Rachel Hydrae Black Lestrange não conhecia suas origens, mas odiava a vida de repreensões e censura que levava com os tutores, seus pais adotivos. Sem nunca receber uma informação dos pais biológicos, a menina sonhava com uma família que iria abraçá...
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" Aquelas últimas horas antes de partir definitivamente tinham sido mágicas. Eu sonhara e ansiara por uma família incrível, um mundo de magias poderosas e um local onde eu seria aceita. Aonde quem eu era seria o ideal. Me deixei seduzir com a possibilidade de ser superior aos meus antigos algozes. Ignorei avisos e embarquei direto para minha própria queda."
Marina respirou fundo. Eu podia ver que ela protelava. Ela não queria me contar nada. Ela não queria que fosse necessário.
— Lord Voldemort tinha ideais semelhantes aos de sua família. Só que ele teve a coragem de agir, de fazer aquilo que tantos sangue puros queriam. Resolveu purificar o sangue dos bruxos. Aqueles que nasciam trouxas, mas que possuíam magia eram escoria e mereciam a morte. O mesmo sobre pessoas como eu e Alberto, aqueles de famílias magicas, mas que nasciam sem magia. Trouxas em sua ideologia eram apenas lixo. Objetos de diversão, talvez. Mestiços eram perdoáveis desde que estivessem cientes que eram inferiores. Era uma ideologia muito preconceituosa e má, Rachel.
— Por que ele queria isso ? – Perguntei, a curiosidade me invadindo.
— Ninguém sabe nada do passado dele. Poucos o viram e sobreviveram pra contar a história. Eu tenho um irmão mais velho, ele tinha acabado de se tornar zelador de Hogwarts. Outro aborto. Nossa família era motivo de chacota entre os bruxos. Dois filhos abortos... Nosso nome como bruxos tinha acabado. – Marina contou parecendo ter nojo de tal atitude.– Um dia fui visita-lo na escola. Tinha 17 anos na época e conheci um casal muito peculiar. Lilian Evans, uma nascida trouxa, e James Potter, um Sangue - puro que vinha de uma família sem preconceitos. Eles se amavam demais. Meu irmão odiava James, ele entrara como zelador no ano que James ingressou em Hogwarts e James era um encrenqueiro. –Ela riu e naquele momento pareceu até mais jovem.
— O que isso tem haver com a história ? – Perguntei irritada. Eu realmente não queria saber daquelas pessoas que nada tinham haver comigo.
— Logo irá entender. James e Lilian se casaram e tiveram um lindo menino. O grande problema é que o casal havia enfrentado você sabe quem três vezes, pessoalmente. Pouco antes de Harry James Potter nascer foi feita uma profecia.
Marina respirou fundo. Toda antiga juventude havia desaparecido. Ela parecia pensativa e chateada agora.
— Que profecia ? – Perguntei impaciente.
— Se eu lhe contar, Rachel, terá que prometer jamais contar a ninguém essa profecia. - Marina disse.
— Prometo. – Aquela única palavra que proferi me impediu de evitar varias mortes, mas por um lado não me arrependo. As coisas correram como deviam, mas isso, já é muitos anos a frente daquele dia. A questão é que: Eu não quebro promessas, claro que sou ótima em fazer promessas com furos, especificas demais, porem... Eu nunca quebrava minha palavra.
