01

269 32 14
                                    

No dia seguinte, eu liguei para Kun, um amigo meu que morava em Busan e lhe perguntei por acaso se eu poderia passar o fim de semana lá, para tentar esfriar a cabeça um pouco. De malas prontas, peguei um táxi e um tempo depois, um trem.

A viagem não fora tão demorada, nela eu pensei bastante sobre minha vida. O que eu faria agora em diante? Eu teria que procurar um apê menor, vender a maioria das minhas coisas e arrumar um trabalho. Por isso eu pedi ao Kun pra vir pra cá, preciso descansar minha cabeça ou iria enlouquecer.

- Oh Chittaphon! Aqui! - ouço sua voz na multidão

- Yah Kun! - corro pra abraça-lo, ah. Como eu senti falta desse idiota, por pouco não choro por entre o nosso abraço

- O que foi? Algo de errado aconteceu? - ele pergunta com uma feição preocupada a olhar pra mim. É, ao julgar o meu estado, perguntaria o mesmo.

- Podemos conversar em sua casa? Assim me sinto melhor ao contar - Kun assente e pega minha mão

- Ah eu fiz seu doce preferido! Imaginei que queria me contar algo, por ligação parecia tão tristonho - eu forcei um meio sorriso, era tão lindo o jeito que ele se importava comigo

Chegamos do lado de fora da grande estação, um carro nos esperava e encostado nele estava um homem distraído com o vai e vem de carros

- Ten, este é YangYang, meu namorado - Kun sorri abraçando o tal namorado de lado - amor, este é Chittaphon, meu melhor amigo que eu te falei

- Ah sim, prazer Chittaphon - o homem estende a mão, me fazendo sorrir e aperta-la, junto à uma pequena reverência - Vamos?

Ao chegarmos em frente a casa de Kun, abri um enorme sorriso ao lembrar da nossa adolescência naquela rua. Os pais de Kun, quando eram vivos, tinham uma doceria no fim da rua que hoje em dia é do chinês.

- Você ainda abre a doceria? - Kun sorri e afirma, olhando para Yangyang

- Yangyang me ajuda, junto com mais dois amigos nossos - eu concordo e me sento no sofá, deixando a mochila de lado

Respiro fundo e fecho os olhos, eu estava exausto, tanto fisica quanto mentalmente.

- Ah Yang, pode nos deixar sozinhos um pouco? - Kun pede, fazendo o garoto assentir e deixar um selar em seus lábios e sair - Pode falar Chitta

- Kun-yah, não precisava ter mandado ele sair - suspiro - É simples, eu levei um par de chifres do Johnny

- Ai meu Deus, como foi isso? - ele levanta e vai pra cozinha, eu o sigo

- Eu o segui, de algum jeito eu sabia que havia algo de errado nele sabe? Dai eu o encontrei na casa do Mark, filho do meu antigo chefe, acredita?

- Credo, mas que filho da puta - Kun estende um pote com doce na minha direção

- Ai eu estava precisando - sorrio

Conversamos bastante sobre minha vida, Kun me deu conselhos e me abraçou bastante

- Se quiser pode ficar um tempo aqui amigo, até decidir o que fazer - ele diz ligando a tv

- Não quero atrapalhar, eu vou dar um jeito - deito no sofá, colocando minhas pernas por cima das suas

- Certo, mas saiba que eu estou aqui - ele sorri

Beginning of a new story...Onde histórias criam vida. Descubra agora