o pequeno fantasma floral estava sentado na grama de um parque de sua cidade. ele gostava desse parque, porque o mesmo o proporcionava uma visão ampla do pôr do sol.
a brisa leve do vento batia contra as folhas da árvore em que o garoto estava encostado. ainda com a sombra da árvore, o fantasma precisava de seus óculos escuros para proteger sua visão dos intensos raios solares.
era um garoto sensível, e ele não gostava disso. ele não conseguia assustar ninguém, pois as flores estampadas em si o faziam ficar fofo. ninguém se assusta com um fantasma fofo.
os fantasmas assustadores zombavam dele por causa disso. isso fazia com que o pequeno chorasse, e se sentisse sensível e solitário.
conforme o garoto assistia ao pôr do sol, ele começava a se sentir sozinho. isso o levou a derrubar uma lágrima de um de seus olhos, e isso fez com que ele começasse a chorar cada vez mais.
o sentimento de solidão era um dos piores que tyler já havia sentido.
aos poucos o sol foi embora, trazendo em seu lugar a lua. a noite conseguia ser ainda mais solitária para o garoto, era o momento em que todos os seus medos vinham a tona, e em que todos os fantasmas malvados diziam coisas ruins para o pequeno fantasma.
era a hora que os fantasmas assombravam não só as pessoas, mas também outros fantasmas.
mesmo em meio ao choro, o som de um galho se quebrando não passou despercebido para o fantasminha.
ele abruptamente se assustou, estava com medo de que criatura poderia estar ali, para lhe atormentar desta vez.
de maneira repentina, um garoto alienígena surgiu em sua frente. era um garoto lindo, tyler não poderia negar.
o pequeno fantasma ainda tinha lágrimas escorrendo em seu rosto, enquanto encarava o garoto, que o olhava confuso como se quisesse saber o motivo de seu choro.
— uh, oi. eu sou o josh, qual é seu nome?
o mais novo continuou olhando para o garoto, sem saber o que responder. suas bochechinhas de fantasma ficaram rubras, corando quase que violentamente.
ele nunca sabia o que dizer, não era muito bom em conversar com outros seres. geralmente eles só falavam com o fantasma para o insultar, então ele nunca respondia nada.
— o-oi. eu... sou tyler. - respondeu assustado.
o pequeno alien parecia ser legal e isso o assustava. que motivos ele tinha para ser legal com alguém como ele?
— posso sentar do seu lado?
— c-claro. - assentiu, observando bem cada movimento que josh fazia, ao sentar em seu lado.
— hm... quer me dizer porquê estava chorando? - ele perguntou com cuidado, temendo que tyler chorasse de novo.
ele olhou para baixo pensando no que devia responder. aos olhos do mais velho, o fantasma pensativo era uma das cenas mais fofas que existiam.
— não é nada, só me senti um pouquinho solitário. - disse a verdade com um pouco de receio, enquanto olhava para josh novamente.
— eu também me sinto assim às vezes, mas minha mãe me mostrou como não sentir mais isso.
— como?
— acho que se você se sentir amado, você não vai se sentir solitário, pois vai saber que a pessoa que te ama sempre estará com você.
o alienígena sorriu sincero ao fantasma, que sorriu também, com os olhinhos lacrimejados por conta da frase que o mais velho dissera.
— então você... você vai ser meu amigo?
— sim ty, eu vou ser seu amigo. - ele sorriu largo, mas logo depois arregalou os olhos, envergonhado - s-se você quiser, é claro.
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floral ghost • joshler/tysh
Fanficonde um adorável garoto fantasma se sentia solitário e um pequeno garoto alienígena tentava cuidar dele. joshler/tysh; twenty one pilots.