roxo, como o nosso amor.

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Eu andava me perguntando: o que, afinal, é o amor?

Após tanto ler obras de Shakespeare, tentando decifrar essa coisa estranha e abstrata produzida por nosso cérebro, que, consequentemente corre em nossos corpos, cheguei a exatamente lugar nenhum.

Tipo, é complicado, sabe? Afinal, qual a cor do amor? Seu cheiro? Seu sabor? Quais características o definiria? Ele é bonito, alto, magro, gordo? Alguém o definiria para mim?

São muitas perguntas que rondam minha própria mente curiosa, que sequer prestei atenção na aula de literatura. Ou seja, não sabia de nada.

Mas sabia que o trabalho para ser entregue no final do bimestre, era complicado e simples, pois a professora disse bem que, em minhas palavras, terei que descrever o que é o amor, baseando-me em experiências próprias.

Experiências próprias? Que piada.

Eu tive que respirar fundo e pensar nas melhores definições, ou talvez me apoiar no pensamento dos outros ao meu redor, porque sinceramente, nunca, em minha vida todinha, sequer havia experimentado uma gota do amor.

E não é como se eu pudesse me apoiar no amor fictício que leio por ai, além do mais, o trabalho é para ser feito em minhas palavras, e minha experiência.

Então, só havia uma saída.

Eu teria de provar do amor em apenas um dia. Por mais superficial que seja, preciso disso.

Então, ao mesmo que o sinal da saída tocava, eu pensava no meu plano imbatível de — tentar. — conquistar o amor de uma das garotas que mais admiro em toda essa escola.

Ou também, Park Jihyo.

Tenho essa quedinha por ela não sei desde quando, mas lembro do dia em que ela me defendeu de uns garotos idiotas do terceiro ano, e foi ali que pude sentir meu coração bater um pouco mais rápido.

Foi ali que senti um tantinho do que o amor tem a proporcionar.

E com minha ideia louca na mente, sai correndo de minha sala, indo de encontro com ninguém mais, ninguém menos que Park Jimin. Ou também, o irmão da Jihyo.

Fica mais fácil conquistar alguém sabendo do que esse alguém gosta, sim?

Então, fui correndo a encontro do garoto, ao mesmo que ofegava de cansaço, até encontrar o loiro no parquinho que fica fora da escola. Provavelmente ele está à espera de seu namorado, Jeon Jungkook.

É, eu sei muitas coisas sobre todo mundo.

— Jimin! — gritei ao mesmo que gesticulava com os braços, ganhando a atenção do garoto.

— Hobi! — sorriu, me recebendo em um abraço caloroso.

Eu e Jimin somos melhores amigos há anos. Aposto que o garoto sabe tudo sobre mim, exceto o fato de ter uma quedinha por Jihyo, coisa que, cá entre nós, seria estranho pra caramba.

— Aconteceu algo? Para vir correndo atrás de mim assim, não parece coisa boa. — riu nasalmente, sentando no balanço que ali havia. Fiz o mesmo, mas no balanço ao lado.

— Ah sim, claro... — eu estava nervoso demais, pois como, em sã consciência, iria perguntar para meu melhor amigo sobre sua própria irmã? Isso soa tão estranho. — É que... — meus dedos tremiam ao mesmo que meu coração batia, e em reflexo aos sentimentos, acabei por mentir. — Sobre o trabalho!

— De literatura?

— Isso ai! — ri nervosamente. — Só queria saber se já começou ele, ou sei lá. — balancei os pés, ao mesmo que o balanço acompanhava os movimentos.

purple love. | vhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora