Capítulo Sete

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Hoje é o dia em que John vai me apresentar a sua família, estou nervosa, não pelo fato de ser apresentada a sua família, mas sim por ter medo de não conseguir atuar como devo!
- Eliza! Sua carona chegou! – diz Cidinha a babá de Clarinha.
- Cidinha, vou deixar meu celular no silencioso, se acontecer algo me ligue!
- Se divirta menina! Não vai acontecer nada.
Droga! Odeio mentir para Cidinha, mas tinha receio dizer que eu não estava indo sair com meus amigos e sim com um cara que nem conheço e de quem eu sou namorada de aluguel. Cidinha me dá um beijo e um abraço, que faz lembrar-me de minha mãe, que sempre me mandava ir com Deus e dizia o quanto me amava quando eu saia de casa.
Quando saio vou em direção ao carro, que está parado em frente à minha casa. John sai do carro e abre a porta do carona. Depois que entro, ele fecha a porta e dá a volta no carro sentando no banco do motorista.
John fica me observando por um momento em silencio depois diz:
- Quando estivermos com minha avó, tome cuidado com o que diz, ela é muito ágil. Por isso quando não souber o que dizer apenas sorria, e eu faço o resto.
- Não deveríamos ter uma espécie de introdução antes? – pergunto preocupada.
- Não haverá problemas! Então não precisa se preocupar.
Quarenta minutos depois, chegamos a uma casa muito grande e bonita, realmente John deve ser mais rico do que eu pensava. John parou com o carro logo ao lado do que parecia a entrada principal da casa, fiquei paralisada, comecei a ter medo de fracassar de não conseguir enganar as pessoas que moravam ali. Ao perceber que eu não ia sair do carro John deu a volta e abriu a porta do carona e esticou a mão para mim.
- Vamos! Está na hora do show. Você não está com medo ou querendo desistir não é? Por que se for isso está tarde demais!
Criei coragem estiquei minha mão, que alcançou a de John que ainda estava estendida para mim. Depois que pegou minha mão John me conduziu até a entrada da casa. Depois de entrarmos, seguimos em frente e depois viramos à direita, entrando em uma sala, onde estavam duas pessoas que sorriram depois de ver John entrando.
Um deles levantou imediatamente para abraçar John, seguido de uma mulher muito bonita.
- Marcos! Essa é Eliza. – diz John depois de terminar o abraço. – Eliza! Esse é meu primo Marcos, eu e ele fomos criados praticamente juntos. E essa e sua noiva Alanna.
Há algo muito errado na expressão de John ao me apresentar a Alanna, mesmo assim cumprimento ambos. Depois de terminadas as apresentações, Entra na sala em que estávamos uma senhora muito Bem vestida que acredito ser a avó de John Sra. Barbara. Ela vem em nossa direção enquanto John trata logo de me apresentar.
- Vó! Essa é Eliza... Eliza essa é minha avó.
Ela me olha com desconfiança, sinto-me nervosa, ela deve sentir que algo está estranho.
- É um prazer conhecer você! Por favor cente-se – ela diz
- E então? Como vocês se conheceram? - pergunta-me marcos.
Fiquei sem saber o que dizer. Nada foi combinado com John, para não sermos pegos. Mas antes que possa dizer qualquer coisa John fala:
- No cinema!
- Serio? No cinema?  - Pergunta Marcos.
Sua avó pareceu se interessar pela história, pois nos olhou com um ar de quero mais.
- Sim! Ambos fomos assistir a um filme em que nossos acompanhantes nós deixaram sozinhos, lembra do filme que você iria assistir comigo Alanna? – disse John, enquanto Alanna assentia.  - Eu me interessei por ela logo que a vi! E quando a seção acabou convidei Eliza para beber algo! E assim foi seguindo.
O que? Ele está contando a história como realmente aconteceu? Ou quase exceto pelo “ter se interessado por mim logo que me viu...” Ei espera então a pessoa que lhe deu o bolo aquele dia foi Alanna? A noiva de seu primo?
- Então Eliza! Quantos anos você tem? – pergunta Alanna.
- Vinte e três! – digo.
- E o que seus pais fazem? – pergunta-me Barbara.
- Ambos faleceram há um pouco mais de quatro messes, em um acidente de carro!
- Nossa sinto muito! – ela fica uns segundos em silencio, quando volta a perguntar. - Onde você se formou?
- Me graduei na escola!
- É isso? Por que parou ai?
- Na verdade estava fazendo faculdade até há pouco tempo, mas tive que parar!
- E por que você teve que parar?
Não precisei respondê-la, pois bem na hora entrou uma empregada dizendo que o jantar estaria sendo servido. Todos se levantam e foram em direção a outro cômodo da casa.
Acomodei-me em uma cadeira ao lado de John. Barbara se sentou na ponta, Marcos e Alanna no outro lado da mesa. Ficamos ali nós cinco, esperando sermos servidos.
Eles conversavam coisas da família falaram sobre negócios. E uma vez ou outra voltavam o assunto para mim.  Dona Barbara parecia mais crente no “relacionamento” meu e de John.
Quando todos terminaram sua refeição, voltamos para a sala de estar, eu estava cada vez mais confortável ao lado da família de John, não foi nada do que eu pensei que seria, meu medo de não me aceitarem era grande. – não faço ideia de o porquê eu estava tão preocupada em ser aceita.
Horas depois Marcos se levantou e disse se despedindo.
- Eu e Alanna temos que ir! Temos que trabalhar amanhã cedo.
John aproveitou a oportunidade e levantou também.
- Nos também iremos! Vou deixar Eliza em casa.
John e Marcos dão um beijo no rosto de sua avó seguidos por Alanna, depois Barbara se vira para mim e diz:
- Foi um prazer conhecer você Eliza! Você é a primeira menina a ser apresentada por John.  Espero te ver novamente. – Barbara me dá um beijo e um forte abraço, um abraço tão afetuoso que me faz sentir mal por estar mentindo. Mas sei que estou mentindo por uma causa nobre.
Ao chegarmos à frente de minha casa, desci do carro depois que John desligou o motor, estava indo em direção a minha casa quando John chamou meu nome. Ele veio alguns passos em minha direção.
- Obrigado por hoje! Minha avó gostou muito de você. – acenei com a cabeça pra ele, e fui para casa.
Ao entrar em casa fui bombardeada de perguntas, Maria queria saber sobre tudo principalmente pelo cara bonito lá do lado de fora.

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