Mais que amigos

Londres

. Depois que me mudei para Londres , percebi como é difícil viver sozinha , sem ninguém para conversar . Em Nova York, tinha a minha mãe para me fazer companhia, e meu irmão mais novo para me atormentar ,mais aqui não tenho ninguém . Depois de chegar do aeroporto, pego um táxi e vou direto para meu novo apartamento , ele fica em uma rua bem movimentada . Abro a porta e olho ao redor,  tudo vazio , um recomeço pra mim .
Tiro algumas coisas da caixa e tento arrumar para que fique confortável, arrumo meu quarto que é basicamente um colchonete e algumas almofadas velhas . De noite peço uma pizza e logo vou dormir , pois amanhã irei em uma entrevista de emprego no centro a cidade. No dia seguinte , me arrumo de um jeito formal , saio do prédio e vou para uma lanchonete próxima que já virá no caminho. Entro e está bem cheio, o cheiro do café fresco me invade , sento em uma mesa e logo uma garçonete vem me atender , peço um café e espero pacientemente , na minha bolsa pego um caderno vermelho , pequeno e velho , abro e folhei-o e meus  pensamentos são invadidos por lembranças de meu pai , meu café chega e tomo um único gole . Saio da lanchonete e vou para a entrevista , o prédio era bem alto e fino , entro e por dentro é mais chique ainda , vou até a recepção e pego um crachá de visitante , vou para o elevador . Entro e tem  um único homem , parecia estar nervoso ,  aperto o 9° andar e as portas se fecham , fico perto das portas , e percebo  que ele está me encarando , não dou muita importância . Quando chega em  meu andar chega ,saio e ele também , ando no corredor e encontro a sala ,  bato na porta e entro. A sala está bem fria, tem várias janelas ,  as paredes são pintadas com um tom intenso de cinza , a cadeira está ocupada por um homem de uns 57 anos , com barba branca mediana e linhas de expressão pelo rosto .
- Sente - se por favor. - diz ele apontando para a cadeira em frente à mesa.