Aquele era definitivamente um dia de cão, não há nada pior do que acordar e descobrir que seu fone havia quebrado de forma misteriosa, pra piorar era um domingo.
Mark com certeza não sairia de casa, mesmo por um fone.
Nosso garoto imaginou que ficaria tudo bem, afinal, quanta falta um fone pode fazer? Bom, naquele dia fez muita. Talvez, enquanto o moreno pensava sobre isso ele houvesse esquecido que morava com um colega realmente barulhento.
Donghyuck era uma coisa, falava alto, ria alto e ainda passava o dia cantando pela casa, o que não deveria ser ruim já que o de cabelos avermelhados tem uma bela voz, porém esse garoto estava inclinado a sempre ficar viciado em músicas chicletes, que eram bem chatinhas do ponto de vista de Mark.
Deveriam ser umas quatro da tarde, Hyuck andava pela casa — perdido entre arrumar seu quarto e prestar atenção na cozinha - e como sempre ele estava cantarolando algo, ao mesmo tempo havia um garoto de cara amarrada na sala, estava irritado porque não conseguia se concentrar em seu livro de jeito nenhum. Por mais que o moreno fosse tido diversas vezes como "chato" por seu própio colega, ele tentava ao máximo não interferir nos hábitos do outro, assim como Donghyuck fazia com ele. Dessa forma, ambos mantinham uma convivência totalmente pacífica embora fossem diferentes. Um exemplo é que o garoto de fios coloridos é bem elétrico e costuma a sair bastante, já o moreno costuma a passar muito tempo em seu quarto e é muito difícil dizer quando ele está animado com algo ou não.
Agora, já em seu quarto, Mark realizava sua leitura de forma lenta, quase como se estivesse saboreando cada palavra, uma paz lhe invadia. Para ele havia poucas coisas melhores que isso. Toda sua atenção estava voltada ao seu livro, por isso tomou um grande susto ao ouvir um baque acompanhado de um xingamento.
"Eu não vou falar nada, não vou", repetia mentalmente para si mesmo.
O relógio digital marcava seis horas, todo o barulho na cozinha havia cessado e agora estava concentrado no quarto de Hyuck, que infelizmente ficava na frente do quarto do mais velho. E mais uma vez a voz doce entoava aquelas palavras rudes e vulgares, Mark se revirava na cama, não aguentava mais ouvir aquelas palavras, era como se elas já estivessem penetrando sua alma.
— Quando a vontade bater, vou chamar pra foder daquele jeito... — O ruivo cantava alto pela casa, mas mal sabia ele que aquilo seria a gota d'água no mar de irritação em que Mark se encontrava.
— Donghyuck, se você cantar essa música mais uma vez você vai ver... — Mark saiu ameaçando ao mesmo tempo em que abria sua porta de forma agressiva.
— O que você vai fazer? — Provocou com sua expressão travessa, que estava soando estranhamente sexy aos sentidos do moreno.
— Que droga. Não cante essas merdas, ok? — O mais novo nada disse, apenas respondeu dando de ombros.
Assim que retornou a seu quarto pôde desfrutar de cinco minutos preciosamente silenciosos, mas era óbvio que não iria durar muito. Mark fez aquela cena mesmo sabendo que, no final, o garoto de cabelos vermelhos não podia se controlar.
— Te boto de quatro, empina esse rabo, caralho, gostosa... — Mark saiu novamente do seu quarto, dessa vez mais silencioso, se apoiou na porta do outro e o observou arrumar suas action figures por breves segundos antes de se aproximar de forma perigosa, o encurralando na parede.
— Eu te disse pra parar, não disse? — Quase sussurrou essas palavras no ouvido do outro, que fingiu estar estável, embora sua epiderme arrepiada dissesse o contrário.
— Qual seu problema com a minha música? — Perguntou encarando o moreno. O ar ao redor dos dois começava a ficar tenso, bom, você sabe de que tipo de tensão estamos falando.
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Vícios - Markhyuck
FanfictionDonghyuck facilmente é pego por músicas chicletes e isso resulta num garoto de cabelos vermelhos cantarolando pela casa e num moreno com fones altos para não ouvir sua cantoria. Porém, naquele fatídico dia, Mark havia quebrado seu fone e estava real...