Capitulo 1

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Meu nome é Katherine, mas me chamam de Kath. Eu vivo em uma aldeia ao sul da França, estamos em crise, o rei está doente e estamos sendo constantemente atacados pela Inglaterra. Minha mãe e meu pai sempre me dizem que o mundo está perto do fim. 

Que todas as histórias que conhecemos vão chegar ao fim, que deus vira nos punir. Eu não sei se acredito nisso.... Minha tia sempre os que eu tenho que me casar logo, que com 17 anos eu já estou ficando muito velha para achar um companheiro descente e que tenha algum título; acho errado que nós tenhamos que nos submeter ao título, eu quero me apaixonar por alguém. Quero amar alguém. De verdade, não só para adquirir um título. Quero saber o que é amar.

Acordei na manhã de domingo e fui pegar leite, como sempre faço desde os meus 7 anos, mas na volta vi os cavalos da realeza parados a minha porta. O balde soltou-se das minhas mãos, nunca recebíamos visitas da realeza e em todos os casos que vimos foram para recrutar ou acusar de algum crime cruel. Não era para coisas boas.
Adentrei a sala afoita. Minha mãe estava sentada no sofá com um lenço na mão, sempre a vi como um ser tão frágil, parecia pequena em nossa sala é tão fina quanto às porcelanas que lavava. Meu pai estava em pé ao lado do sofá, ele sempre teve uma postura forte a típica figura masculina da família. Lembro de uma vez que ele simplesmente disse que tínhamos que ir até a floresta, não vou mentir que fiquei com medo porque as crianças da aldeia são sempre assombradas pelas histórias de bruxas que vivem na floresta, mas quando chegamos ao centro da floresta ele me deu uma adaga, um arco com flechas e me disse "você é uma dama, mas nada lhe impede de saber sobreviver e ser forte", e nesse momento comecei a aprender a atirar um flecha, a como me defender de animais que são perigosos. Tentei aprender a caçar como ele, mas não conseguia acertar um animal eu ficava triste. Meu pai e minha mãe foram minhas figuras perfeitas de família, não tinha irmãos.
Na sala um dos cavaleiros falava sobre o rei que estava em seu leito de morte, a preocupação em sustentar o reino e sobre mim. Quando apareci todos se calaram.
- Filha precisamos te contar uma coisa. - disse meu pai em um tom no qual nunca havia ouvido falar
- Sente-se - disse minha mãe enxugando os olhos.
- O que está havendo? - Perguntei em um baixo tom de voz, ela parecia menos trêmula desse jeito. Lembrei-me do meu pai me ensinando truques para não parecer fraco diante ao oponente.
- Meu nome é Henri e eu sou um dos cavaleiros do castelo, vosso querido rei está em condições precárias presumimos que partirá logo. E você é a mais próxima da linhagem, levando em conta que a rainha não produziu herdeiros.
Entrei em choque, parecia que havia levado um soco no estômago. Eu? Próxima da linhagem real?
Sempre sonhei em ser da realeza, me tornar uma princesa nunca mais ter que ver crianças com fome ou minha família quando a produção era baixa. Poder usar um vestido novo. Desde pequena todas as meninas da aldeia sonham com isso. Mas como?
O guarda continuou a sua explicação, ele era alto, forte por servir ao exército do rei e acredito que as marcas que possuía no braço vieram do mesmo jeito. Se portava como um homem, mas ainda tinha aparência de menino, cabelos castanhos que cobriam seus olhos conforme o movimento e olhos tão azuis quanto a água do mar.
- O rei teve um caso a 17 anos atrás com uma menina ainda jovem, a menina morreu durante o parto e não teve tempo para se tornar sua meretriz, a criança nasceu nos braços dos soldados e a rainha ordenou que a levassem para longe. Meu pai não quis que a criança sofresse em péssimas condições então se esforçou para encontrar uma família. Meredith nunca pode ter filhos e sempre fora eu sonho, com estabilidade no casamento e uma casa foi a melhor opção à vista do meu pai. Então ele lhe entrou a ela.
- Espera, eu sou essa criança? Eu sou descendente direta do rei? - Disse sentindo minha cabeça pesada.
- Sim senhorita.
- Nós queríamos te contar, mas não saberíamos como reagiria a isso. Não queríamos que sentisse que a sua verdadeira família não lhe quis. Nós somos sua família. - disse meu pai, tentando acalmar as coisas.
- Vocês esconderam isso de mim durante 17 anos, sem eu nunca saber da onde eu realmente vinha? E agora querem que eu aceite de braços abertos a traição de vocês ? Jamais.
Nesse momento sai correndo, fui para as florestas o único lugar que aprendi a me sentir acolhida. Aquele lugar guardava um magnetismo enorme.
Uma senhora apareceu a minha frente, assustei e estendi minha adaga em sua direção.
- Acalme-se criança, não lhe farei nenhum mal.
- O que a senhora deseja?
- Você parece desolada, deixe seu coração aceitar o que vou lhe dizer. Você não está sozinha, e nada está saindo diferente do que planejou toda sua vida. De oportunidade as coisas que acontecem.
Nesse momento ouvi barulho de um cavalo, me virei para ver se via algo. Quando voltei a olhar, a senhora não estava mais lá. Senti uma mão em meu ombro e virei a cortando com minha adaga. Era Henri.
- Perdão, não sabia que era você.
- Está tudo bem, eu ia dizer que a floresta não é um lugar para uma dama andar sozinha mas parece que você sabe se cuidar.
Fiquei sem graça, dei um sorriso discreto.
- Vamos lhe levarei para casa, acho que tem muito o que conversar com os seus pais.
- Eles não são meus pais.
- São sim, te criaram. Meu pai soube escolher, até porque tinha um filho de apenas um ano na época sabia do que uma criança precisava.
- Devo ser grata ao seu pai mas ainda estou perturbada com tudo isso.
- Está tudo bem, venha. - ele estendeu a mão e subimos em seu cavalo, caminho a aldeia, a minha casa, aos meus país que não eram meus pais e aos dilemas que teria que enfrentar.

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⏰ Última atualização: Jan 14, 2018 ⏰

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