Love Bookstore

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 Magnus cantarolou baixinho enquanto segurava seu filho apenas em um dos braços, as perninhas do bebê de oito meses encaixadas em seu quadril enquanto passeavam pelos corredores da livraria, a “Lightwood & Bane’s”

 Ele gostava do cheiro das folhas envelhecidas, mas também gostava das novas… a livraria tinha muitas variedades e Magnus se orgulhava de dizer que havia lido mais da metade dos livros que havia nas prateleiras.

—Olha Matthew. —Chamou, puxando um livro de capa clarinha da prateleira e mostrou para o menino em seus braços, a capa tinha algumas espirais na cama branca, assim como um menino loiro em cima de um planeta planeta pequeno, ao seu lado uma rosa. — O pequeno príncipe! Nada mais perfeito do que ler para meu pequeno príncipe hum? hum? —Provocou, cheirando o pescocinho macio do bebê de cabelos escuros, que acabou rindo. —Vou aceitar isso como um sim.

 Matthew balbuciou algo que soou erroneamente como “príncipe” fazendo com que seu coração se aquecesse mais. Seu filho era tão fofo, ainda assim quando ele mostrava as covinhas no canto da boca rosadinha. O bebê riu mais uma vez quando o pai rodopiou e Magnus sorriu, praticamente valsando com o filho para poder escutar mais das risadas. 

 Eles chegaram até a parte de trás das estantes, onde poucos clientes conseguiam encontrar… mas que quando encontravam se sentiam confortáveis, era um espaço de quase três metros quadrados, onde havia um sofá de três lugares, uma poltrona, almofadas e uma lareira em pleno funcionamento, já que era Dezembro já e Alec tinha a preocupação de sempre manter o lugar aquecido, tanto para eles quanto para os clientes que às vezes se refugiavam ali.

 O homem se sentou no sofá apoiando o livro no encosto antes de esticar as pernas por toda a extensão e as abrir um pouco para poder agasalhar Matthew entre suas pernas.

—Vamos ler um pouco enquanto o papai não acorda sim?

—Baabai…—O bebê tentou, fazendo com que o mais velho arrulhasse com a fofura.

—Quase assim meu amorzinho!—Magnus sorriu antes de abrir o livro e suas mãos. Ele já havia lido o livro mais de três vezes e sempre achava algo de novo nas páginas, algo novo para interpretar. — E foi então que apareceu a raposa… —Começou, mudando um pouco o tom de sua voz. — “Bom dia – disse a raposa.”

 Alexander se remexeu na cama, esticando um braço para puxar o marido para si, mas a única coisa que alcançou foi o travesseiro fofo de penas e fronha dourada. Ele abriu os olhos a contragosto apenas para ter certeza que Magnus não estava ali com ele e acabou gemendo antes de se encolher e tentar dormir.

 Mas foi impossível, ele nunca conseguia dormir por muito tempo sem Magnus ou seu filho do lado. 

 Alexander se sentou, bocejando e esticou os braços acima da cabeça para a alongar o corpo antes de levantar da cama, seus pés indo direto para o carpete macio do quarto.

 Ele pegou um robe na poltrona e o vestiu, assim como uma calça moletom antes de sair do quarto. Alexander ficou em silêncio, tentando escutar qualquer som que indicasse onde seu marido e filho estavam e ele sentiu uma pontinha de decepção quando entrou na cozinha e eles não estavam lá.

 Ele gostava dos dias em que acordava e os encontrava na cozinha, Magnus cantando algumas músicas enquanto preparava o café da manhã para ele e Matthew ficava seguro em sua cadeirinha. 

 Aparentemente esse não era um desses dias, ele chamou mais uma vez, mas não houve resposta e Alec ponderou na possibilidade de Magnus ter ido passear com o filho, mas seus olhos acabaram repousando sobre a janela da cozinha, vendo os flocos de neve caindo levemente.

 Eles estavam um dia mais próximo do natal.

 Alexander foi até a cafeteira, a vendo cheia de café e ele sorriu antes de pegar uma caneca de porcelana no canto e se servir. Talvez Magnus estivesse na livraria? 

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