Olhe para mim
Ei, você mesmo, amigo!
Olhe para mim. Não vire o rosto.
Eu sei que não estou em minha melhor forma
Há feridas por todo meu corpo
Há cicatrizes por toda minha alma
Meu rosto está desfigurado
Essas lágrimas pesam toneladas e é como ácido, que onde passa, corrói
Há buracos por toda minha máscara
E já é possível entrever a tristeza por baixo dela
Ei, olhe pra mim! Não fuja, amigo. Eu preciso de você.
Veja o quanto estou despedaçado
Veja o quanto a vida tem me apunhalado e me feito sangrar
Eu preciso que você aperte minha mão, que me abrace e me ajude a curar
Me faça recompor essa minha máscara de falso contento
Se esforce, finja, eu não ligo
Só me faça apresentável outra vez
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Insônia: O Canto das Poesias
Poetry'... E eis que nasci, e em mim, vertigens da alma, e o coração acelerado sem entender a peça. O espetáculo era eu, e as cortinas que então se abriram, era todo o mundo em exuberante tragédia em existir, brilhando feito água do mar diante meus olhos...