Capítulo Seis

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Não achei que receberia uma ligação de Eliza, quanto mais aceitando minha proposta. Ela parecia tão espantada com a minha atitude. Achei que ela não fosse esse tipo de pessoa que faz qual quer coisa por dinheiro. Estou curioso pra saber o que a fez mudar de ideia!
Algumas horas depois Eliza aparece batendo em minha porta.
- Não é que você apareceu mesmo! Vamos entre! – digo virando as costas para a porta. – Quer alguma coisa para beber? – ofereço.
- Um copo de água, por favor!
- Vou buscar na cozinha! Enquanto isso pode se sentar.
Vou até a cozinha, pego uma jarra de água da geladeira e um copo e volto a sala.
- E então! O que te fez mudar de ideia? – digo enchendo o copo e botando na mesinha a sua frente.
- Eu fui demitida!
- Hum! E isso te fez mudar de ideia? Não era só conseguir outro emprego e pronto?
- Para você parece tudo muito fácil não é? – dou de ombros. - Eu tentei outros lugares, mas não consegui nada, nada que pagasse pelo menos o mínimo do que eu preciso. E eu tenho que pagar o aluguel, o hospital...
- Não preciso saber pra que você precisa de dinheiro. A única coisa que me interessa, é saber se você está disposta a ir até o final com essa história? – Eliza acena com a cabeça! - Por isso fiz um contrato. – digo entregando o contrato para ela. – Você pode assinar no final da folha.
- E o que acontece se eu assinar e não cumprir o acordo?
- Você terá que devolver tudo que tiver ganhado de mim inclusive o dinheiro que vou te pagar, entendeu?
- Sim!
- Então se você está bem com isso, é só assinar!
- Posso te fazer uma pergunta?
- Faça!
- Por que precisa desse contrato? Digo... por que precisa de um relacionamento falso? Você é bonito, inteligente e tem dinheiro, você poderia ter um relacionamento com quem você quiser!
- É esse o problema! Não quero ter relacionamento nenhum. Só estou fazendo isso pela minha avó e por mim, isso é o Máximo que você precisa saber agora. – Eliza fica quieta por um tempo examinando os documentos que lhe dei.
- E quando esse jogo irá acabar? O contrato não diz nada! – pergunta Eliza depois de terminar de ler o contrato.
- Quando eu achar que é a hora! Se você achar que não consegue deve desistir agora.
Eliza assina o contrato de tempo indeterminado e depois o entrega para mim.
- Certo! Agora que você assinou, temos que ir a um lugar. – digo.
- Onde?
- Você verá!
Trinta minutos depois chegamos a uma das minhas lojas preferidas, entramos na seção feminina.
- O que estamos fazendo aqui?
- O que mais poderia ser, irei comprar-lhe roupas. Amanhã iremos a um jantar de família, onde irei apresentar você a minha avó.
Escolho algumas roupar e dou a Eliza para que ela possa provar, a vendedora acompanha ela até o provador, enquanto espero por Eliza sento-me em uma poltrona para acompanhantes. Eliza sai com o primeiro vestido, um vestido preto muito comprido, não lhe caiu nada bem, faço sinal com a mão para que ela o tire. Ela entra de novo no provador e volta a sair com um vestido tomara que caia cinza, com detalhes em preto e uma faixa com um laço na cintura. Faço um sinal positivo, ela ficou linda. Levanto-me.
- Agora vamos à procura de um sapato! – digo a Eliza.
Separo dois pares de sapatos para ver qual combina mais com o vestido.
- Sente-se. – digo a Eliza, ela obedece sentando em um banco que há ao nosso lado, em seguida me ajoelho e me preparo para pôr o sapato em seus pés.
- Eu faço isso! – diz Eliza constrangida pela minha ação.
- Apenas fique quieta! 
Depois de colocar o sapato em seus pés, levanto-me esticando a mão para que Eliza possa segura-la enquanto se levanta. Logo em seguida a levo até a frente do espelho onde ela possa se admirar.
- Você é muito bonita! – digo enquanto coloco o colar que a vendedora me trouxe, em seu pescoço, ficando ao seu lado repito as palavras a pouco ditas. – Muito bonita! Agora vá se trocar enquanto eu vou pagar.
Mais tarde deixo Eliza na frente de sua casa.
- Não esqueça! Te pegarei aqui amanhã ás 7h30min esteja pronta. Odeio ficar esperando.

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