Pov Magnus
Entrei na pequena cafeteria e me sentei no lugar de sempre. Com o meu trabalho era sempre bom manter a descrição se eu queria tomar um café da manhã calmo. E aqui era um lugar perfeito, pois eu me sentava em um cantinho onde era mais difícil de alguém me ver.
A garçonete não demorou a vir anotar o meu pedido. Eu escolhi apenas um café e comecei a ler o roteiro do novo filme que eu iria fazer. Era um filme sobre caçadores de sombras, vampiros e feiticeiros. Eu faria um feiticeiro que estava vivo há mais de séculos e estava mais empolgado do que normalmente ficava quando começava um novo filme.
Já fazia um mês que eu vinha quase que todos os dias tomar café da manhã aqui. Era uma cafeteria simples, pequena, confortável e principalmente, discreta.
Mas não eram esses os motivos que me faziam vir aqui. O real motivo era um jovem de olhos azuis e a pele branquinha, que eu não fazia ideia de como se chamava.
Na primeira vez que eu estive aqui, eu estava extremamente estressado. Havia discutido com a minha empresária e melhor amiga Catarina, porque ela queria que eu fizesse uma série, porém eu queria fazer o filme, na qual eu estava lendo o roteiro agora.
Eu estava chateado e irritado naquele dia, mas de repente passou. Na verdade passou quando o belo rapaz entrou pela porta com um livro de baixo dos braços e uma expressão calma e serena. Não parecia ter mais que dezoito anos. Ele se sentou em uma mesa que ficava de frente pra mim e começou a ler. Ele pediu um chocolate quente e ficou lá por horas, eu sabia disso porque também havia ficado lá, mas fiquei apenas para observa-lo.
Uma semana se passou depois daquele dia e eu não consegui tira-lo da minha cabeça. Aqueles olhos azuis, cabelos pretos e pele alva ficava nos meus pensamentos o tempo todo e eu não tive outra escolha a não ser voltar na cafeteria com esperança de que pudesse encontra-lo novamente.
Ao longo dos meus vinte e quatro anos eu já tive muitas felicidades na vida, mas nenhuma felicidade foi tão simples e pura quanto a que eu senti no meu coração quando o vi chegar, estava com um livro diferente, porém com a mesma expressão serena e calma. Me peguei pensando em como fazia tempo que eu não me sentia assim, calmo e relaxado. Com todas as responsabilidades que vinham junto quando se é um ator famoso era difícil ter um dia onde eu não estivesse preocupado com algo.
Os dias depois da segunda vez que eu o vi se seguiram e quando percebi já estava na minha rotina ir na mesma cafeteria para observa-lo ler enquanto tomava uma caneca de café e ele um copo com chocolate quente.
Eu me sentia um verdadeiro perseguidor, mas não conseguia evitar, observa-lo havia virado parte do meu dia e no meio de tanto caos que era a minha rotina, vê-lo ler mesmo que de longe era a melhor e mais agradável parte do meu dia.
Estar na presença dele, mesmo que de longe, me deixava mais leve e feliz, não importava quais problemas eu havia enfrentado no dia interior, a presença dele era sempre boa pra mim e por isso eu havia o apelidado de meu anjo.
Todos que eram próximos a mim sabiam dele, sabiam o quanto ele era importante pra mim mesmo eu nunca tendo trocado uma palavra com ele. Tinha alguns que me achavam louco por estar fazendo isso, mas no fim todos me apoiavam.
Eu sabia que tinha que tentar uma aproximação, tentar conversar e quem sabe assim conseguiria algo mais que observa-lo de longe, mas eu tinha receio. Receio porque poderia assusta-lo, fazê-lo parar de frequentar a cafeteria e no fim, nem observa-lo mais eu poderia.
Eu estava concentrado no roteiro quando ele chegou. Estava frio, e ele vestia um conjunto de moletom e estava com um livro em mãos.
Como sempre ele foi direto para a mesa perto da janela, a mesma mesa onde sentou há um mês atrás no dia em que eu o conheci. Era um lugar perfeito para observa-lo e eu era grato por ele sentar ali todos os dias.
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My Angel (One Malec)
FanfictionJá fazia um mês que Magnus ia até a pequena e simples cafeteria para vê-lo. 30 dias e ele não teve coragem de sequer dizer um "Oi". Até que um sorriso muda tudo e ele finalmente tenta uma aproximação. E foi a melhor decisão que ele já havia tomado...