Se a vida é um mar de rosas eu não sei, mas é um mar. Vivi o máximo que podia, fiz o que "veio na telha" e agora encaro o julgamento final. Amei, ri o que tinha que rir e chorei o que tinha que chorar. Céus! Isso parece a letra de "My Way" do Frank Sinatra. Se bem, posso resumir minha vida nesta única música e todas as minhas experiências, que agora sinto não terem válido coisa alguma. Tem dias que me pego pensando, tem dias que não me pego em nada. Às vezes me sinto apenas um corpo sobre esta cama de hospital, esperando o momento da minha morte. Eu só espero não demorar, porque nunca tive paciência para esperar. Se José de Alencar alguma vez dedicou um de seus livros a cem de seus fiéis leitores, isso é extremamente admirável. O que não é admirável é se este não tiver os cem fiéis leitores de Alencar, porque não dedico esta história a ninguém.
"Ao verme que primeiro roeu as frias
carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."
—Machado de Assis
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A Tragicomédia Vida de Clarence
RandomA vida sob o olhar de um homem triste e desiludido, cheio de cicatrizes de uma existência solitária. Com humor e uma pitada de sarcasmo e ironia, acompanhamos toda sua trajetória e experiências. Trazendo críticas sociais, é abordado em todo o decorr...