angel...

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Seungkwan estava chorando.

E já era de se esperar isso, vindo dele era.

O garoto sempre chorava, era ridículo de como aquele pobre garoto estava sempre a chorar.

E ali não era diferente.

Estava deitado no gélido chão do banheiro abraçando as pernas coberta pela calça da escola, ouvia-se um barulho incomodo vindo de fora, mas não ligava para o que era, apenas continuou a chorar.

Não exageremos a dizer que chorar era a rotina do garoto, mas ele chorava bastante.

E o motivo era relevante para alguém com a consciência frágil como a dele.

Terminando ali, ele se levanta fungando e vai para pia lavar o rosto vermelho.

Abaixou-se, e com as mãos em formato de concha pegou uma quantidade boa de água e passou no rosto, a água gelada lavava toda a extensão do rosto branquelo e triste, um rosto que já havia sorrido tanto acabara daquele jeito, chorando dentro do banheiro e saindo como se nada havia acontecido.

Assoou o nariz, lavou ainda mais as mãos e se secou.

Olhou seu reflexo desastroso no espelho, e começou novamente a chorar.

Dentro de uma das cabines, ele o observava.

Hansol sempre via o garoto chorar, e fazia pouco tempo que o espiava para saber o misterioso motivo das lágrimas deste, mas sempre era a mesma coisa, Seungkwan ia lá, chorava silencioso, e saía, apenas isso, nunca tinha ouvido o timbre do garoto, apenas fungadas curtas e o barulho da água escorrendo pelo ralo da pia.

Hansol se via muito inseguro e impessoal demais para perguntar alguma coisa ao Boo, mas ao ouvir um murmurio vindo do mesmo o fez mudar drásticamente de idéia.

Seungkwan começa a soluçar sem parar e cai no chão, bem quase, pois o outro correu até ele e o pegou nos braços.

Hansol acariciou o rosto alheio, que estava com olhos lagrimantes fechados, de pouco em pouco se acalmou e abriu os olhos vagarosamente, as pálpebras pesavam e sentiu seu estômago revirar.

Seungkwan o viu ali, bem perto e com um olhar preocupado sobre si, e a franja caía sobre seus olhos, se não estivesse tão mal daquele jeito o Boo até iria elogiá-lo.

Hansol não dissera nada, apenas abraçou o garoto, que ainda soluçava baixinho, forte esperando que esquecesse seus problemas, nem que seja por alguns minutos.

Ficaram daquele jeito por um bom tempo, depois se levantaram, o Boo estava envergonhado, ninguém nunca havia se importado o suficiente consigo, daquele jeito não, e também porque mal se conheciam, apenas se viam pelos corredores casualmente, mas Seungkwan sentiu que Hansol estava ali por ele, era um verdadeiro anjo.

Então Seungkwan e Hansol sairam dali sem dizer nada, Hansol sentiu então entrelaçou a mão com a de Seungkwan e o levou até a barraquinha de comida do outro lado da rua.

Não sabia muito bem o motivo do choro do garoto, mas ele sentira e sabia que precisava o proteger e estar ali presente, sempre estaria ali por Seungkwan.

[End]

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