Madrid aqui vou eu!

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Abri as mensagens das meninas que apenas estavam preocupadas devido ao meu comportamento na sexta-feira, ou seja, ainda não sabiam de nada. Apenas lhes respondi que tava tudo bem, só era um daqueles dias em que eu estava distraída e umbocadinho tolinha (tolinha já sou mas vocês percebem). E quanto aos meus pais, decidi não responder pois não sei o que havia de dizer mais.

Estava a ficar tarde e tinha de partir pra Madrid. Peguei na mala e nas mochilas e pu-las na mala do carro com a ajuda do Thomas e do Peter. Eles levaram-me à estação de comboios onde nos despedimos.
- Bom, foi um prazer ter ficado com vocês e nem há maneira de vos agradecer por tudo o que fizeram por mim, a sério, muito obrigada por tudo do fundo do coração.
- Não tens de agradecer, o prazer foi todo nosso. - disse o Peter depedindo-se com dois beijinhos e de seguida retirou-se pra me deixar a mim e ao Tom a sós.
- Eu nunca conheci ninguém como tu, és mesmo especial, e estou muito agradecido por nos termos encontrado. Odeio pensar que te vou deixar sozinha por aí... - disse ele.
- Não me vais deixar sozinha, é uma escolha minha e por isso não tens de te sentir culpado. E tudo o que me acabaste de dizer aplica-se também a ti. Nunca te esquecerei e lembra-te que continuaremos a falar, nunca o vou deixar de fazer.
- Eu gosto mesmo muito de ti.. - declarou ele.
- Eu também gosto muito de ti. - enquanto eu dizia estas palavras ele olhava atentamente para os meus lábios e sem eu estar à espera ele rapidamente aproximou-se de mim, agarrando as minhas faces e beijou-me. Eu nem tive reação, pois nem sequer tive tempo para reagir.
- Desculpa não pude evitar. - disse ele.
- Não precisas de pedir desculpa.
Digamos que não adorei o que ele tinha acabado de fazer pois apenas o via como amigo, mas não me importei.
- Tenho de ir, o meu comboio parte daqui a pouco. - disse enquanto o abraçava.
- Adeus... - disse ele tristemente.
- Adeus Tom. - disse enquanto agarrava a mão, dando-lhe um beijo numa das bochechas rosadas dele.

As nossas mãos foram-se desentrelaçando à medida que me afastava até serem totalmente separadas pela distância.

Sentia-me triste por o deixar mas uma nova vida, digamos assim, me espera.

- Madrid aqui vou eu! - pensei pra mim própria enquanto me dirigia para os carris, vendo já o meu comboio chegar.

Entrei e pouco depois este partiu. Fiquei sozinha com os meus pensamentos.

Penso que esta viagem vai mudar muito a minha mentalidade e abrir partes de mim nunca vistas. Sabia bem estar longe de tudo, só não sabia bem estar longe dos meus amigos, nomeadamente... do Kevin...
Sinceramente não sei o que sinto por ele. Não sei se é amor, ou se é simplemente uma crush, um fraquinho. Mas que ele tem alguma influência em mim, tem, e não é uma das más...

The Rescue MissionOnde histórias criam vida. Descubra agora