Capítulo 1: Le début de la fin

44 3 8
                                    

AVISO
Este livro está sendo criado em parceria!!!

12 de Julho de 1939:
"Acorde, Srta. Laurent!"; gritava Lucy, para que eu fosse tomar meu café da manhã e me preparar para o baile da companhia de papai. O dia estava ensolarado, ao contrário da tempestade aterrorizante que ocorreu na noite passada. A região na qual eu morava em Paris, sempre foi conhecida por sua quietude e pela proximidade com o meio ambiente.

Logo, manhãs como essa, eram repletas de cantos de pássaros, o que tornava tudo tão...mágico!
"O dia de hoje parece que será esplêndido -Lucy dizia, bem mais animada que eu-, já lhe
preparei um belo café da manhã, e dentro de 1 hora, o motorista virá buscá-la para que vá comprar vosso novo vestido"

Eu não sentia ânimo algum com tal situação. Afinal, tinham boatos que papai me apresentaria ao Sr. Renouard, um dos maiores empresários de Paris. Papai queria uma futura parceria, já que ambos estavam no ramo metalúrgico. Uma parceria bem sucedida, era tudo que papai queria. Afinal, Sr.Renouard esperava dentro de um ano, alavancar sua
empresa de uma forma gigantesca. Ao ponto que deixaria para trás as fronteiras francesas e alçaria voos não só para todo continente Europeu, mas também ao mundo!

Levantei de minha cama, penteie meus cabelos castanhos, e durante um momento, meu pensamento se foi. Não sei por onde o danado estava andando, mas apenas me deixou parada, olhando para o espelho por alguns segundos.
"CLARISSE! -gritou Lucy, a mulher que papai chama de "empregada", mas eu vejo como uma verdadeira e leal companheira- você está atrasada, menina! Ó santo Cristo, onde foi que eu errei?" bradava Lucy, enquanto eu me libertava dos meus pensamentos vazios e apenas sorria.

Lucy era uma dama, sem filhos e muito bonita para alguém solteira. Sempre lhe questionei sobre isso, e ela me contava sobre a dor de um amor do passado que lhe doía até os dias de hoje. Eu, ingênua, fazia piadas para provocá-la, dizendo que ela apenas era uma "solteirona". E após uma breve cara fechada e um início de xingamento, ela logo caía na risada, fazendo assim, com que eu também não me contivesse e lhe abraça-se, gargalhando.

-Trate logo de se arrumar, ou seu pai ficará bravo com nós duas!

-Tudo bem, minha Sra.Lucy... Acho que esse seu mau humor é falta de um marido, sabia?

-Ora Clarisse, isso são modos? Sabes muito bem que não quero isso em minha vida! Aliás, era a Srta quem deveria se preocupar com isso! Lucy não estava errada, porém, nunca achei rapaz algum atraente o suficiente para mim.

-Não, ainda estou nova! Já a Sra...
E quando sua face ficou vermelha de uma possível raiva, logo tratei de dar-lhe um beijo na bochecha e um abraço bem apertado. Afinal, sentia como se ela fosse minha segunda mãe.

Me aprontei, e desci para tomar meu café da manhã. À mesa, papai e mamãe já me esperavam com aquele ar de superioridade que lhes era comum.

"Vejo que novamente, você perdeu a hora, Clarisse..." Disse mamãe, com sua cara de poucos amigos e com uma voz que demonstrava enorme desgosto.

- Sim, Mamãe. Peço perdão à senhora, mas novamente tive aquele problema de flutuar em meus pensamentos enquanto faço algo.

- Mas ora, o que de tão importante tem tirado sua concentração, minha filha?Não vai me dizer que tem algum garoto nessa história!

- Não, de forma alguma! Eu apenas...
Então, fui interrompida pelo meu pai pai, que logo disse:

"Ora Margareth, não seja tola! Nossa filha apenas teve um contratempo! Vamos, Clarisse;sente-se e coma. Em breve, será a hora de você sair para a compra de seu vestido
para a noite. Animada?"

