Magoada

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Kate

Terminei de tomar meu banho e saí do banheiro, sentindo a pele ainda quente e com o cheiro do sabonete que tinha usado. As sacolas de compras estavam espalhadas na cama da Jessie, como se ela tivesse feito um verdadeiro mercado, mas eu não me importava. Peguei a lingerie preta que tinha comprado e vesti, seguida do vestido que eu sabia que ficaria perfeito no corpo. Ao me olhar no espelho, comecei a arrumar o cabelo, tentando decidir entre um coque bagunçado ou deixar solto. Antes que eu tomasse minha decisão, senti algo macio esfregando no meu pé. Olhei para baixo e vi um cachorrinho adorável deitado ali, me olhando com aqueles olhos grandes e inocentes.

- Hey, pequeno. – me abaixei, passando a mão na barriga dele, que ronronou de prazer. – Agora eu preciso me arrumar, ou sua dona vai me matar. – ri, já levantando. O cachorrinho pareceu entender e se aconchegou mais um pouco no meu pé.

Nesse momento, a porta se abriu e Jessie entrou com meu celular na mão, seus olhos brilhando de curiosidade.

- Para você, não parou de tocar um segundo. – ela disse, me entregando o celular enquanto calçava uma sandália, dando uma olhada rápida no espelho.

- Nathan? – perguntei, já imaginando o que poderia ser.

- Aham. Ele disse que era urgente. – Jessie me olhou com um sorriso travesso. – Kate, porque você não me contou que ele tem uma puta voz sexy? Quase morri quando atendi.

- Para de ser assanhada, Jess. – falei, rindo.

- Sério, amiga! Eu achava que ele era um velho babão! Nunca vi um traficante bonito, mas esse... – ela riu, se abanando. – Semana passada prendi um cara que só Deus na vida dele! – disse, arrancando uma gargalhada de mim.

- Você nunca viu o Nathan? – perguntei, com as sobrancelhas arqueadas. Ela negou, então puxei meu celular e mostrei uma foto dele, onde ele estava sem camisa, só de bermuda, com a língua de fora, num estilo provocante.

- Puta que pariu! Tem certeza que ele é traficante?  – Jessie perguntou, quase babando enquanto olhava para a tela.

- Absoluta. Mas o que ele tem de gostoso, tem de arrogante e chato. – comentei, revirando os olhos.

- Mas com um corpo desses... – ela disse, se abanando novamente.

- Para de ser safada! – falei, dando um tapa no braço dela. Nesse momento, meu celular começou a tocar. Olhei a tela e vi que era o Nathan.

- Falando no diabo.– falei, fazendo ela rir.

Liguei a chamada.

- Alô? – atendi, tentando esconder a ansiedade na minha voz.

- Onde você está? – a voz dele era baixa e séria, e eu ouvi o som de pneus no asfalto.

- Você está dirigindo? – perguntei, ignorando a pergunta dele, preocupada com o que ele estava fazendo.

- Aham. Você está na casa daquela sua amiga? – ele perguntou.

- Aham, por quê? – perguntei, começando a ficar curiosa.

- Tô indo aí. – ele disse e desligou.

- O que o senhor gostoso queria? – Jessie perguntou, me encarando com um sorriso.

- Não sei. Ele está vindo para cá. – falei, colocando meu sapato.

- Sério? – ela perguntou, levantando uma sobrancelha, visivelmente empolgada.

- Para de ser assanhada. – falei, rindo.

- Foi mal. – ela disse, abaixando a cabeça, o que fez eu rir ainda mais.

Nas Mãos do Destino [Versão Atualizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora