Capítulo Único

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Olá, essa oneshot foi escrita para o desafio do mês de Outubro do perfil @DesafiosFanfics do site Spirit Fanfiction.Os objetos escolhidos foram: cortador de unhas, esmalte preto, lancheira, papel higiênico, unha postiça e vestido branco.Espero que gostem.

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Mary Anne ansiava pelo Halloween como qualquer outra criança de sua idade, afinal, que criança não gosta de se fantasiar e ganhar inúmeros doces? Essa era a sua época favorita do ano, nem mesmo o Natal a deixava tão animada.

"Não posso comer as meias do Papai Noel, o peru não é feito de caramelo e estou cansada de ganhar roupas", era o que ela dizia. Jake, seu priminho, costumava dizer que ela não passava de uma menininha mimada. Mary Anne tentava explicar que ele era chato assim por ainda não ter pedido doces no Halloween. A regra da família era clara: as crianças só poderiam pedir doces a partir dos 7 anos, e Jake acabara de completar 7.

– Mary, e se chovesse doces?

– Isso é impossível, Jake! – respondeu ela com ar de superioridade. E, como toda criança, quis mostrar que sabia que as chuvas eram formadas por partículas de água. Mary não sabia explicar o que eram partículas, mas achava a palavra bonita.

– Você ainda não deve ter visto isso na escola, eu tenho 9 anos, aprendo conteúdos que para você são muuuito difíceis.

Jake revirou os olhos, Mary Anne adorava se gabar por ser mais velha. No fundo ele a entendia, não deve ser fácil ser a caçula de 3 irmãos quando os outros dois sempre ganham vantagens por serem mais velhos. Os mais velhos ficam acordados até tarde, podem sair de casa com os amigos sem a vigilância dos pais, eles comem mais bobeiras, sempre ficam com os pedaços maiores das pizzas e sempre a zoam por ser a menor.

– E se o peru fosse de caramelo? – Mary revirou os olhos. Jake tinha perguntas inocentes demais.

– Isso é impossível, Jake. Perus são animais abatidos e assados no forno.

O priminho se engasgou com a água que estava bebendo.

– Os perus são animais? Então quer dizer que matamos um bichinho para comermos no Natal?

– Sim, ora! Como você não sabia dis...

Sua frase foi cortada pelo choro estridente de Jake, que saiu em disparada para os braços da mãe, derrubando no chão a água que restava em seu copo.

Pouco tempo depois, a tia veio lhe dar uma bronca por ter contado algo tão horroroso sem prepará-lo antes. Jake tremia e soluçava como se alguém tivesse lhe dado a pior notícia do mundo.

"Imagina quando ele descobrir que Papai Noel não existe." Pensou.

Mary decidiu que naquele Halloween ela teria duas missões: pegar o máximo de doces possíveis e mostrar ao Jake que o Halloween era melhor que o Natal.

Mais tarde, Mary entrou escondida no quarto da irmã e pegou um esmalte preto. Ela tinha uma cestinha especial para pegar doces, era em formato de abóbora com olhos e boca desenhados, porém, ela queria deixar a cestinha ainda mais legal. Assim, pintou os olhos da abóbora como se fosse a sombra de uma maquiagem. Jake estava segurando a cestinha para que ela fizesse as pinturas.

– E se você puxar pros lados como a sua irmã faz? Olho de gatinho, né?

– Ótima ideia! Quer fazer?

– Sim!

Jake puxou a pontinha e... pronto! A cestinha estava perfeita.

A porta se abriu e Molly, a irmã mais velha de Mary, deu um grito.

Gostosuras e TravessurasWhere stories live. Discover now