Capítulo 17 - O início das investigações (+18)

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"—Eu estou completamente rendido a você, Vanessa."


VANESSA P.O.V

Depois das carícias que troquei com o delegado, ficamos conversando por mais um tempo e eu fui para o meu quarto dormir.

Não dormi com o delegado porque a cama do quarto dele era de solteiro, então seria meio apertado para nós dois, e por respeito a dona Lisa. Eu sei que o delegado e eu já somos adultos, mas eu não sabia o que dona Lisa pensaria sobre eu e o filho dela dormirmos juntos, e como estávamos na casa dela, eu evitaria a todo custo causar qualquer mal estar. Eu não queria que ela se sentisse desrespeitada.

No dia seguinte, o delegado e eu fomos cedo para Boston. Chris iria me entregar os registros telefônicos de Ben e eu iria analisá-los junto com Margot.


Boston, quarta-feira

John Hancock Tower™ - Clarendon, 200

09:26

—Amiga, olha que estranho isso –Margot falou me chamando.

Estávamos sentadas em nossas respectivas mesas, no escritório de publicidade que trabalhávamos, analisando os registros telefônicos de Ben Daddario.

—O que foi? –perguntei deslizando com minha cadeira de rodinhas até Margot.

—Olha os registros das ligações do Ben do dia 22 de agosto até dia 25. Foram 22 ligações no total, sendo 6 ligações para o mesmo número e 4 ligações para quatro números diferentes. São muitas ligações. Com quem ele tanto falava? –Margot falou intrigada.

Olhei os registros que Margot falou e comecei a analisá-los. As ligações eram quase todas intercaladas e em um intervalo de tempo muito pequeno.

—Vamos ligar para esses números para descobrir –falei.

Margot destacou com um marca texto essas ligações e eu anotei os números em um papel, pronta para investigar.

—Vou continuar olhando os registros –Margot avisou.

—Ok. Vou ligar para esses números e vejo o que descubro –informei.

—Nós vamos conseguir –Margot falou tentando me tranquilizar.

—Nós temos que conseguir –corrigi Margot, apreensiva.

Peguei os 5 números das ligações suspeitas e liguei número por número. A minha tática para descobrir quem eram aquelas pessoas era falar que aquele número tinha me ligado e eu perguntava quem era.

Alô, quem fala?

Eu perguntava e a pessoa respondia o seu nome. Caso a pessoa não falasse o sobrenome, eu perguntava o sobrenome e fazia a sonsa.

Fulano do quê? Não estou lembrada de você.

A pessoa respondia o sobrenome e eu explicava o motivo da minha ligação.

Eu vi no meu celular uma ligação perdida desse número e estou ligando para saber o que era; mas acho que foi engano. Você deve ter ligado para o número errado.

Era a minha cartada final.

Em 4 das 5 ligações que fiz, isso deu certo. As pessoas pediam desculpa e falavam que provavelmente deveriam ter ligado sem querer. Em apenas 1 ligação não deu certo.

—Alô, quem fala? –perguntei.

Você que está me ligando, deveria saber quem é –a pessoa foi extremamente grossa comigo.

Ben Daddario, o marido infielOnde histórias criam vida. Descubra agora