Capítulo 24

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Chego na escola atrasada.
Começo a correr pelos corredores, tentando chegar rapidamente na minha sala. Mas em vez disso, esbarro em alguém, caindo no chão na mesma hora.

— Tenha mais cuidado, Alice.

Olho para cima rapidamente, eu reconheço essa voz.

— Alex?

— Oi. — ele sorriu, estendendo a mão para mim. Pego nela e ele me levanta. — Sempre atrasada, não é?

— O que você tá fazendo aqui?

— Eu não disse que a gente se conheceria futuramente? Esse dia chegou.

Fico paralisada no lugar. Abrindo e fechando a boca várias vezes. Não sei o que dizer, ou o que falar. Só sei que meu coração nunca esteve tão alegre.

— Vem, vamos para sala. — ele me puxou.
Não respondi nada, apenas caminhei do seu lado.

Me sentei na mesa, sozinha como sempre foi. Mexo na comida um pouco desapontada. Estou sem fome. Arrasto a bandeja para longe.
Será que esses dias entediantes voltaram?

— Posso sentar aqui?

Ergo minha cabeça, e a resposta foi jogada na minha cara.
"Não, esses dias não voltaram e jamais voltarão."

— Alex, claro que pode.

Ele se senta do meu lado.

— Não vai comer?

— Eu... — me lembro. — É verdade?

— O que?

— O que você disse na máquina do tempo.

Ele sorri.

— O que eu disse na máquina do tempo?

Sinto minhas bochechas corarem, e ele esta gargalhando do meu lado.

— Não ri! — exclamei, irritada, mas ele só continuo. — Você disse que eu era a mulher da sua vida, é verdade?

Ele parou. Então, me olhando intensamente, passou sua mão pelo meu cabelo, deixando uma mexa atrás da minha orelha.
Fecho meus olhos por um tempo e os abro de novo.

— Sim, é verdade. — ele sussurra, com seu melhor sorriso no rosto.
Perco o ar, de repente.

— Puta merda.

— Entendo se...

— Não, cala a boca. — interrompi. — É que... puta merda, eu amo você!

Sem pensar duas vezes, me aproximei o mais rápido que pude e o beijei. Senti ele sorrir no meio do beijo e eu sorri também.

— Eu também amo você, Alice.

O abraço e ele corresponde.
Penso na máquina, nos Beatles e em Bella. Tudo que aconteceu nesse pequeno tempo. Tudo isso é o que me torna tão feliz agora.

— Podemos começar? — perguntei, sem me afastar do abraço.

— O que?

— Posso começar a ser a mulher da sua vida? Tipo, você quer namorar comigo?

— É claro que eu quero.

Deixo escapar um sorriso e me afasto para olha-ló.

— Já disse que eu te amo?

— Alice, tudo bem. — ele riu. — Eu também te amo, tudo bem?

— Tudo bem.

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