13. Marcella

1.4K 178 14
                                    




Espreguicei-me na cama. Relaxada. Feliz. Sorri ao me lembrar da noite anterior. Theo havia sido um sonho. O meu sonho realizado. O sol empurrava seus raios contra as cortinas fechadas do quarto, projetando uma luz rosada e aquela áurea de felicidade me circundava até ouvir uma voz familiar irritada falar do lado de fora.

- Eu faço justamente o contrário, seu idiota.

Penso logo com quem Theo pode estar falando. Provavelmente com Saulo. Ainda meio adormecida, respondendo à autoridade da minha voz interior, levantando-me da cama inclusive antes de dar-me conta de que o fazia. Ainda nua me aproximei da porta para escutar melhor a discussão.

- Oi, Malu. - tenho vontade de revirar os olhos quando escuto o nome dela.

Theo não diz nada, ela deve estar falando.

-  Sinceramente, Malu, não me importa se ele causar problemas! Eu estou farto de consertar as merdas que o Saulo faz.

- Deus meu... - Sussurro pra mim.

Cubro minha boca com a mão quando a frase é dita cheia de raiva. Aquelas palavras me doem mais do que eu imaginei. Eu era uma das merdas de Saulo que Theo tinha que consertar. Saio de perto da porta e me tranco no banheiro.

Olho-me no espelho e vejo as lágrimas caindo. Silenciosas. Dolorosas. Eu nunca pensei que amar doesse tanto. Theo não me amava. Amava Malu. E só casou-se comigo pra contornar uma situação provocada pelo irmão. Mas naquele momento eu decidi algo com toda força que existia em mim: Eu lutaria por Theo com unhas e dentes. Eu o faria me amar. Nenhuma mulher o tomaria de mim.

Saio do banheiro disposta a lutar pelo homem que amo e ajo como se não tivesse escutado nada.

Quando percebi que a comissária dava olhares nada discretos para o meu marido, vi na hora que já tiveram algo. Falei que não gostei dela e Theo tratou logo de mudar o rumo da conversa. Aquilo só foi uma confirmação para as minhas suspeitas. Mas eu não deixaria aquilo me incomodar. Fizemos amor naquele avião e foi ainda mais gostoso que na primeira vez. E mais uma vez me senti amada, mesmo isso passando longe do que Theo sentia por mim, mas eu contornaria aquilo.

Conversamos muito. Theo me perguntou sobre a minha infância e adolescência, parecia ávido por saber mais de mim. Falei tanto que bocejei. Theo se levantou e me estendeu a mão.

- Vem, quero te mostrar uma coisa. - sorri e segurei sua mão.

Ele nos conduziu ao quarto. Abri a boca num grande O. Eu nunca tinha imaginado um quarto dentro de um avião. Era tudo muito luxuoso e lindo.

- É lindo aqui, Theo.

- Vai ficar ainda mais lindo. - diz se aproximando.

Theo enlaçou minha cintura e fez pressão com seus lábios nos meus. Ele tirava a minha roupa com maestria e eu estava tão entregue que nem pensei em fazer o mesmo com ele. A cama nos esperava e assim ele me colocou sobre os lençóis. Depois começou a tirar sua própria roupa.

Meu coração bateu uma vez, com força, ao olhá-lo. Era um corpo tão magnífico. Seu peito liso e bronzeado, seu abdomen era definido e seu membro, arfei ao vê-lo ereto, grosso, magnífico. Minhas pernas se fecharam para tentar aplacar a excitação que me consumia estimulando uma espiral de emoções que partindo do estômago abrasava minhas terminações nervosas.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora