Capítulo 29

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(...)

Horas depois

Já havíamos chegado no local da festa, Théo estava muito ansioso e meu pai estava com ele lá onde iam entrar com os cavalos, e eu fiquei na arquibancada para torcer por ele, a vaquejada logo começou e ele já estava pronto para entrar na pista, ele entrou e eu fiquei da arquibancada gritando emocionada por ele.

Gabriel Narrando:

Estava observando o grande vaqueirão que minha mãe tinha contado, ele estava derrubando todos os bois na pista, fiquei impressionado como ele era valente, tão jovem e tão forte e tão insistente, eu derrubava o boi e ele sempre à minha frente, chegava o grande momento de pegar o primeiro lugar, os bois eram mais fortes, ele não iria derrubar e sorri comigo mesmo: dessa vez eu vou ganhar. Quando me preparava pra entrar na pista, quando olhei de lado, quase escureci a vista, quando vi uma mulher, aquela que foi a minha vida, segurei no meu cavalo para não cair, tremi, fiquei nervoso quando eu a vi, enxugando e abraçando o vaqueiro bem ali, entrei na pista como um louco, o bate esteira a percebeu, andei foi longe do boi, ah, isso nunca aconteceu, o vaqueiro entrou na pista e eu fiquei a observar, ela acenava, ela aplaudia, e ele o boi a derrubar, derrubou o boi na faixa, ganhou o primeiro lugar, fiquei desconsolado, envergonhado eu fiquei, perdi o grande prêmio, isso até eu nem liguei, mas perder aquele amor, ah, eu não me conformei. Quando estava prestes a sair dali, eu a vi vindo em minha direção com o vaqueiro pegado em sua mão.

Marília Narrando:

Estava vendo a vaquejada, entrou um outro vaqueiro na pista e quando olhei eu reconheci que era o grande amor da minha vida, não contive a emoção e comecei a chorar ali mesmo, Mari me viu chorando e logo perguntou

Mariana: Mana, o que foi? – perguntou

Marília: O vaqueiro mana – disse com a voz tremula – que está na pista é o Gabriel, pai do meu filho – falei de uma vez só

Mariana: O que? E não é que é ele mesmo mana – falou me abraçando – Leva Théo pra conhecer ele mana

Marília: Eu vou levar – falei

Observei que ele entrou na pista como um louco, ficou longe do boi, ele saiu da pista e Théo entrou novamente, derrubando todos os bois, fiquei orgulhosa do meu filho, ele se tornou um grande vaqueiro, igual seu pai, Théo recebeu seu prêmio e veio até mim comemorando, abracei ele e enxuguei as lágrimas, e peguei em sua mão

Marília: Vem filho, quero que você conheça uma pessoa – falei enquanto puxava ele pelas mãos

Théo: Quem minha mãe? – perguntou

Marília: Verás – falei

Fui me aproximando de Gabriel e ao chegar na sua frente, meu coração disparou de alegria e emoção, olhei nos olhos dele com atenção

Marília: Esse é o nosso filho, que você não conheceu, sempre quis ser um vaqueiro, como você, um campeão, e pela primeira vez quer a sua bênção – disse

Gabriel Narrando:

Ao ouvir tudo aquilo que ela me falou, eu não aguentei, comecei a chorar, abraçado com meu filho, um vaqueiro como eu, eu nunca tinha visto, posso confessar o maior prêmio, Deus me deu.

Gabriel: Meu filho – falei chorando – eu te abençoo – dou um beijo em sua testa

Théo: Meu pai – falou chorando – o senhor não sabe o quanto sonhei em te conhecer – abraço ele novamente

Gabriel: Eu também meu filho, você não sabe o quanto sonhei em lhe conhecer – falei sorrindo e soltando o mesmo – e você, como está? – perguntei olhando pra Marília

Marília: Eu estou bem, que saudades eu estava de você – falou me abraçando – eu não consegui te esquecer e agora que nos reencontramos, não quero mais ficar longe de você – falou

Gabriel: Eu também não te esqueci, meu amor – falei olhando nos olhos dela – eu também não quero ficar longe de você – disse

Théo: Por favor Pai, fica – falou

Gabriel: Eu vou ficar filho, não quero ficar um segundo longe de você e sua mãe – falei 

A Filha do FazendeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora