SOB O OLHAR DO SHEIK ENTRE O AMOR E A Fè. ( 💍💎LIVRO 2💎💍)

🕌prólogo🕌

Esse e um capítulo futuro

💕O amor merece ser queimado em chamas. 💕

Aaliyah AL-SAUD

O que você faria para aplacar a sua fome?

Eu escolhi mentir, escolhi ser o que não era. Em meio às mentiras, eu conheci a única coisa boa que poderia ter em minha miserável vida. Mas continuei em um caminho sem volta, as mentiras se tornaram mais frequentes o que me levou a um precipício, onde minha única solução era pular e me afogar ou contar a verdade de quem eu era.

Eu sempre soube que quando Bahuan descobrisse quem eu era de verdade ele me odiaria, sentiria nojo de um dia ter me tocado, de ter dito que me amava. Só não sabia o quão ruim esse dia seria.

Limpo uma lágrima que insiste em descer. Ele nunca mais olharia para mim com aquele olhar de amor e admiração.

Agora eu só receberia dele um olhar de ódio e nojo.

Tento respirar fundo, pois agora estava pagando pelos meus pecados, esses que me deram o que comer, pois antes de conhecê-lo fome e frio era tudo que sentíamos todas as noites. Em meio ao meu desespero escolhi mentir para ter o que comer e foi por essa mentira que estou me afogando, somente porque que não aguentava mais passar fome, é por isso escolhi esconder a origem dalit e me fazer de órfã. Entrei para uma vida que não me pertencia e não posso negar que amei estar nos braços de Bahuan, mas assim como nosso amor começou, hoje acabou.

O vejo sorrindo entrando na cerimônia do seu casamento, meus olhos estão fixos em seu sorriso enquanto espera sua noiva entrar.

Sei que você deve estar se perguntando como uma dalit entrou em um casamento de um Sheik, mas estou usando um hijab que deixa apenas meus olhos à mostra. Respiro fundo quando todos se voltam para a noiva que entra no local.

Está linda, adornada em joias e com um vestido caro.

- Respira Aaliyah! - digo a mim mesma nesse momento, pois sei que não deveria estar aqui, mas precisava ver com meus próprios olhos ele se casando!

Sorri em meio as lágrimas que rolam por meu rosto.

Ele será feliz com ela, logo me esquecerá e tudo que vivemos não passaram de lembranças que guardarei com carinho, já Bahuan vai esquecer que um dia me conheceu.

Que Alá o proteja e dê a ele vários filhos dignos de seu sobrenome, já que esse bebê que espero nunca será digno do sobrenome Yousef. Respiro fundo, assim que o casamento acaba, e aos poucos os noivos vão saindo, permaneço ali por mais um tempo perdida em memórias até que noto alguém se aproximando.

Levanto mais que depressa para sair dali, quando um braço forte me seguram e puxa meu hijab deixando meu rosto a mostra.

Bahuan me olha com nojo e raiva.

- Me deixe ir por favor! - digo e ele me encara, acho que está tentando achar palavras que ainda não foram ditas.

- Por que está aqui? - sua pergunta saí fria, e o olhar que me dá causa medo.

- Eu não fiz nada. Só queria ver seu casamento - minha voz está fraca. - Eu não iria atrapalhar, juro que não. Fiquei aqui só vendo!

Me solta de seu aperto e limpa sua mão no terno, tirando e o jogando no chão.

- Tenho nojo de você! Deveria te entregar para ser queimada viva, pois isso sim é o que você merece. Imunda - fala com asco.

Seguro minha respiração pois Sei que mereço ouvir cada palavra de ódio que ele fala.

Me assusto quando em uma fração de segundos suas mãos estão em volta do meu pescoço e ele começa a apertar com força me tirando o ar. Olho em seus olhos e não reconheço o Bahuan que um dia amei, só uma nova versão de um homem que um dia foi .

Quando estou quase perdendo a consciência, Bahuan é tirado de cima de mim por um homem que tem os mesmos traços que ele.

- Filho que você estava fazendo?

- Essa imunda veio destruir meu dia, a retire daqui ante que eu faça uma loucura pai! - ele fala com raiva.

Vejo o olhar do homem sobre mim, que ainda estou tentando recuperar o fôlego, mas não vejo julgamentos em seu olhar, apenas compaixão.

- Vai embora - ele fala com um olhar de pena

Só então meus pés parecem ganhar vida novamente e saio correndo daquele lugar.

Assim que me afasto o bastante paro de correr e começo a andar calmamente pela rua. Pequenos pingos de chuva começam a cair, e logo se tornam uma tempestade, mas não me importo, só queria que essa chuva pudesse lavar minha alma e levar minha dor embora. Já estou encharcada quando chego em minha casa, meus dentes estão batendo uns nos outros devido ao frio que estou sentindo.

Me encosto na porta, deslizando até o chão e encolhendo em posição fetal, onde choro toda minha dor.

Meus soluços escoam pela pequena casa.

Meu desespero se junta a saudade da minha pobre irmã Maya, sinto tanto sua falta. Me encostos na porta tentando respirar.

Respirou fundo limpando as lágrimas e assim que me coloco de pé, vou até meu quarto. Tiro minha roupa e vejo uma pequena elevação em minha barriga.

- Meu pequeno pedacinho de vida - digo me olhando no espelho e passando a mão sobre ela. - Meu pequeno, será só eu e você eu farei de tudo para que seja feliz... nem que para isso tenhamos que ir embora daqui, para sempre.

A minha intenção era ir até a fronteira e tentar uma passagem segura para que eu e meu bebê atravessássemos. ao subir no caminhão, meus olhos ardem era um adeus nunca mais voltaria a esse lugar, não veria mais Bahuan a única coisa que eu levava da nossa história era esse bebê, que não tinha nada a ver com as minhas mentiras.