Capítulo 14- parte II

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“Eu nunca saía, ou bebia álcool ou fumava tabaco, por isso o Ollie e o Rhys sentiram necessidade de fazerem alguma coisa em relação à minha miséria.” Louis explicou, respondendo à pergunta que eu lhe queria ter perguntado antes. “E como é que se diz ‘estamos preocupados contigo companheiro” melhor do que levar marijuana para o teu dormitório a um sábado à noite?”

Ri e aproximei-me mais dele, ele pós um braço à minha volta mas não desviou o olhar da tv. “E tu querias ligar-me quando tinhas, hum, erva?”

“Não apenas quando consumia.” Adorava o quanto sem rodeios ele estava a ser. “Eu queria ligar-te a toda a hora, por isso não tinha nada a ver com aquilo. A erva fazia-me esquecer de ti durante algumas horas, por isso era mais uma razão por ter feito… o que fiz.”

Mesmo sabendo que eu era contra as drogas, eu até gostava do seu jeito para tentar se esquecer de mim. Ele não tentou substituir-me com outras raparigas, ele não se afagou em álcool ou tabaco, por isso aquilo acabou por se tornar na maneira menos prejudicial de ele o fazer. Pisquei varias vezes, os meus lábios a formaram um sorriso enquanto continuava a olhar para ele. “Não acredito que consumiste por causa de mim.”

“Até foi um pouco engraçado, devíamos de o fazer um dia.”

A minha reação normal a isso seria de queixo caído, disparando e até mesmo batendo nele, mas desta vez eu apenas abanei a cabeça. “Tu és um atrasado se pensas que eu me hei-de chegar perto dessas coisas.” Disse no tom mais calmo que consegui. Por alguma razão, eu sei que ele disse aquilo do fundo da sua mente.

“Eu sei que não chegarias.” Ele puxou-me para mais perto de si, até eu estar deitada no seu peito. “Eu não quero voltar àquilo.”

Suspirei, aceitando completamente tudo o que ele tinha acabado de me dizer. “Obrigada por isso.” Sorri quando a sua mão apertou o meu braço. Se o Ashton me tivesse dito algo do género, ele teria passado a noite na rua ou à porta. Mas as coisas com que eu deixava o Louis passar… só esperava que ele não as usasse como uma vantagem. Foram os amigos dele que trouxeram aquilo para a vida dele, de qualquer maneira.

Franzi o sobrolho com o pensamento dos seus amigos. “Posso-te perguntar uma coisa?”

“Tu fazes um monte de perguntas mas tudo bem.”

Decidi ignorar o seu comentário. “Como é que os teus amigos se sentiram a cerca de mim? Quero dizer, quando eles descobriram que nos separamos? Chegaste a contar-lhes?”

“Hum, sim, eu disse-lhes. Eles não estavam lá muito entusiasmados sobre isso.” O seu remexer inconfortável assegurou-me de que ele estava a deixar alguma coisa de lado.

“Louis, diz-me.”

“Ok.” Ele suspirou. “Eles odeiam-te.”

Assenti lentamente, a suas palavras foram exatamente aquilo que eu esperava. “Até mesmo o Zach?”

“Oh, ele era o que te odiava mais.” Louis riu. “Quando eu lhe liguei há umas semanas atrás para lhe dizer que estávamos a sair de novo, ele fez-me explicar tudinho, depois gritou comigo e depois desligou a chamada. E a seguir voltou a ligar-me para dizer que estava noivo e que queria que eu fosse o padrinho, e voltou a desligar-me a chamada na cara.”

“Eu percebi.” Eu disse, ignorando as suas tentativas de me fazerem sentir melhor.

Ele suspirou pelas minhas palavras e tive de olhar para ele. “Babe, se vais começar a ser pessimista, sugiro que vás primeiro.”

Encarei-o divertidamente. “Está bem.” Disse e levantei-me num segundo, apenas para o ter a puxar-me de volta para si; o que era mesmo o meu objetivo.

“Tens de começar a levar-me menos a sério.” Ele riu, mesmo que ambos soubéssemos que eu estava a brincar sobre ir embora. Apesar de eu tentar parecer ofendida pela sua ordem de saída, ele revirou os olhos e pôs-me de maneira a ficar a encara-lo. “Para de fazer beicinho. Eu amo-te.”

Não consegui evitar em conter um enorme sorriso. “Também te amo.” Sorri, aqui estava, finalmente ambos o dissemos. Boa. “O que é que queres no teu aniversário?”

Ele estava obviamente surpreso pela pergunta, assim como eu, visto que eu nem sabia que lhe iria perguntar aquilo até as palavras terem saído da minha boca. “Hum, eu não sei?”

“Posso trazer-te algo quando estiver a vir embora do medico, daqui a uns dias.”

Louis pestanejou um par de vezes pela segunda repentina mudança de assunto, a sua confusão era querida. “Oh, vais buscar os resultados, certo?”

Assenti. “Sim, na sexta.”

Ele assentiu também. “Boa, eu ligo-te então.”

Sorri e inclinei-me para baixo, beijando-o pela primeira vez desde que entrei em sua casa hoje. Louis puxou-me para o seu colo, a minha posição fazia com que eu o abraçasse. Que conveniente.

“Mm, na verdade.” Ele murmurou contra os meus lábios quando se afastou. “Eu sei o que quero no meu aniversário.”

O seu tom deixou-me um pouco com medo da resposta. “O que é que queres?”

“Tu.” A sua resposta era simples mas o seu olhar… o brilho nos seus olhos e o sorriso genuíno que se formou, deixou-me um pouco hesitante mas sorri também.

“Sexo de aniversário, clássico.” Ri-me com as minhas palavras e esperei que ele fizesse o mesmo, mas ele continuava com a mesma expressão e começou a abanar a cabeça ao fim de uns segundos.

“Não, não quis dizer isso.” Nada pessoal, mas aquilo não era nada do que eu estava a espera. “Não apenas isso, pelo menos.”

“O que é que queres dizer?” Estudei a sua cara quando senti o meu coração a acelerar; o conhecido sorriso que os seus lábios estavam a formar não estava a ajudar.

“Quero dizer, eu quero-te… toda.”

Bem, há varias maneiras de interpretar aquilo…

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A fic já está mesmo quase a acabar, o que é uma grande tristeza :'((

Apesar de andar um bocado desligada disto, se quiserem traduções de alguma fic basta mandarem-me o link

Até à proxima, beijinhos <3

You again? (DC sequel) | PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora