Capítulo 8

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Luce

A casa estava escura e silenciosa, entramos quietos e subimos as escadas. Nick abriu a porta e eu entrei, quando ia acender a luz,ele segurou minhas mãos, entrando no quarto, minha respiração acelerou, ficamos na escuridão total.

  Suas mãos me envolveram, eu derreti com o toque, ele subiu  uma mão por minha nuca arrepiando meu corpo e sua outra mão segurava forte pela cintura, seus lábios quando encostaram nos meus foram calmos, assim como sua língua. Eu estava realizada em estar com ele, mas a tristeza me abraçaria amanhã de manhã.

  Deslizei minha mão por debaixo de sua blusa, e o puxei mais para mim. Ele se encaminhou para cama me colocando no colo, quando deitamos, senti que suas mãos não estavam mais em mim, depois, senti sua barriga nua e lisa com meu próprio toque. Sua boca percorreu meu pescoço e seios, suas mãos acariciaram minha virilha, depois ele arrancou meu vestido e beijou meu corpo, demorando em cada beijo, eu sentia que ele ainda estava apaixonado sim e em momentos como esse eu percebia suas vontades fluírem, pude ver seu rosto e sua boca em minha barriga pela luz do luar que entrava pela fresta da janela.

  - E você ainda diz que não pode estar comigo, que não quer voltar - sussurrei quando ele parou seus olhos em mim.

  - Sou apaixonado ainda, mas vai passar- ele foi sincero, deitando de lado e eu me arrependi por ter abrido a boca, queria o corpo dele perto do meu.

  - Você soa tão frio - olhei para a fresta pela janela, tentando buscar as palavras  certas -  como se não se importasse com meus sentimentos!

  - Mas aí que está o problema! Eu me importo...

  - Mas não quer demonstrar, não é mesmo?! - fui levantando e pegando o vestido.

  - Estou desabafando Luce! Vai embora, mesmo? Dorme aqui, por favor!

  - Eu não vejo lógica nisso aqui Nicholas! - declamei indo até a janela, ainda com o vestido na mão.

  - Não precisa, fica comigo só mais essa noite.

  - Tudo bem! - me virei e voltei para a cama, o vento frio subia por minhas pernas.

  Quando sentei na cama, ele me puxou, de modo que deitei em seu peito e acariciei seu rosto. Nick cantarolou baixinho uma canção de ninar e eu ri.

  - Virei bebê agora?

  - Deixa eu te colocar pra dormir. Quieta!

  - Ui, papai!

  Ele riu e depositou um beijo em minha testa, fechei os olhos, mas as lágrimas já rolavam, ele percebeu, pois minhas lágrimas certamente molhavam sua pele. Passou os dedos embaixo de meus olhos e me apertou mais ainda, dessa vez o beijo foi mais demorado. Suspirei e tentei dormir, sua respiração era o único som além do meu, e para mim era a melhor sonoridade que eu poderia ouvir nessa nossa despedida.

                             •      •      •     •

   - Ele foi agora a tarde! - disse pra Caialla e Alícia que estavam sentadas na minha frente.

  - Vamos comer sorvete até você ficar bem?- perguntou Cah.

  - Não! - caí na cama e joguei o travesseiro no rosto.

  - Deitada aí, você não vai ficar! - exclamou Alícia

  - Argh! Hoje a noite eu tenho um encontro.

Quando vira amorOnde histórias criam vida. Descubra agora