♡Prólogo♡

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Jade narrando.

Sabe quando você se sente tão sufocada que as vezes quer gritar sem parar? Quando você olha ao seu redor e se sente completamente sozinha no mundo e sabe que é só você e mais ninguém? Assim que eu me sinto, amo todos ao meu redor mas as vezes me sinto sozinha no mundo como se não tivesse escolha a não ser fugir.

Quando vejo o estado de meu pai, bêbado e drogado por o morro em que moramos e me bate uma tristeza tão grande, tive que enfrentar muitas das vezes as coisas sem cuidado, de vez. Não é fácil viver com alguém que nem meu pai, é difícil ter medo todo dia de ele dever e ser morto a qualquer momento.

Minha madrinha era quem sempre me acolhia e eu amava nela aquilo, desde que minha mãe morreu ela sempre me ajudou mas eu por conta do meu pai sempre fui obrigada a viver dentro de casa cuidando dele e esperando ele chegar bêbado quebrar tudo e as vezes me bater horrores.

A Camila sempre está do meu lado pra tudo, mas te dizer que é fácil não é, já aconteceu várias vezes dele me tirar de casa e eu ter que ir pra casa da minha madrinha ou até mesmo da Cami, ela já me convidou várias vezes pra morar com ela e minha tia Jó que eu considero pra caralho, ela me trata tão bem quanto trata a Cami mas eu não me sentiria tranquila, sei o quanto ela luta pra cuidar da Cami e eu dentro da casa ia me sentir só mais um peso.

Por mais que meu pai seja do jeito que é eu sei que ele é uma boa pessoa, ele quando não bebe fica envergonhado de si mesmo e nem me olha direito, pra parar com sua dor ele volta pra bebida e as drogas. Me lembro de quando minha mãe era viva, o quanto que ele a amava e o pai maravilhoso que ele era, lembro da minha mãe perfeitamente e sei que eu sou totalmente parecida com ela, tenho ainda uma foto de nós duas quando fiz meus 10 anos e três meses depois ela faleceu. Quando essa doença veio meu pai se abalou bastante mas continuou do lado dela até o último suspiro.

Depois ele entrou em uma depressão horrível e com o tempo foi bebendo e usando drogas, isso era de vez em quando e ele continuava um pai atencioso mas depois as frequências aumentaram e foi aí que ele se afundou de vez, hoje em dia ele só trabalha para compra mais bebidas e drogas sem parar.

Minha vida tem virado um inferno e eu não sei mais o que fazer dela.

Estava na casa da minha madrinha porque ela estava com uma doença no pulmão muito forte e infelizmente ela tá de cama, vim para a casa dela cuidar da mesma por uma semana mas depois irei voltar para saber sobre meu pai porque por mais ruim que ele seja eu ainda o amo e não consigo sentir nada de ruim.

E infelizmente essa semana tinha acabado.

Tinha acabado de acordar e olhei para o teto me lembrando que hoje voltaria pra aquela casa em que eu chamava de minha.

Respiro fundo e pego meu celular, conecto os fones e começo a escutar a minha playlist aleatória para tentar assimilar aquilo, as vezes só assim pra eu ter coragem de levantar da cama e enfrentar o dia de sol quente que viria por aí.

Nunca fui de andar pelo morro da minha madrinha, na verdade nem pelo meu porque sempre foi: escola para casa e casa as vezes para casa de minha madrinha e da Cami.

Respiro fundo sentindo aquele ar quente em que o Rio de Janeiro insistia em carregar consigo, começo a pensar em o que iria fazer o dia inteiro, resolvo  mando um foda-se e resolvo levantar de uma vez.

Vou até minha mochila que estava no canto do quarto, pego um short branco e um cropped preto que eu trouxe, pego minha toalha e vou até o banheiro tomando meu banho gelado pra cair na realidade e ter forças para voltar pro meu inferno.

Molho minha cabeça e fico cantando uma música de Billie Eilish - when the party's over. Eu simplesmente amo muito as músicas dela e ouvia também, elas me alcançava e me faz as vezes colocar a cabeça no lugar.

Saio da ducha me seco e escovo meu cabelo secando o mesmo com o secador da minha tia, visto minha roupa e saio do banheiro, vou em meu quarto me perfumo e prendo meu cabelo em um coque frouxo deixando duas mechas finas do meu cabelo atrás de minha orelha.

Arrumo as coisas que tinha espalhadas no quarto na minha mochila, arrumo o quarto todo bonitinho em que eu ficava quando vinha para cá. Calço meu tênis da Adidas que era o único que eu tinha por causa da minha madrinha e desço.

Vou até a cozinha e preparo um café bem caprichado para ela, coloco uns pães de queijo pra esquentar e coloco em um prato, coloco seu cafezinho com um pouco de açúcar do jeito que ela gosta.

Vou até o quarto com seu café da manhã e bato na porta, assim que eu entro vejo ela acordada, ela me dá um sorriso tão maravilhoso e sincero que eu retribuo.

Jade: bom dia dinda - falo entrando com um sorriso.

Clarisse: bom dia Maria Jade - ela me dá aquele sorriso gostoso e meu coração derrete.

Jade: aqui está seu café - falo colocando o mesmo sobre seu criado-mudo - dinda eu... já vou pra casa.

Clarisse: mas já minha querida? - ela pergunta me olhando.

Jade: sim, eu preciso saber como tá a situação de meu pai - falo em meio a um suspiro - mas eu quero você se cuidando viu dona Clarisse, talvez daqui a uma semana eu volte pra cuidar mais da senhora.

Clarisse: Jade minha querida eu não quero que você passe sua vida cuidando de mim e seu pai, quero que você estude e seja feliz, lá deve ser um sacrifício isso acontecer, você sabe que eu estou aqui e meu sonho desde que sua mãe se foi é você vir morar aqui comigo, eu prometi isso a ela mas seu pai disse que aguentaria cuidar de você - ela segura minhas mãos e me olha - eu entendo você amar seu pai e não digo que esteja errada mas se arrisca muito quando volta pra lá.

Jade: eu sei dinda, eu juro por Deus que qualquer coisa grave que acontecer eu venho pra cá é não volto mais - falo e ela cerra os olhos.

Clarisse: você já me disse isso outras vezes Maria Jade - ela fala e eu sorrio se lado.

Jade: mas eu nunca jurei dinda, agora eu estou jurando e por Deus - falo e ela assente.

Ela fica comendo e eu me despeço da mesma com um beijo na testa, saio e me encontro com a tia Jó, ela fala pra eu ficar tranquila e eu saio descendo o morro indo direto para o ponto de ônibus.

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Entããão, eu sei que por ser um prólogo devia ser menor... e tals mas eu me animei e ficou assim.

Mas foi de todo core tá.

Mas foi de todo core tá

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A Fugitiva [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora