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Maddy foi quem veio me acordar hoje, disse para eu me arrumar que iríamos na praia e que tomariamos café da manhã lá.

Me levantei com preguiça, não estava com a mínima vontade de ir na praia hoje e minha cama parecia mais atrativa que o Dean Winchester segurando uma rosquinha.

Peguei minhas coisas e desci, estavam todos na sala, exceto o meu pai que aparentemente tinha ido pegar algo que deixou no quarto.

Assim que ele voltou nós fomos para a praia, que desta vez parecia esstar mais vazia que os outros dias.

Andamos um pouco pela calçada, invés de irmos na praia de frente a casa, depois de alguns minutos de caminhada paramos em um quiosque com a decoração animada e várias mesas de madeira envernizadas ao redor, as mesmas sendo protegidas por grandes guarda-sois de palha.

Nos sentamos em uma das mesas, um rapaz veio oferecer os cardápios e anotar nossos pedidos, ele era bem bonito, tinha um sorisso sexy e seus olhos eram azuis.

Fizemos os pedidos e quando ele trouxe minha "água de coco primavera" percebi que tinha um número de celular no guardanapo que envolvia o coco.

Abusado.

Fingi que não percebi e "sem querer" joguei o guardanapo no lixo, tirei uma foto e então continuei a me deliciar com minha água de coco.

Minha família foi para o mar e eu fiquei na cadeira apreciando a vista e sentindo o vento bagunçar meu cabelo.

O rapaz veio até minha mesa e começou a conversar comigo.

Rapaz: Qual é o seu nome coisa linda ?

- Tyler Joseph.

Ele ficou me olhando por um instante até que soltou:

Rapaz: Você é grego ?

- Não.

Rapaz: Um deus desse... só pode ser grego.

Dei um sorrisinho pra ele, gosto que notem minha beleza e que me elogiem, faz bem pro meu ego.

Rapaz: A gente pode se encontrar depois que eu acabar aqui, se você quiser...

- Não quero, obrigado.

Rapaz: Dá só uma chance bebê.

- Não vai rolar.

Rapaz: Qual é?

- Não tô afim. E não é não.

Rapaz: Aaaf você é difícil, hein...

- Não sou difícil, apenas não te quero.

Rapaz: Porque ? O que tem de errado comigo ?

- Você só quer me comer.

Rapaz: E você não quer me dar ? - sorriu e deu uma piscadinha.

- Não, como disse eu sou um deus, e o deus aqui não sai dando o boga pra qualquer um ! - pesquei  irônico pra ele e coloquei o canudo de volta em minha boca.

Ele continuou a insistir, até que alguém o chamasse para trabalhar e eu dei graças à pessoa que o chamou, ele estava começando a encher meu saco.

Mas mesmo distante ele ficava me olhando, sorrindo e piscando para mim, sem falar que toda vez que ele passava perto de mim ele dizia "gostoso, delícia, ah se eu te pego ou passa o zap, bebê" e as vezes assoviava.

Fomos embora mais ou menos às 4 da tarde e a Maddy chorava querendo ficar mais um pouco para brincar com as amiguinhas que fez .

Fiquei com pena dela, mas fiquei aliviado em ir embora e sair do olhar predatório daquele rapaz do quiosque.

ALGODÃO-DOCE • Joshler Onde histórias criam vida. Descubra agora