Capítulo 11

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Alfonso: Porque me ajudou? – Perguntou, de repente, a Christian, que assoviava, arrumando uns livros na mochila.

Christian: Vai chegar um dia onde eu vou precisar mentir pra Maite. Nesse dia, ela não vai acreditar na minha mentira. Nesse dia, eu vou precisar de alguém que me ajude a mentir. – Explicou, fechando o zíper da mochila – E nesse dia, meu caro Alfonso, eu não vou aceitar desculpas da sua parte. – Disse, dando dois tapinhas no rosto do amigo. Alfonso riu.

Alfonso: Obrigado. – Disse, por fim, vendo o amigo se afastar em direção a cozinha.

Christian: Disponha. – Disse, abrindo a geladeira. E esse problema estava resolvido.

Uma mínima nota de sua autora: Por enquanto.


Dartmouth era exigente até no primeiro dia de aula. Entretanto, as 11 da noite, quando foram liberados da ultima aula, a maioria dos alunos saiu, foram pra bares, pra festas, comemorar Deus sabe lá o que, mas foram. Ninguém voltaria até o amanhecer. Alfonso sabia disso.



Alfonso: Vai explicar agora? – Perguntou, parado na porta do dormitório masculino, quando Anahí abriu a porta do feminino. Ela havia acabado de chegar, estava com a mochila nas costas ainda. Ela ergueu os olhos pra ele, fitando-o instantaneamente.

Anahí: Olhe, Alfonso, me desculpe, sim? – Pediu, cansada, virando-se pra ele – Eu... eu estou com problemas. Eu fui grossa e injusta com você. Eu não... me desculpe. – Se redimiu, olhando-o.

E ainda assim, como ele poderia sentir raiva daquele anjo?



Alfonso: Ok. Todo mundo tem o direito de enlouquecer, uma vez na vida. – Disse, brincando com ela, e viu seu sorriso nascer no rosto da loura.

Anahí: Obrigado. – Agradeceu.

Alfonso: Os outros? – Perguntou, criando assunto.

Anahí: Só amanhã. Saíram. – Explicou, sorrindo de lado – Espero que sirva pelo menos pro Christopher tomar vergonha na cara e se acertar com a Dul. Francamente. – Murmurou, abrindo a porta de seu quarto.

Alfonso franziu a sobrancelha sozinho no corredor. Porque ela torcia tanto por Dulce, se hoje pela manhã estava aos beijos com Christopher? Não conseguia entender. Não conseguia encaixar nada. Era tudo confuso demais.



Alfonso: E você, não foi porque? – Perguntou, parando na porta do quarto dela.

Anahí: E deixar você sozinho? – Perguntou, largando a mochila em cima de sua cama. Alfonso riu.

Pelo menos teriam a noite. Uma longa noite.


A madrugada foi chegando. Anahí fez a janta pros dois, um frango que cheirava gostosamente a cebola e óleo, e os dois jantaram no carpete da sala. Depois conversaram por tempos, riram, e Alfonso esquecera de sentir raiva ou ressentimento dela. Os dois conversaram sobre Anahí, sobre Dartmouth, sobre a republica. Alfonso fazia perguntas invasivas, e ela sempre desviava, sorrindo. Até que o assunto voltou pra republica, e ambos repararam algo.



Anahí: Existem festas oficiais daqui. – Contou, a certo momento – São como bailes. O primeiro é daqui a um mês.

Alfonso: No dia do jogo. – Marcou, sabendo que o primeiro jogo de basquete era dali a um mês.

Anahí: Isso. É como um baile de abertura. No inicio, é uma festa séria, um baile mesmo, com a diretoria e tudo mais. Depois eles vão embora, e vira brega. – Contou, sorrindo – É mais pra comemorar o primeiro jogo e o começo do ano.

Closer - Perto DemaisOnde histórias criam vida. Descubra agora