Eu já não estava aguentando mais.
Passava das onze da noite e o dia foi extenuante. Eu estava cansada, o café revirava em meu estômago e tudo o que eu queria era um banho quente e minha cama macia.
Mas não... Ela estava lá, naquela sua sala quase estéril revirando as páginas do Livro pela centésima vez e no fim, eu tinha que ficar aqui.
Com todo o meu trabalho pronto desde as seis, eu vi um a um de todos os setores indo para suas casas mas eu seguía ali, sentada esperando as ordens da senhora dragão.
Acabei colocando meu computador no mudo, abri um canal de desenhos animados e deixei que as legendas estranhas invadissem minha cabeça para passar o tempo em meio a contornos coloridos.
-Andrea...
Eu não fazia ideia de que horas eram, mas em meio segundo eu estava em sua sala, parada frente a sua mesa e ela seguia encarando o maldito bloco enorme.
-Café.
Foi só o que ela disse.
Eu sai da revista quase em meio a uma nebusolosa, amaldiçoando todas as gerações antes e depois de Miranda.
Quando eu voltei, a noite brilhava intensa por detrás da janela as suas costas. Diferente das vezes que eu largava o café em sua mesa e virava as costas, desta vez ela esticou a mão em minha direção e eu fiz o mesmo entregando o copo em suas mãos. Talvez fosse o sono demais, talvez fosse apenas por que eu sou uma tola, mas em um milésimo de segundo o café caiu contra a mesa, virou no livro e escorreu contra a camisa branca de Miranda.
Então tudo ficou em câmera lenta.
Ela empurrou a cadeira para trás, pegou o livro olhando o estrago feito, encarou meus olhos e largou o livro completamente molhado e destruído ao chão. Ainda me encarando, ela agarrou a própria camisa descolando-a dos seios volumosos.
-Andrea, Andrea, Andrea...
Ela quase rugia entre dentes.
-Miranda, Eu... Eu...
Eu sai correndo em direção ao banheiro privativo dela, agarrando rapidamente a toalha dobrada entre meus dedos e rapidamente corri de volta a ela, quase automaticamente me ajoelhando entre suas pernas e esfregando a toalha em seus seios, barriga e coxas.
-An...dre...a. -ela sibilou e foi aí que eu me dei conta da burrice.
Ergui meus olhos que eu não percebi que encaravam seus mamilos entumecidos contra a camisa e os ergui em direção aos seus. Eles estavam quase verdes, um tom sombrio de quem estava prestes a me estrangular com a toalha.
Eu queria fugir.
Ameacei levantar mas ela segurou-me com ambas as mãos pelo ombro.
Corri meus olhos pelo seu rosto, observando o lábio torto presente ali, a vermelhidão em seu pescoço se formando, a camisa em tons de marrom pelo café marcando seus seios e me permitindo ver seus mamilos por debaixo da renda de seu sutiã, e então... Então logo abaixo... Meus olhos congelaram após passar por sua barriga e ver o volume insano que parecia pulsar contra o zíper de sua calça social.
-Miranda... Isso... Isso... É...
-É sim o que você está pensando. -ela disse rapidamente. -Eu deveria era lhe dar umas boas palmadas por estragar minha camisa favorita.
E foi ai que ela correu suas mãos dos meus ombros por meus braços, acariciou meus punhos e segurando firme um deles, arrastou minha mão com a sua para o local volumoso entre suas pernas.
-Você quer apanhar, Andrea?
E eu só consegui engolir em seco, sentir meu coração pular uma batida e então a encarei.
-Você está surpresa... E não é novidade nenhuma. Eu quero saber se você vai me deixar lhe punir por estragar minha camisa.
-Você quer me bater por eu ter estragado uma camisa sua?
Ela sorriu, um sorriso terrível e assustador.
-Não... Não apenas por isso...
Miranda pegou minha mão, esfregou contra seu sexo duro que palpitava contra meus dedos e depois de ver onde eu a tocava, voltou a me encarar.
-Mas por você me desafiar, dia após dia... Por conseguir aquele maldito Harry Potter, por ter deixado de ser gorda... Por não saber definir tons de azul... Por ter estragado a minha roupa, e obviamente, por você desejar que eu lhe dê boas palmadas com meu pau em você.
-Miranda...
Eu estava atônita.
