A arte da Arte da Guerra

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    Olha eu vindo aqui mais uma vez falar sobre Você, olha eu vindo aqui falar sobre filosofia novamente, olha eu vindo falar sobre arte, sobre guerra, sobre a Arte da Guerra, aquele simples livrinho, escrito a mais de dois milênios, aquele lindo livrinho escrito a vinte e cinco séculos, o conteúdo é tão "simples" quanto seria "O Príncipe", apenas 13, Sun Tzu, precisou de nada mais que 13 leis básicas da guerra, estas que não necessariamente aplicam-se somente à guerra, aliás, atualmente penso que se aplicam mais no dia a dia do que na própria guerra, visto que a guerra não é mais feita de lanças e escudos.

    Se existe uma coisa que este livro me ensinou é a disciplina, aliás no próprio prefácio corta-se a cabeça das princesas mais amadas do rei, por falta de disciplina, e não quero ter minha cabeça cortada, e se tivesse, seria por um motivo mais nobre do que falta de disciplina. Se bem que não teria a cabeça arrancada, além do mais porque não seria, e nem serei, uma das princesas mais amadas do rei.

    Pensando bem, lembrei de um comentário de Napoleão Bonaparte, no livro "O Príncipe - Comentários de Napoleão Bonaparte" em que ele se nega a aceitar um conselho dado por Maquiavel no livro, e logo depois comenta ele, já exilado, que teria dado mais certo se tivesse seguido o tal conselho, e analisando a derrota na Rússia, vimos que ele não seguiu um dos quatro princípios básicos da Arte da Guerra, conhecer o Céu e a Terra, ou seja, conhecer o terreno e o clima que enfrentarás, aparentemente faltou Sun Tzu nas leituras de Napoleão, o que duvido muito que o sábio Napoleão não tenha lido um livro tão importante quanto esse, ou então a arrogância matou o homem, o que é até mais provável, de acordo com a passagem no livro de Maquiavel. Então porque seria eu o rebelde? Se até Napoleão assumiu a falha em não seguir o conselho dos sábios, porque eu não aceitaria esses concelhos? Pela simples e mera arrogância, a mesma que matara Bonaparte.

    E hoje ganhei eu o meu próprio exemplar do livro chinês, logo após a provável melhor sessão de cinema que tive nos últimos anos, e Você que me deu, saiba que foi um dos melhores presentes que alguém poderia ter me dado, e serei eternamente grato, assim como cada vez mais disciplinadamente arrogante e rebelde.

A arte da Arte da GuerraWhere stories live. Discover now