- Sim, Papai - Disse à ele, mesmo sabendo o quanto eu detestaria ter de ir à tal baile - mal posso esperar!

Sentei-me à mesa e fiz normalmente minha refeição. Como já estava pronta, resolvi ir para o jardim, aguardar a chegada do motorista. Fui caminhando em meio as orquídeas, rosas e
demais plantas, e me aproximando da pequene fonte que tínhamos. Então, novamente me distraí, olhado para a água. Quando sinto uma mão em meu ombro, que me faz dar um enorme grito de susto.

- Por Deus, Srta Laurent! Sou apenas o seu motorista, e vim levá-la até a Boutique no centro da cidade!

- "Por Deus" sou eu quem tenho que dizer, você quase me matou de susto!

Nesse momento, eu olhei dentro de seus olhos. E santo Cristo, aquele rapaz transmitia algo tão... doce? Ele tinha aproximadamente 1,74m de altura, cabelos até os ombros penteados
para trás, e aparentava ter a mesma idade que eu: 21 anos. Me recompus e ele gentilmente, levou-me até o carro. Seguimos viagem até o centro de Paris, e durante o trajeto, não pude deixar de reparar seus olhares para mim. E admito: se não fosse minha total timidez, eu também não teria tirado os olhos dele.

- Bom, senhorita, chegamos! Venho lhe buscar em aproximadamente 1 hora, tenha cuidado.

Me despedi do gentil rapaz e entrei para fazer minhas compras. Como era de se esperar, a Sra .Renouard (sim, Mãe de Henry Renouard, o homem com quem meu pai queria que eu tivesse
um casório) veio atender-me. Em questão de minutos, a sala estava repleta de caixas e mais caixas de vestidos. Acabei por escolher um vestido preto, com um peculiar decote
nas costas. Segundo madame Renouard, era a moda absoluta do momento. Comprei também brincos, um colar e finalmente, após aquele tumulto têxtil, o motorista chegou para me apanhar.

- E então, srta Laurent, tudo correu como planejado?

- Sim, obrigado, meu caro...

- Dubois, srta... Olivier Dubois

- Perdão, não lembrei de perguntá-lo antes...

- Também pudera, graças ao susto que lhe dei! - Caímos na risada, e não pude parar de notar no quando aquele homem era gentil e bem humorado.

Fui levada até em casa, e me despedi do Sr. Dubois discretamente, pois papai me aguardava na entrada de casa.

- E então, minha filha; como foram suas compras?

- Foram boas, meu pai. Madame Renouard mandou lembranças, disse estar ansiosa para a grande festa.

- Que ótimo! À propósito, sairei agora para tratar de assuntos importantes, Regressarei em algumas horas. Portanto, não deixe de se arrumar na hora certa para que não nos atrasemos para o baile. Imagine só, o anfitrião se atrasar!

Despedi de meu pai com um abraço, e entrei para almoçar e pintar um pouco,
até que fosse a hora de eu começar à me aprontar. No almoço, Lucy fez "Cassolete". Ela me disse que aprendeu esse prato quando morava em Toulouse.

Me senti pesada após a refeição, talvez por ser um prato gorduroso e estarmos em pleno verão,
mas nada demais. Fui até o meu Atelier, coloquei "La Vie En Rose" para tocar, e comecei e pintar.

A imagem do Sr. Dubois não saía de minha cabeça. Aquele olhar, e até o
toque de sua mão em meu ombro... Me perdi em meio à devaneios e mal
pude me concentrar na tela à qual eu tentava fazer alguma pintura. Eram por volta das 17:00 da tarde, portanto, comecei a me arrumar. Lucy, como de praxe, se dispôs à me ajudar. E por Deus, como eu me senti maravilhosa depois de tempos!

"A senhorita está... esplêndida!" disse Lucy, se debulhado em lágrimas. Lhe dei um abraço, fui para sala e aguardei até que meu pai chegasse e se aprontasse, para irmos então ao tal
baile.

ClarisseOnde histórias criam vida. Descubra agora