-Você não quer? Eu acho que quer... -ela disse apertando minha mão contra ela outra vez e eu quase de forma instantânea acabei gemendo.
Miranda se curvou em minha direção, soltou meus pulsos e então segurou meu rosto com ambas as mãos, uma delas deixando que seu polegar passasse por meu lábio ressecado.
Ela me puxou, fazendo-me chegar mais perto e então segurando firme minha face aproximou sua boca da minha mas não me beijou, ela simplesmente correu sua língua molhada e macia por meus lábios, acariciando logo depois o polegar ali novamente.
-Levante-se, tranque a porta, reduza as luzes, e volte aqui... E sem sua calcinha.
Oh Deus... Eu estava louca? Eu estava louca, definitivamente!
Ela soltou meu rosto e imediatamente eu fiz o que ela pediu.
Apaguei grande parte das luzes, tranquei a porta, e voltei em sua direção, a luz de leitura de sua mesa como único guia.
Então, ajoelhada frente a ela, Miranda baixou o zíper de sua calça e encarou meus olhos em uma longa pausa.
-Você não vai sair correndo, vai? -murmurou.
-Não, não vou. -sussurrei encarando seus olhos e logo entre suas pernas onde ouvi outra vez o zíper.
Miranda ergueu seu corpo apenas um pouco na cadeira, o suficiente para sua calça passar por suas pernas e cair aos seus pés.
Então ela abriu a gaveta de sua mesa, retirou uma camisinha dali e pegando minha mão com a palma para cima, a beliscou antes de largar o pacote laminado ali.
-Coloque-a em mim.
-Miranda...
-Rápido.
Em um respirar longo o bastante para que eu tivesse a sensação que meus pulmões explodiram, Miranda baixou o cós da cueca feminina que vestia e então como um passe de mágica o seu sexo grande, duro, rosado e apetitoso parou frente aos meus olhos.
E eu tenho a certeza que estava de queixo caído.
-Coloque... Logo.
Eu podia ver minhas mãos trêmulas contra suas coxas e mesmo tentando inutilmente me acalmar, rasguei a embalagem com os dentes e retirei o objeto de látex da embalagem.
Miranda me encarava com olhos vidrados, os lábios sutilmente entreabertos e eu tinha a sensação que ela iria me devorar.
Levei minha mão livre até seu sexo, o envolvendo pela prineira vez. Miranda puxou o ar entre dentes, suas mãos apertando firme o apoio da cadeira, seus olhos correndo dos meus para onde eu acabara de tocar.
Ela estava quente, pulsava entre meus dedos, úmido na ponta evidenciando desejo e eu cheguei a salivar.
-Isso não é um deleite, isso é um castigo. Ande... Rápido.
E quem respirou entre dentes foi eu.
Levei minha mão até a ponta apenas uma vez, apertando apenas o suficiente para vê-la fechar os olhos e quase, um quase muito perto da realidade, ela jogando a cabeça para trás e respirando fundo... Mas não aconteceu.
Segurei a camisinha contra a glande de seu pênis, deixei que meus dedos escorregassem o material para baixo, e quando meus dedos encontraram a base, Miranda pareceu se recompor e então segurou meus punhos, encarando outra vez meus olhos.
-Vire-se, mãos contra a mesa.
E sem pensar, eu apenas o fiz.
Miranda levantou, a ouvi tirar os sapatos de salto e logo seus dedos tocaram minhas costas, levando uma onda de prazer por todos os centímetros de pele e reverberando em minha intimidade. Seus dedos correram mais abaixo, puxaram o zíper de minha saia e logo ela agarrou as bordas do tecido o puxando para baixo.
E então eu lembrei que ela me pediu para tirar a calcinha.
Ela não disse nada, apenas encostou seu membro contra a lateral de meu corpo, correu a mão por minha bunda e envolveu seu dedo indicador contra o elástico. Um segundo depois, ela o ergueu e o elástico bateu contra minha pele, ardendo o suficiente para que um gemido escapasse de minha garganta.
-Não suporto tarefas mal feitas, Andrea... -sussurrou, o riso contido na garganta.
-Miranda...
-Peça.
Pedir o que?
-Peça e eu farei.
-Me toque, por favor...
-Não, não é isso...
E então eu lembrei.
-Por favor, Miranda... -gemi quase manhosa. -Me castigue.
