•●•●•●V.D.●•●•●•
No ano de 1949 a minha querida mãe sorriu com um sorriso de orelha a orelha a me ver após acabar de nascer, ela viu em meus olhos um futuro incrível e brilhante... Bom isso era oque ela queria para mim, mais não significa que foi bem assim.
Os anos se passaram, e em meu aniversário de dezesseis anos eu ganhei um presente incrível, meu primeiro emprego, eu fiquei bastante contente por que agora eu poderei ajudar minha mãe com as despesas da casa, despesas essas que ficaram difíceis de serem quitadas, desde que meu pai se foi tudo ficaram mais difíceis, eu sentia muito a falta dele, sentia um vazio por ele não está mais aqui, sentia um vazio por eu nunca ter tido um irmão ou uma irmã, e muito menos amigos.
Certo dia eu estava chegando do trabalho e me deparei com uma ambulância na frente da minha casa, logo me assustei e fui correndo para ver oque tinha acontecido, ao chegar lá, eu avia perdido o bem mais precioso que eu ainda tinha, minha querida mãezinha sofreu um derrame cerebral e se foi para junto do Senhor.
Eu fiquei sozinho nesse mundo, sem pai, sem mãe, sem irmãos, esposa e filho, mas mesmo com tudo isso, eu nunca perdi a esperança de que um dia tudo iria melhorar. Com o tempo eu me aposentei, com isso eu não saía mais para lugar algum, a solidão apertava, até que um dia eu decidi sair para procurar algum lugar que me possa fazer bem, se é que esse lugar existe.
Lá estava eu, idoso, velho, cansado, só à espera da hora de partir, sozinho em um parque deserto e melancólico, eu passava todos os fins de tarde observando as folhas secas caírem nessa estação de outono.
Meus dias eram tão tristes e tão solitários que a vontade de partir dessa para melhor se tornou um desejo intenso. Não sei o porquê eu insistia em ir naquele lugar todos os dias, talvez a dona esperança me convencesse de que um dia alguém terá pena de mim para me tirar dessa solidão, ou talvez uma árvore caia em cima de mim acabando de vez com essa dor.
Certo dia, eu senti algo à mais do que somente a solidão, era uma presença ao meu lado que passava a me observar, de primeiro momento eu senti medo de ser a Dona Morte, mas quando olhei, vi que era uma garotinha que ficava sorrindo para mim, como se algo muito bom estivesse acontecido. Dias se passaram e todos os dias eu à encontrava nesse parque, ela passou a me chamar de avô, mesmo não tendo nenhum contato sanguíneo comigo, todos os dias nós dois alimentávamos os pássaros que naquele parque passaram a frequentar, eu comecei a me sentir mais vivo, a presença dessa criança me fazia bem, ela é um neta que eu jamais tive. Mais certo dia algo aconteceu... Eu tive que partir dessa para melhor, e quanto a ela, ela decidiu não se casar e nem ter filhos, e assim ela se tornou a idosa do parque. Quanto a mim, eu não estou triste mais, onde estou não há dor e nem solidão, estou com meu pai e minha mãe, também tenho muitos irmãos, e acima de tudo meu Senhor, mais quanto há ela, eu nunca deixei de ir visita-la naquele parque, ela não podia me ver, mais eu estava lá.Descanse em Paz
Charles Delapaz
1949//2019Historia Fictícia
Autor: Victor Duarte
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Solidão (By:Victor Duarte)
General FictionEssa historia é uma narrativa de um homem que estava perdidamente preso à solidão, até que um dia essa dor se foi... Essa historia possui um unico capitulo. Todos os direitos autorais estão reservados à mim Ricardo Victor Rocha Duarte (Victor Duart...