Nossa História

Meu coração vai molemente dentro do táxi enquanto relembro nossos momentos...

Tudo começou no meu primeiro dia no ensino médio, tinha acabado de me mudar e não conhecia ninguém. Nossa primeira briga e o motivo de nos falarmos, foi um mal entendido com uma amiga dela em quem acabei esbarrando por não prestar atenção no caminho,sempre fui meio desleixado.

Enquanto eu tentava me explicar, ela chegou, com seus cabelos negros e olhos cinzas como um dia de tempestade, brilhando em uma fúria contida. Elisa, como se apresentou, sempre foi protetora com quem se importa.

Foram necessários dias pra conseguir me resolver com ela, uma chuva nos tinha prendido no colégio, acho que nesse dia aprendi a amar a chuva.

Hoje, olhando o conjunto de flores que levo, lembro do nosso primeiro encontro, (dois anos após aquele dia) durante uma viagem que fizemos junto com nossos amigos, sei que sempre estarei grato, já que se não fosse por eles que juntos, armaram um passeio no parque e não aparecerem usando de desculpas estúpidos, nunca teria acontecido. Não teria tido coragem de falar o que já sentia porém não sabia como falar

Nesses sete meses que se passaram, só pensei nela, eu não precisava ter ido visitar àquela filial, alguém poderia ter feito isso em meu lugar, porém ela insistiu, afirmando que ninguém melhor do que eu para garantir a estabilidade da empresa da minha família. Sempre sonhei em além de trabalhar com arquitetura como minha mãe e meu avô, fazer a empresa crescer, ela sabendo disso, não queria atrapalhar meus sonhos.

Mal sabia ela, que ela é o meu sonho, sempre foi. Agora que estou voltando, com muita sorte, em breve estarei junto à no altar.

Quando chego em frente ao seu prédio, meu coração acelera, a mesma avisou-me do jantar que estava preparando para minha chegada, junto com nossos pais e amigos.

Jantar este, em que estive muito tenso, nervoso, o que não foi passado despercebido, mas consegui enrolar. Quando fomos para sala conversar, resolvi que era hora de fazer o pedido.

E olhando nos olhos cinzas que tanto amo, tudo que lembrei, tudo que ela me faz sentir, disse à ela todos os meus planos, que ela é e sempre será a pessoa cuja qual não me vejo sem, e enfim perguntei o que tanto queria:

"Elisa, você aceita se casar comigo?"

Ela com os olhos marejados, respondeu que sim, que não havia a possibilidade de existir outra resposta.

E com o passar dos tempos, nossa felicidade aumentou, em forma de duas crianças maravilhosas, Maia e James, que são nossas perfeitas combinações, tanto fisicamente, Jay com meus cabelos castanhos e com a pele naturalmente bronzeada e as írises tempestade da mãe, Maia com olhos castanhos e um sorrisinho esperto puxados de mim e com os cabelos negros e o bico emburrado de Elisa, quanto em personalidade, ambos amorosos e protetores um com o outro, além de teimosos.

Tivemos uma bela vida juntos, e quando minha Lizzy deixou este mundo por causa de uma doença, eu não demorei-me a ir, para encontrá-la, não conseguia ficar sem ela, não depois de uma vida juntos, não depois de tanto ama-la.