Capítulo 6

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Luce

Quando abri os olhos estranhei o quarto em questão, depois percebi que era o quarto do Nick, sentei na cama e as janelas estavam fechadas. Tudo foi voltando a minha mente, o álcool, a ligação, a queda, meus joelhos estavam doloridos, minha cabeça latejava e eu havia pagado um mico. Lembrei também do Rick, que havia beijado. Merda! Fui ao banheiro e molhei o rosto, estava usando apenas o blusão e um short dele, do Nicholas.

Abri a porta e olhei pelo corredor, não vi ninguém, fui procurar então meu short, quando o estava colocando, Nick entrou no quarto, me olhou seriamente e baixou a cabeça, sentando-se na cama.

- Vem cá! - chamou, eu não podia negar estar perto dele.

- Que foi? - sentei ao seu lado.

- Por que fez aquilo?

- Eu não suporto a ideia do nosso término.

- E só por isso vai beber até cair? Vai me ligar e me dizer horrores?

- Horrores foi o que eu ouvi anteontem Nicholas, por favor, minha cabeça dói, não chateia.

- Se não tivesse bebido...

- Fui uma tola! Eu sei! Perder tempo fazendo isso por você, foi a pior coisa que eu fiz.

- Eu me importo com você... - ele beijou minha testa e meus olhos lacrimejaram.

- Mas não ligou.

- Você precisa de espaço e de alguém que a mereça.

- Eu não vou conseguir isso em um dia, nem eu ligando para todos os caras da cidade.

- Também não é assim, Luce - ele riu.

- Por que foi lá em casa e me trouxe logo para aqui?

- Você não estava bem, não poderia dormir tranquilo se soubesse o quão mal estava.

- Ah meu Deus - ela riu sarcasticamente - o cara me dá um pé na bunda e vem passar a mão na cabeça agora.

- Digo e repito: eu me importo com você.

- E eu ainda sou apaixonada, e aí?

- Eu dormir do seu lado - ele sorriu, acariciando meu braço - mesmo você fedendo a álcool e fungando em meu pescoço.

- Caraca, desculpa - pedi, constrangida

- Eu nunca faria isso com alguém que eu não gostasse.

- Eu preciso mais do que o seu gostar Nick, eu preciso de você! - o olhei nos olhos e senti o choro queimar em mim, ele beijou minha bochecha e depois meus lábios, descansei minhas mãos em seus ombros e aproveitei a familiaridade de sua boca.

- Luce... nós não...

- Você não vai voltar comigo, não é mesmo?

- Não, Luce! - ele afirmou.

- Por favor - pedi, ainda próxima a ele - me deixe aos poucos, que sejamos amigos pelo menos, mas não faça igual aquele dia, se ainda sente alguma coisinha por mim, não me trate com frieza.

- Tudo bem! Amigos, então?

Ele perguntou e eu baixei a cabeça encostando em seu peito, doía ouvir esse pedido, doía pensar em uma vida sem ele, tentei frear as lágrimas e assenti com a cabeça.

- Vamos? Vou te levar para casa! Ou quer tomar um banho primeiro? Sua aparência não está das melhores.

- Ain, vou para o banho!

Quando vira amorOnde histórias criam vida. Descubra agora