E foi rápido demais.
Ela riu, eu podia sentir o prazer no som saindo de sua garganta, logo o primeiro tapa ecoou no escritório vazio junto de meu gemido, segundos depois ela o repetiu, acariciando onde bateu, e então, em um passe de mágica, ela afastou minha calcinha e seus dedos tocaram onde eu queria.
-Hm, -ela sussurrou. -gosto assim.
Miranda espalmou uma de suas mãos contra minhas costas, me obrigando a colar o peito contra a mesa de vidro. Seus dedos sumiram milésimos de ouro, mas tempo o bastante para ela esfregar seu pênis em mim, gemer outra vez e em apenas um deslizar, me preencher com ele.
Minha testa colou contra o vidro e no instante em que eu gemi ela me bateu novamente, dessa vez mais forte.
-Lembre-se, isso é um castigo. -Murmurou quase saindo de mim e entrando forte outra vez. -Da próxima vez posso cogitar lhe deixar gozar, mas hoje... Hoje apenas o limite.
-Miranda...
E foi com meu sussurrar de seu nome que seus dedos voaram para meus cabelos, que ela puxou minhas costas para seu peito, que virou meu rosto o suficiente para que eu pudesse ve-la, que ela apertou minha cintura rodeando-a com seu braço e que finalmente... Finalmente começou a entrar e sair de mim.
Forte.
Desmedida.
Constante.
Rápido.
Quente.
Ansiosa...
Tudo vibrando dentro de mim.
Seus olhos encarando minhas expressões.
Seus dedos em meus cabelos se soltando e ela agarrando minha garganta me mantendo no lugar.
-Olhe pra mim, não deixe de me olhar... -ela murmurou entre dentes.
-Gosta assim, não é? Gosta forte... Com tudo dentro, não é?
E foi com suas palavras e com a intensidade que ela se movia que eu comecei a cristalizar, tudo gritando dentro de mim, o orgasmo chegando, chegando... Cada vez mais perto, mais intenso, mais... Mais...
-Quer gozar, Andrea?
-Sim... Por favor, por favor, Miranda...
Ela correu os dedos por meu pescoço, seu indicador parando em meus lábios enquanto ela ainda me segurava, obrigando-me a envolver seu dedo com meus lábios.
-Hm... -ela gemeu -Na próxima vê você vai fazer isso lá... E eu vou gozar com ele aqui, na sua boca...
Eu estava perdida, suas investidas intensas me levando... E levando...
-Me acompanhe, Andrea, goze comigo.
E então sua mão que estava em minha cintura bateu espalmada contra minha coxa, ela voltou a me prender, sua boca mordendo a curva de meu maxilar enquanto ela entrava...
De novo ..
E mais uma vez,
E outra...
E eu me deixei levar, ouvindo seu gemido em meu ouvido, seu grito preso na garganta enquanto ela bombeava ainda forte, me desmontando...
-Andrea?
Eu abri meus olhos, recuperando o orgasmo, encarando seu rosto, mas estas palavras não tinham saído dela.
-Andrea?
Outra vez? Mas...
-Andrea!
Então Meu corpo começou a ficar distante, o toque dela começou a desaparecer, tudo ficando escuro, molhado... Estranho...
E na realidade, meus olhos se abriram e encararam uma Miranda bastante seria e brava me encarando.
-Se quisesse dormir ao invés de trabalhar, deveria ter me comunicado.
E então eu olhei ao redor enquanto ela caminhava para o elevador com sua bolsa em um ombro e o casaco no outro. E em minha frente estavam os desenhos passando, o celular piscando contra a mesa, e minha poça de saliva devido ao sono pairando contra a mesa de madeira.
Puta merda, foi tudo um delírio, tudo, apenas um sonho.******
Olá, pessoas!
Então, vocês pediram e aí está! Primeira história desse gênero, eu espero de verdade que vocês tenham gostado.
Não esqueçam de deixar um comentário, hein?
Beijão, Amy ❤️
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Delírio [CONCLUÍDA]
FanfictionO quão delirante é preciso estar, para sonhar com sua chefe entre as suas pernas de uma maneira nunca imaginada? 🔺 Capítulo Único. ❗História de fã para fã com conteúdo G!P. SE NÃO CURTE, NÃO LEIA.