I Found You

I fond You

Durante seu período como uma divindade auto reconhecida pelo plano espiritual – o que não fora lá muito tempo – o grande sábio Son Oh Gong pudera ouvir muitas histórias sobre como era o submundo de divindades que já haviam passado por lá e as que por si só viviam neste território habitado pelos mortos em sua maioria. Algumas tão absurdas que o fazia rir só de lembrar.

Todavia, independente de verdadeiras ou exageradas a única coisa que parecia se repetir nessas histórias era que chegar ao território dos mortos não era algo fácil para alguém vivo e louco o suficiente para tentar correndo o risco de ficar definitivamente preso.

Haviam sido muitos favores feitos e outros cobrados para garantir uma entrada e saída segura, acordos que outrora Son Oh Gong pensaria duas vezes antes de fazer. Verdade seja dita, o fato de ter irritado um dos guardiões do submundo não ajudava muito e a entrada não lhe era permitida de modo algum, sendo assim, a tentativa de entrar contra a vontade deles terminaria irritando os outros dois restantes – não que Son Oh Gong realmente se importasse, para o grande sábio irritar seres imortais era um passatempo ocasional de qualquer maneira.

Mas dessa vez necessário.

A divindade macaco fechou os olhos apreciando a brisa temperada do local em que agora se encontrava, não havia o frio o incomodando como muito acontecia no mundo mortal, o sol que reluzia no céu não era quente demais como normalmente gostava – como ele preferia dada a sua origem – era o tipo agradável para humanos principalmente quando acompanhado de pequenas rajadas de ventos frescos como estava de fato acontecendo. Um clima verdadeiramente acolhedor.

Son Oh Gong não sabia qual era a estação favorita de sua amada, porém, o vislumbre de um passeio em alguma praia em um dia quando o clima estivesse assim com Seon Mi fez o homem sorrir sentindo uma polegada a mais de motivação para continuar sua caminhada pelo caminho de plantas que balançavam suavemente com a brisa assim como as gaias mais finas de algumas árvores.

Conforme andava mais e mais os tipos de vegetação iam mudando lentamente, em alguns momentos passará por alguns humanos que o saudaram como se fosse apenas um deles. Pessoas completamente em paz o grande sábio percebeu podendo concluir por fim – torcendo mais talvez – que Jin Seon Mi também estaria assim em algum lugar dali.

O tempo no mundo dos mortos passava em uma velocidade diferente do mundo dos vivos, talvez para Seon Mi houvesse passado apenas algumas semanas em que estivesse morta, longe dele e não longos anos o esperando, afinal, ela já havia esperado 25 anos por ele no passado. Seria muita injustiça faze-la esperar ele por mais um longo tempo novamente.

Principalmente depois de cumprir sua profecia que salvara a humanidade e a levara a morte.

Jin Seon Mi merecia tudo de melhor que um dia o mundo lhe negou e Son Oh Gong moveria os céus se preciso para lhe dar.

"Por Sam Jang, Son Oh Gong queimou o mundo uma vez"

A vegetação se tornou mais escassa e o ar levemente mais quente. Quase lá, sentiu com satisfação. A divindade ergueu uma das mãos ao alto para tampar um pouco a luz do sol que atrapalhava enxergar o que estava ao longe. Ou melhor dizendo quem.

Sua amada se não tiver sido enganado pelo mensageiro fofoqueiro das divindades que parecia criar tanta confusão quanto ele.

– Jin Seon Mi! – seus passos se tornaram mais rápidos na direção da mulher de costas e sua voz saíra aguda quando o nome desta pulara de sua boca de modo desesperado.

Bem ao longe a mulher trajando um vestido branco longo desprovido de mangas virou-se lentamente demais na opinião do macaco. Era ela. O rosto de sua amada Sam Jang fora como um combustível queimando dentro de Son Oh Gong o fazendo correr ainda mais rápido em sua direção.