♡Cap. 10♡

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Pimenta narrando.

3 meses depois.

Hoje era dia de baile e tava lotado, o som no talo e cheio de puta jogando a raba. De longe dava pra ouvir a música alta e o estremecer do chão que fazia qualquer um daquele morro inteiro se animar.

As ruas só viam todos subir, hoje era comemoração do morro que conseguiu conquistar outro, vinha donos de outros morros.

Assim que ia entrando na quadra só ouvia os gritos e os aplausos e todos felizes xingando coisas do tipo: com o Pimenta ninguém se mete.

Entrei e a cada passo ria levantando meu fuzil, aquilo era música aos meus ouvidos. Ouvir minha favela comemorar uma conquista, era um passo e tanto.

Tocava a música "Verdinha" o que me deixava mais felizão. Chegando no camarote vi de primeiro meus parça que vieram logo falar comigo com o sorriso largo.

WL: eu fiz um pé lá no meu quintal tô vendendo a grama da verdinha é um real - ele fala cantando me fazendo um toque com seu sorriso.

DN: minha mãe já perguntou, o meu pai já perguntou, minha vó já perguntou que planta é essa meu amor - ele sorri cantando e eu gargalho.

Pimenta: seus viado que eu amo - riu e eles ri junto.

Erika: parabéns meu amor - ela fala me puxando pra um beijo.

Ela estava com um short curtíssimo jeans e um cropped verde néon, um salto grosso preto e com seus cabelos soltos, estava toda maquiada. Te dizer que apesar de tudo a guria era gata.

Me afasto dela depois e vou cumprimentar uns mano de outros morros que estava tão feliz quanto eu.

Pego um baseado e começo a bolar, tava tudo no pique e em cima, tu tá ligado que aquele tava sendo o melhor baile que já tinha dado. Bebida de graça pra geral, era ostentação pra não acabar, uma novinha chegou e começou a rebolar no meu colo e meu amigo já tava daquele jeitão.

Puxo ela pro meu colo e começo a beijar a mesma, ela senta de frente e começa a me beijar rebolando em meu colo, aperto sua bunda a trazendo pra mim e ela chega perto do meu ouvido e fala.

Xxx: hoje eu dou meu corpo de presente - ela sussurra com sua voz calma e ao mesmo tempo sexy e eu sorri dando um tapa em sua bunda.

Pimenta: vamo rápido - falo e ela sorri maliciosa.

Fiz toque com os caras e sai descendo com meu radinho e minha Glock.

[...]

Chegamos na boca e arrastei ela logo pra salinha, começamos um beijo quente e coloquei a mesma na mesa que tirou seu cropped imediatamente fazendo seus seios pularem, fui descenso o beijo e quando estava preste a cair de boca a porta é aberta com tudo, olho e vejo a Erika com o olho vermelho e inchado com uma arma na mão que tremia e suava.

Pimenta: TA SURTADA ERIKA? - falo me exaltando olhando pra ela.

Erika: O QUE VOCE TA FAZENDO COM ELA PIMENTA - ela grita e via sua mão tremer enquanto algumas lágrimas escorria.

Pimenta: NAO TA CLARO NÃO PORRA - falo chegando perto dela que mira a arma em mim - vai com calma Erika você não tá com um brinquedo não carai.

Erika: POR QUE PIMENTA? - ela começa a chorar - PORRA EU SOU FEIA? NAO SOU GOSTOSA? TO GORDA? NAO TEM PROBLEMA EU FAÇO DIETA - ela fala enquanto sua mão tremia e eu fiquei com pena mas não ia me render.

Pimenta: TA DOIDA PORRA? - falo gritando e ela deixa a arma cair - vaza - olho pra garota que tava já vestida e parada - VAZA CARALHO, TA COM O OUVIDO NO CU?

Ela sai correndo com uma cara assustada e eu olho pra Erika de cara feia que chorava que nem criança.

Erika: desculpa Pimenta - ela fala me olhando e eu continuo sério - desculpa meu amor, eu faço de tudo pra você me perdoar - ela se ajoelha e aquilo me dá nos nervos.

Pego ela pelos braços ainda sério e a levanto a altura do meu rosto, seus olhos estavam mais vermelhos ainda e inchados, ela estava descabelada e chorava muito.

Pimenta: a primeira coisa que você tem que fazer pra eu te perdoar é se valorizar porra - falo e ela chorava mais ainda - TA OUVINDO PORRA? - falo e ela assente.

Não resisto e aperto ela contra meu peito, beijei a testa dela, comecei a fazer um cafuné lento nela a fazendo se acalmar aos poucos, quando ela parou eu olhei pra ela e beijei a testa da mesma.

Pimenta: vou te levar pra sua casa - falo e ela assente.

Saímos e eu subi em minha moto, ela sobe depois e segura minha cintura deitando a cabeça em minhas costas.

[...]

Após deixar ela em casa vou em direção a minha casa e paro em frente a casa da garota do cabelão, e começo a encarar, um tempo depois ela aparece em sua janela que provavelmente era de seu quarto com o cabelo em um coque, ela fechou os olhos, quando ela abriu seus olhos correu pelo morro até parar nos meus olhos, mandei um sorriso e ela apenas me encarou.

Ficamos se encarando por um longo tempo, depois a mesma respira fundo e entra parecendo incomodada, dou um riso de lado e balanço minha cabeça colocando o capacete. Saio arrancando pneu e subo o morro indo direto pra minha casa, depois dessa tinha perdido a vontade de ir beber no baile.

[...]

Chegando lá quando entro vejo a pirralha deitada no sofá com os fones altos provavelmente em alguma música internacional que ela gosta de ouvir.

Vou até ela e a carrego até a cama de seu quarto a deitando em sua cama, no criado-mudo que tinha ao lado de sua cama vejo uma foto nossa, sento em sua cama e pego o porta-retrato.

Na foto eu tinha provavelmente uns 10 anos e ela com 4. Éramos tão pequenos e inocentes, nunca imaginava que eu iria ser o Pimenta, um dos mais odiados e procurados nessa cidade.

Olho pra ela e beijo a testa da mesma, vou em meu quarto indo direto ao banheiro tomar uma ducha, coloco uma cueca e me jogo na cama sentindo aos poucos o sono bater e eu capotar.


























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A Fugitiva [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora