Capítulo 11 - Jamie

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Antes de chegar no quarto dela eu passei na cozinha pra tomar um remédio pra dor de cabeça, não sei se pela neve ou pelo vinho, mas eu estava começando a sentir um desconforto no corpo.

Isso também serviu pra garantir que Paul estivesse dormindo. E pelo ronco que eu escutei, ele não acorda tão cedo.

Não precisei bater forte na porta pra ela ouvir e abrir.

- Podemos conversar? - Tenho certeza que ela está vendo a súplica no meu rosto.

- Tudo bem.

Ela entra e senta na beirada da cama, virada pra mim.

- Desculpe pelo estresse na sala, e por ter visto isso - Levando a calcinha vermelha pra ela ver.

- Tudo bem pelo estresse, obrigada por ter me defendido. E sobre isso aí, você não me deve explicações. - Ela termina de falar quase sussurrando.

Pego uma de suas mãos e faço com que levante da cama, passo a outra mão no seu rosto e ela fecha os olhos sentindo. Se ela soubesse como gosto disso.

- Jade, desde o bendito dia que te conheci eu não consigo te tirar da cabeça. Eu sei que o meu histórico não joga ao meu favor, que o que seu irmão falou na mesa te incomodou, que essa maldita calcinha te irritou, que tudo o que você ouviu na madrugada que chegou deve ter te dado náuseas, mas...

- Me excitou - Ela abre os olhos e os mantém firmes nos meus.

- O que? - Será que eu ouvi direito?

- O que eu ouvi na madrugada me excitou e me deixou com inveja. Não sabia que era você, mas te imaginei enquanto me tocava. - Ela está vermelha como um pimentão, mesmo com a luz baixa eu consigo perceber. Mas o fato dela assumir que se tocou pensando em mim me atinge em cheio.

- Eu quero te jogar na cama e te fazer gemer, mas eu preciso falar algo antes. Desde aquele dia eu não consigo finalizar com ninguém, por isso Paul deu aquele show na mesa, depois que passou um mês e você não entrou em contato eu precisava partir pra outra, mas não conseguia. Então eu sai com várias mulheres, eu dava prazer a elas, mas eu não sentia, porque você não saía da porra da minha cabeça. Sua imagem dançando e de lingerie na praia não paravam de vagar na minha mente.
Jade, eu podia ter todas aquelas mulheres na minha cama, mas nenhuma delas era você!

Quando percebi seus lábios estavam colados nos meus, sua língua desesperada pedindo passagem e encontrando a minha. Era incrível como nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Ela beijava meu pescoço e meu pau sentia inveja dele. Aos poucos ela foi se afastando e me deixando com vontade.

- Pera, calma. Deixa eu te mostrar algo. Senta aí. - Ela foi me empurrando até sentar na cama.

- Depois você mostra meu bem, só vem aqui e deixa eu te beijar.

Eu estava desesperado, fazia dois meses que eu sonhava com esse momento, que meu corpo implorava pelo dela.

Quando percebi, ela estava levantando o vestido bem devagar, puta que pariu!
Eu morri e tô no céu!

- O que você tá fazendo? - Pergunto atordoado.

O vestido ia subindo pelas suas coxas, pelo seu quadril. Uma calcinha preta tentava se esconder por trás da meia quase transparente. Ela baixou a barra da meia um pouco e de repente eu vi.

Porra! - Eu gemi.

Bem na marca da sua calcinha tinha um pequeno 'J' tatuado. Eu não sabia o que falar, eu queria beijá-lo, lambê-lo.

- Eu chamei aquele dia de 'Dia J', ele me trouxe péssimas lembranças, mas também me trouxe você, e me faz uma mulher mais forte também. Eu fiz essa tatuagem no dia que vim embora, pra nunca esquecer.

Segurei-a pela cintura e puxei pra mais perto, minha boca salivava com aquela imagem. Fui aproximando meu rosto daquela pequena letra e toquei meus lábios sobre ela. Jade estremeceu nas minhas mãos. Comecei a beijar com mais vontade, fui passando a língua pela barra da sua meia e enfiei os dedos na lateral.

Sua respiração estava acelerada, mas ela não me impediu de começar a baixar sua meia. De olhos fechados ela controlava seu desejo.

Quando sua meia chegou ao chão eu comecei a plantar beijos pela parte externa da sua coxa, subindo pelo seu quadril até a tatuagem outra vez. Fui subindo as mãos até pegar a barra do seu vestido que estava dobrada sobre a barriga. Ela esticou os braços em sinal de concordância e eu continuei levantando, com os olhos colados nos seus, até tirá-lo por completo.

Soltei um gemido sofrido quando percebi que ela estava sem sutiã.

- Você é perfeita - Falei hipnotizado.

Ela tirou minha blusa devagar e se aproximou até colar seu corpo no meu, me beijou com desejo, e foi mordiscando meu maxilar lentamente. Minha respiração estava falhando quando ela começou a descer com a boca pelo meu torax e abdômen. Quando ela abriu minha calça e baixou, eu não lembrei de como respirar.

Encaixe - De corpo e coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora