𝐋𝐄𝐆𝐄𝐍𝐃𝐒 ˚ ༘♡ ·

if I love you, was a promise?

ANY P.O.V

Foi exatamente as dez de uma quinta-feira que chegou a carta de aprovação para mim da Academy Artists de Los Angeles, nunca gritei tanto na minha vida. Estava tão feliz por todo meu esforço ter valido a pena, depois de longos meses em audições finalmente fui aceita e isso diria que voltaria para minha antiga casa. Ah! Não podia nem acreditar de que era real tudo aquilo. Decidi que em três dias iria embora, fiz questão de me despedir de todos meus amigos antes de ir embora. Gui chorou igual um bebê e Yudhi ficou bravo mas logo começou a chorar, Raissa adorou pois poderia ficar na minha casa quando fosse para lá, ficou me dando conselhos nada legais sobre o que fazer lá, sério ela é muito sem juízo.
Então aqui estou eu me preparando para retornar aos Estados Unidos, céus estou tão animada que poderia saltitar a cada passo que dou em direção ao embarque.
Já tinham se passado tantos anos desde que voltei para o Brasil que nem me lembro mais de como Los Angeles é. Quando eu tinha por volta de 13 ou 14 anos minha mãe voltou para cá para cuidar de minha avó, infelizmente a perdemos no fim do ano passado, agora eu me formei e iriei estudar no meu segundo país. Queria poder levar minha mãe comigo mas ela se recusa a deixar Belinha e meu avô aqui sozinhos, mas se bem que sou bem crescida e sei que poderei me virar sozinha, ainda temos nosso pequenos apartamento perto do centro e pelo o que eu sei ainda está mobiliado, sem falar na minha grande quantia que guardei desde quando tinha 5 anos, com certeza ela me sustentaria até eu arrumar um emprego.
Meu voo sairia em poucos minutos, já estava acomodada em meu acento e como de costume sempre com meus fones de ouvido no máximo, ouvia minha playlist para viajar, o que resumia em músicas calmas e com o ar clássico. Estava tão entretida com a música que não percebi o rapaz que sentou ao meu lado, só me dei conta quando ele me cutucou. O olhei e ele estava rindo.

__Pois não? -perguntei confusa, nunca tinha visto ele na vida, pela cara não era brasileiro pelo menos eu achava que não.

__Você estava cantando e o senhor da frente reclamou que queria dormir -ele responde em meio a uma risada, tive certeza de que não era brasileiro pois seu inglês era muito bom, um americano de verdade depois de tantos anos- Afinal, você canta bem, Noah Urrea -o garoto estende a mão para mim.

__Any, Any Gabrielly -mesmo estando com vergonha por ter cantado ao ponto de alguém ouvir, abri um sorriso e apertei a mão dele.

__É americana Any? -Noah pergunta ainda me olhando.

__Não e sim, depende na verdade. Nasci aqui no Brasil mas cresci como cidadã americana, então creio que tenho dupla cidadania. -respondi dando de ombros e me ajeitando na cadeira- O que fazia aqui no Brasil?

__Boa pergunta -Noah ri baixo antes de começar a explicar- Eu estava no México e decidi visitar outros países da América Latina, Brasil é o mais bonito, só que tenho que voltar pois irei encontrar um amigo, vamos morar juntos e tudo mais, porém e você? Por que está voltando para USA?

__Entrei em uma academia de arte lá, então vi que era hora de voltar ao meu antigo país, espero que ele não esteja muito diferente, a última vez que estive lá foi a quatro anos atrás -ri baixo trazendo a mente lembranças de antigamente.

Eu e Noah viramos amigos logo de cara, ele era uma pessoa incrível, super engraçado e muito simpático, depois de tanta conversa caímos no sono.

~

Acordei com o garoto me chamando dizendo que tínhamos chegado, meu Deus tinha dormido bastante. Peguei minha bolsa e celular e então descemos do avião. Estava tão feliz por estar de volta, meu coração podia explodir de tanta alegria que sentia naquele momento. Fui andando com Noah até ele ir correndo em direção à um garoto loiro, eles se abraçam e fazem um toque engraçado com as mãos. Olhei bem o garoto loiro e uma breve memória vem em mente. Meu Deus! Não podia ser ele! Não é possível, está tão diferente desde que o vi pela última vez. Alto, um pouco forte mas seu olhar era o mesmo de sete anos atrás, encrenca. Não sabendo o que fazer me virei de costas fingindo estar olhando alguma coisa no celular, talvez Noah esquecesse que eu estava ali e fosse embora com o amigo, ou não. O que eu iria fazer? Será que o abraçaria? Ou dizia apenas oi? Meu Deus. Faziam-se tantos anos que não o via que agora parece que meu coração irá saltar de tão acelerado que está batendo. Ouvi Noah dizer alguma coisa mas não consegui compreender, continuei de costas pedindo a Deus para que ele tivesse ido mas em vez disso, senti alguém segurando minha mão.

__Oi Any -reconheceria aquela voz de longe, só podia ser ele, me virei e o vi sorrindo ladino, sempre aquele sorriso fofo.

__Oi Josh -nos abraçamos e foi mais apertado do que eu pretendia mas muito bom, quando ele se afastou o olhei ainda sorrindo.

__Você está tão diferente! -Josh manteve seu sorriso me olhando sem deixar de segurar minha mão.

__Você também está! -rimos baixo.

__Se conhecem? -olhamos para Noah que parecia confuso com tudo aquilo.

__Eu e a Any crescemos juntos e... e éramos amigos -ele gaguejou mas logo falou.

Amigos próximos eu diria né Joshua.