Eu poderia começar contando algum caso, usando algo como exemplo, mas o amor é tão intenso, variado, camaleão, e tudo mais, que ele se adapta a tudo, inclusive aos defeitos, diferenças, e tudo suporta. Certo? Não, errado.
Quem ama, perdoa.
Muita gente afirma que o amor deve aceitar tudo. "Quem ama, perdoa", coisas assim que atrapalham o entendimento do outro sobre o amor. Se você afirma que o quem ama perdoa para alguém que sofre agressões do parceiro estará dando a ela uma eternidade de perdões e maus tratos. É uma definição totalmente errada e equivocada. O certo seria "Quem ama busca a sabedoria para entender o outro".
O perdão no amor é importante sobretudo porque leva á maturidade do relacionamento, no entanto, deve-se avaliar o que está para ser perdoado, como citei acima. Há milhares de relacionamentos passando por filtros e aceitações, sendo avaliado por diversos tipos de "metragens", e o que estamos vendo e vivendo, são relacionamentos avulsos, que começa, hoje e terminam amanhã. Há também aqueles relacionamentos de anos que não conheceram a fase da euforia, da loucura, da falta de razão em tantos momentos por estar apaixonado, relacionamentos que começam por uma razão e terminam por outra.
Construção.
Quando conhecemos alguém, esperamos que ele se encaixe em nosso mundo, que seja ideal e adequado, e se não for, descartamos em seguida ou vamos aceitando o que temos até que encontremos outra pessoa. Isso acontece com muitos, acredite. A expectativas que guardamos podem atrapalhar todo esse processo de construção. Não adianta buscar por alguém que se encaixe em nossos requisitos, nem mesmo nos anular para encaixarmos na vida do outro. A construção acontece devagar, aos passos leves e largos, para que nós possamos realmente enxergar quem é esse outro tentando entrar no nosso espaço, e o coração da gente já passou por tanta coisa que não custa nada ir devagar.
O erro dessas construções acontecem quando há o imediatismo, a euforia acima do esperado, a carência minada nessa busca, e as coisas acontecem fugindo do controle. A carência afetiva pode ser tão perigosa quanto sofrer maus tratos pelo parceiro, pois ela nos coloca em situações desagradante diante da pessoa amada, e muitas vezes num caminho sem volta.
E, nessa construção verdadeira do amor, não é certo dizer que ama desesperadamente alguém quando se tem poucos meses de relacionamento. Que amor é esse que nasceu em menos de um ano? Essa fase é a paixão, a dona da euforia e do desespero, do ciúme e a insegurança. Ela comanda os atos impensados. O amor chega quando tudo isso vai embora, pois são sentimentos negativos e nada saudáveis para um relacionamento.
Se você está conhecendo alguém agora, pare e respire. Você quer o amor, quer o sentimento mútuo e que evolua para algo mais sério na sua vida, então dê espaço para que isso aconteça naturalmente, ou a relação correrá tão rápido que será preciso frear. Imagine o amor sendo um carro. Se está correndo demais, freie, para que não saia machucada.
Para que o relacionamento evolua é necessário entender o que está acontecendo no momento dessa relação, e o que realmente busca. É preciso avaliar em que nível de seriedade está e as possibilidades de levar adiante, para algo que, de fato, vire um casamento, quem sabe.
Desde 2013 tento desmitificar o amor e toda sua forma de ser e eis que, a vida sempre me surpreende com mais indagações. O amor é sobretudo o alicerce de toda a humanidade, seja o amor romântico, fraternal, o que chamo de AMOR MAIOR.
Você vai me perguntar: Como se constrói o amor?
Lembre-se sempre de comparar o amor com o carro, se estiver correndo demais, freie, para não se machucar lá na frente. É devagar, como falei. Deixe acontecer naturalmente e dentro do que é aceitável em uma relação.
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Quando, e se o amor acabar.
Non-FictionLivro de auto ajuda que te leva a vários esclarecimentos sobre términos, reconciliação, e acima de tudo, sobre a construção desse sentimento tão temido e desejado no mundo todo.