Capítulo 7 • "Primeiro Beijo"

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Bela Fernandes

Quem disse que aguento?

Sofro... Sofro todos os dias, a cada minutos e segundo da minha vida. Meu passado é algo que não posso esquecer.

- Minha mãe pode até não ter me deixado nada de valioso - digo para ela quando ela se vira pra ir embora - mas o que ela me ensinou é o que eu tenho de mais preciso, é o que me da motivos pra levantar toda manha, Depois de ter perdido a pessoa que mais amei, depois de sair de um orfanato e vir pra um lugar estranho onde ninguém me conhece, ela me ensinou o que realmente importa, que... - a essa altura já estava me afogando em minhas próprias lágrimas - A gente estamos aqui pra uma missão, uma missão de Deus - o lugar foca em silêncio - por isso eu não entendo por que Deus precisava mais da minha mãe com ele do que aqui comigo - mordo o lábio evitando de chorar mais - você pode até me perguntar como posso continuar acreditando em Deus depois de tudo que passei, mas... Eu acredito, um dia eu quero ser igualzinha a ela, quero voltar a ser quem eu era, mas... - me afogo mais - Já é tarde de mais pra mim, olha... Eu não faço a mínima ideia do por que você me odeia tanto, mas se for por conta dele, eu não ligo, vai atrás se é isso que quer - saio correndo do lugar

Estava chorando, desesperada, não sabia o que fazer, pra onde ir, a rua estava deserta.

Lucas Burgatti

Não sei direito o que aconteceu...

Ao ouvir aquilo tudo, única coisa que posso fazer é ir atrás da mesma, a encontrando andando na rua, era um parque não tinha ninguém ela tava meia assustada, e eu nesse exato momento estou caminhando atrás. Não quero deixa-lá, nem posso.

- quer conversar? - digo, puxando assunto

- não

- olha... Quero que saiba que eu e a Izzi não temos nada

- e isso importa agora? Não temos nada Lucas, e eu não tenho nada haver com você - ainda andando

- não temos porque você não quer

- sabia - resmunga

- sabia o que?

- que não deveria ter vindo

- eu to completamente apaixonado por você - confesso a fazendo para de andar, se virando lentamente, seus olhos brilhavam por conta das lágrima

- como?

- isso é o que eu tentei dizer a noite toda, eu te amo

Que tipo de pessoa diz "Eu Te Amo" No primeiro encontro? Foda-se, eu amo essa doida.

- Lucas eu nem sei se realmente tenho sentimentos por alguém - disse ela, me fazendo me aproximar dela

- só deixa.. Rolar - me aproximo em cada palavras, sua boca estava a cinco sentimentos da minha - ninguém sabe o dia de amanhã - ela resmunga um "euuu" - XI - coloca a mão em sua boca, e mordo de leve seu lábios, completando com um beijo.

Bela Fernandes

Ele confessou seus sentimentos por mim? Não, não acredito.

Antes que pudesse terminasse de dizer sinto me beijar, não sei explicar direito. Confesso que esse foi meu primeiro Beijo, diria que tirei o BV e o BVL juntos, fico feliz que ele tenha tirado, mais triste por não saber como as coisas serão daqui pra frente.

Não sei nem o que fazer, ele soube me conduzir perfeitamente, enquanto nossas línguas brigam por espaço, como um Ringue box, foi um beijo calmo mais ao mesmo tempo selvagem.

Eu nunca senti algo igual, parecia paixão, eu nunca tinha me apaixonado antes, nem sei como reagir direito, tenho medo, medo do Amor, Medo de amar e não ser correspondida, medo de viver.

O beijo vai ficando cada vez mais quente, paro ele, meia ofegante e sem folego, isso não podia ter acontecido... sim confesso, estou feliz mas ao mesmo tempo estou muito confusa, não sei como agir, nem o que falar.

- isso não podia ter acontecido, você não podia ter me beijado - ainda sem fôlego

- por que não? Eu não te beijei... NOS nós beijamos, você correspondeu

- ta dizendo que eu facilitei?! - inconformada

- e evito por acaso?!

- esquecê o que rolou, por que eu já esqueci - acabo ficando de costas para sair

- mas eu não!!! Acho que nunca vou

me viro:

- Lucas! Por favor, facilita, eu nunca amei ninguém e eu nunca vou, não quero te magoar mais essa é a verdade

- uma verdade que eu recuso a acreditar

Reviro meus olhos dos seus...

- eu vou voltar pro internato é a melhor coisa que eu faço

- quer que eu te leve?

- não, não, preciso ficar um tempo sozinha, espero que entenda

Depois dessas minhas ultimas palavras, saio nessa escuridão, a rua estava vazia e escura, tinha as lampadas das ruas para iluminar meu caminho, não quero voltar para o internato agora, andei muito, resolvi voltar para minha casa, lá pelo menos não tem ninguém me fazendo perguntas, como: "ta tudo bem?", " precisa de algo?", "quer ajuda?".

Entro em casa, onde já estava com saudades, esta um estremo silencio, e uma escuridão incrível, chego na sala e ascendo as luzes, vou para meu quarto, Esta tudo do jeito que deixei, é até estranho entrar aqui depois de tudo, abro meu notebook que tinha deixado lá, para distrair vejo uma serie pela Netflix, logo caiu no sono.

Tenho uns sonhos estranhos, parecia uma lembrança, não sei o que são direito ta tudo embaçado, mas logo fica claro, é como uma resposta de tudo.

- mãe onde estamos indo? - digo eu, lembro dessa época, eu não era tão criança assim

Minha mãe se abaixa ficando do seu tamanho:

- filha, em primeiro lugar, me perdoa?

Perdoar?

- Perdoar? perdoar por que? Mãe eu posso até ter 10 anos mais eu não sou burra, cadê minha irmã

- sua irmã ta sentada no avião, vem precisamos embarcar agora

Entramos no embarque, sentamos e decolamos...

- cadê ela? - volto a perguntar

- eu fiz isso pra te proteger - diz ela chorando

Até ouvirmos a aeromoça dizer:

- tivemos um pequeno problema com a turbulência, apertem os cintos, teremos que fazer uma aterrizagem forçada.

Me desesperou....

- mãe? O que ta acontecendo? to com medo

O avião começa a cair, e todos entram em pânico...

- filha... Presta atenção, eu sei que você vai ficar bem, proteja sua irmã, ela ta correndo risco, eu só fiz isso pra proteger vocês duas, a SOPHIA precisa de você - grita

Com esse grito, acordei desesperada, com a Claridade do sol.

- Descobri... - disse sentada na cama - Sophia?

Sophia, descobri, sophia é minha irmã, eu sinto isso... Eu sei.

- é isso - minha mente se abre me fazendo lembrar - minha irmã nunca esteve naquele vôo, ela sempre esteve viva, por isso nunca acharam o corpo, preciso fazer alguma coisa

Desesperada só saio de casa... Voltando ao ligar onde eu nunca devia ter saído, o internato way.

A Menina Dos Pulsos Cortados V1 (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora