Líria não esperava aquilo, não estava em seu plano. Seu coração errava uma batida, mas de repente, pensava usar isso em seu favor. Ela começava a se sentir mal, a pessoa que ela idolatra sente algo por ela e não é qualquer coisa, é amor. Líria não sabia o que dizer e ficava calada e corada.
Raíla começava a ter ansiedade. — Ih... Fiz merda, né? — Dizia a de cabelos curtos, nervosa. — Mas então, vou deixar vocês se resolverem aí... S-Se não vou fazer mais besteira... Falou pra vocês aí. — Ela saía com o bebê, muito nervosa.
— Ela estava brincando, 'tá? Não acredite nessas besteiras dela. A Dandara é muito brincalhona e... — Antes que a famosa pudesse terminar sua mentira com puro nervosismo, Líria a interrompe. — Não precisa mentir, Raíla... Eu já entendi...
Em uma guerra mental, a de cabelos ondulados pensava no que fazer. Infelizmente, ela já não aguentava mais morar naquele lugar horrível com pessoas que ela não suportava mais... Esta era a sua chance. Líria suspira e sorria para a Raíla.
— É que Raíla... Eu também te amo.
O silêncio tomava conta do momento, Raíla estava feliz e Líria escondia muito bem seu plano. A de cabelos ondulados aproximava seus lábios dos lábios carnudos e pintados de batom da famosa. Se envolviam em um longo e belo beijo, fazendo uma bela sintonia entre os dois.
Enquanto isso... Dandara já havia deixado o Jorjinho com a sua mãe e dito que iria tomar um ar puro, mas na verdade, estaria voltando para a sua casinha medíocre que não era muito distante dalí. Ela chegava em casa, a pé, e se jogava na cama, chorando.
“Não é possível que eu só faço merda...”
Ela pegava seu celular novamente, checando ele mais uma vez... E nada. Ela ria enquanto suas lágrimas rolavam pelo seu rosto, vestia a sua camisa moletom e grava um vídeo, se despedindo de todos.
Corria para a rua, rindo, passando pelos sinais vermelhos, esperando ser atropelada. Seu celular vibrava várias vezes, ela não se importava mais. Um enorme caminhão em alta velocidade atropela ela,Sangue para todos os lados...
O sangue escorria pelo asfalto, um aglomerado de pessoas ficam em volta do acontecido.
Enquanto isso, no hospital, Raíla e Líria olhavam para a pequena televisão da recepção e lá estava o noticiário.
Sua amiga se foi.
