chegamos em casa corro para o quarto e desabo na cama.

— Ele foi atrás de mim, ele tentou explicar, mas eu não queria ouvir a voz dele. Eu não queria vê-lo.... também não quero mais saber dele. — desabafo ainda chorando e Alice deita ao meu lado. Eu havia chorado bastante, mas ainda continuava a chorar. Isso é mesmo possível?

— E não está errada em pensar assim. Ele te magoou, você precisa do seu tempo agora.

— Alice, de novo isso?

— Emilly, meu bem. Eu sei que a dor maltrata nosso coração e muitas das vezes acabam até destruindo nossos sentimentos. Eu não queria te ver sofrer, mas sabe de uma coisa? — ela pergunta e eu nego. — Eu não prometo que você não vá sofrer mais porque infelizmente eu não posso impedir que isso aconteça de novo, mas eu prometo estar aqui, do seu lado sempre, prometo sempre superar junto com você. Prometo nunca magoar e prometo nunca deixar você também. Você é minha melhor amiga, minha irmã do coração e eu te amo muito. — ela diz me abraçando.

— Obrigada Alice, você é a melhor amiga que eu poderia ter.

— Não, você que é. Agora dorme, eu vou ficar aqui e cuidar de você.

Ali nos braços de Alice eu choro todas as minhas dores e magoas. E adormeço pedindo que amanhã fosse um dia melhor e que toda essa dor fosse embora.


Hey angels

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Hey angels

Fortes emoções nesses últimos capítulos.

Quem estiver com dificuldade para ler os capítulos ou está com algum bug peço que retire o livro da biblioteca e lista de leitura e depois adicione novamente e verifique se o erro foi corrigido.

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All the love,

Vivih

Corações em Jogo | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora