Apaixonada por você?

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Kate

Acordei com a claridade invadindo o quarto. Pisquei devagar, ajustando a visão, e percebi que a janela estava aberta. Me sentei na cama e vi Nathan dormindo ao meu lado. Ele era... muito bonito. Olha só o que eu estava pensando.

Coloquei a ponta dos dedos no chão, me levantei devagar para não acordá-lo e fui até a porta. Sai do quarto, encostando a porta sem fazer barulho, e segui para o meu quarto. No banheiro, fiz minha higiene matinal e tomei um banho rápido.

Vesti uma calça preta justa, uma blusa branca, jaqueta preta e botas de cano longo. Meu cabelo tinha acordado bonito, então deixei solto, fiz uma maquiagem leve e saí.

Na cozinha, Guadalupe terminava um bolo.

— Bom dia, menina Kate. — disse ela, me abraçando.

— Bom dia, Lupe. — sorri. Ela tinha se tornado quase uma mãe para mim naquele tempo em que eu estava trancada naquela casa.

— Tô fazendo bolo de chocolate, sei que a senhora gosta.

— Amo, pra falar a verdade. — ri.

— Daqui a pouco tá pronto. Acordou cedo hoje, hein.

— Que horas são? — perguntei.

— 9:15.

— Fiquei sem sono. — dei de ombros.

Ficamos conversando enquanto ela terminava a cobertura do bolo, até que a campainha tocou.

— Deixa que eu atendo. — falei.

Fui até a porta e abri. Era a mãe do Nathan, sorridente.

— Bom dia. — disse ela animada.

— Bom dia. — retribuí o cumprimento com um beijo no rosto. — Entra.

— Cadê o Nathan?

— Acho que ainda tá dormindo. — falei, fechando a porta.

— Pode chamar ele pra mim, querida? — pediu, fazendo um bico.

— Claro. — ri. — Vou lá.

Subi as escadas, reclamando mentalmente da falta de elevador numa casa tão grande. Bati na porta do quarto duas vezes e nada. Mais duas, e ouvi um "entra" rouco.

Abri a porta e o vi sentado na cama, só de toalha. Uma tentação.

— Sua mãe tá aqui. Quer falar com você. — avisei, a voz baixa.

Nathan se levantou e veio até mim.

— Por que você não tava aqui quando eu acordei? — perguntou, pousando uma mão na minha cintura.

— Perdi o sono... não quis te acordar. — respondi, nervosa.

— Hum. Fala pra ela que já desço. — falou perto da minha orelha, me arrepiando.

— Tá... bom.

— Tá nervosa, Kate? — perguntou com aquele sorriso misterioso.

— Não. — respondi, depois de um tempo, só pra ouvir ele rir e começar a beijar meu pescoço.

Me afastei com muito esforço, abri a porta e desci as escadas meio atordoada. Encontrei a mãe de Nathan no sofá.

— Ele já desce. — avisei.

— Obrigada. Vai sair hoje, querida?

— Não... vou ficar por aqui.

— Quer sair comigo? Um shopping, ou algo assim.

Nas Mãos do Destino [Versão Atualizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora