he wears sex like lingerie | pjm + jjk

chapter one: you.

sumário: jimin toma uma decisão crucial.

Esta é uma lista não oficial de sensações onde a realidade parece estar alterada. Museus vazios e estacionamentos. Hospitais e aeroportos durante a noite. Um quarto familiar durante o amanhecer onde a chuva bate contra a janela. Para Park Jimin, é o último.

Ele se lembra de ter lido sobre espaços liminares um tempo atrás, com curiosidade. Ele nunca esperou que fosse experienciar isso, mas ele ama ouvir a história de outras pessoas, especialmente quando elas descrevem em detalhes como se sentiram naquele momento. Ele sempre pensou que era interessante como o tempo parece ser relativo, quase quebrado, fazendo alguém se sentir ansioso ou simplesmente desconfortável. Mas é razoável, considerando que espaços liminares são, por definição, apenas um lugar de espera de um ponto para o outro. Seu único objetivo é mantê-lo na vida, mantendo-o no caminho certo.

Mas Jimin não sente inquietação em seu espaço liminar. Talvez, ele até se sinta que está onde deveria estar, sente-se entranhamente em paz consigo mesmo e com suas escolhas.

Ele escuta a chuva batendo contra a janela do seu quarto, devagar e lenta, mas alta o bastante para o consistente som terrestre ecoar nas paredes. O sol está começando a nascer, criando sombras das gotas de chuva na grossa cortina amarela. Os olhos de Jimin seguem a corrida das gotas de chuva do topo ao fim, igual ele fazia quando era criança, jovem e inocente, torcendo para que sua gota escolhida ganhasse. Ele não está torcendo por nenhuma agora – ele mantém seus olhos em algumas, mas é quase como se ele não estivesse vendo nenhuma.

Pense sobre realidade alternativa.

Respirando fundo, narinas dilatando. Jimin enche seus pulmões com o ar chuvoso que está passando pela janela entreaberta. Então ele deixa a cabeça cair para a frente enquanto apoia os cotovelos nas coxas, curvando-se. Ele olha para seus pés descalços no carpete.

Algum tempo passa– quanto? Ele não conta. Mas então, algo toca suas costas, colocando-o de pé, seu coração batendo forte na sua caixa torácica.

— Porra, — ele respira fundo.

... apenas a perna de Namjoon.

Passando a mão por seu cabelo loiro e bagunçado, Jimin suspira, entrando debaixo das cobertas junto com seu parceiro. — Você me assustou.

Namjoon se mexe um pouco, seus olhos continuam fechados. — Hm.

— Nada.

Ele não sabe porque está respondendo o Namjoon quando ele sabe que o homem ainda está dormindo e nem sentiu a falta de Jimin ao seu lado. Ou talvez ele tenha, porque seus braços seguram a cintura pequena de Jimin, puxando-o para perto e cheirando o cabelo cheiroso do mesmo.

Leva um tempo para Jimin se acostumar– faz muuuuuito tempo desde que alguém que não seja o Jungkook, o abraçou assim. A última pessoa que ele se lembra, provavelmente foi sua mãe quando ele era um garotinho inocente. Então, novamente, faz muito tempo que ele passou a noite com alguém que não seja o Jungkook. Uh... vamos reformular isso– só Jungkook ficou na sua cama depois do sexo. As outras pessoas ele fodeu em outros lugares, inclusive camas, mas nunca a sua. Nunca na sua casa, nada além de duas horas.

Até Kim Namjoon.

Jimin leva seu dedão até a lábio inferior e cheio de Namjoon, lembrando como esses lábios ficaram em volta de seu membro. Ele sorri com a lembrança. Permite que seus olhos vaguem pelos fios despentedeados da franja loira platinada em sua testa, seus cílios longos, seu nariz de botão. Jimin ama observar Namjoon, ele acha que sua beleza é deslumbrante, elegante e sedutora.