Capítulo Três

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Era uma hora da manhã, não havia nenhuma chance de que Morganna estivesse consciente o
suficiente até para atender ao telefone, muito menos entender a encheção de Raven. E o homem que
lentamente saía do corpo dela parecia um semideus enquanto se sentava no sofá ao lado dos pés
dela.
Desconfortavelmente ciente de sua nudez, Raven arrastou o cobertor fino da parte de trás do
sofá enquanto se sentava, colocando-o ao redor dela quase desesperadamente. Ela podia sentir os
olhos dele nela, assistindo-a com aquele olhar como o de uma águia.
"Você deveria ter me contado”. Ele suspirou então, correndo a mão pelo cabelo enquanto
exalava roucamente. "Você não deveria ser uma virgem, Raven”.
Ela girou e ficou de boca aberta com descrença, quase sem fala com o comentário e o tom
irritado da voz dele.
"Bem, com licença, Sr. Experiente”, ela falou em resposta. "O que o fato de eu ser uma virgem
tinha a ver com tudo de qualquer maneira? O que eu deveria fazer, me desculpar e deixar outra
pessoa me foder antes de você ter a sua vez?".
Ele fez uma careta antes de girar a cabeça para olhar para ela. E ela realmente desejou que ele
não a olhasse desse modo. Todo satisfeito e considerando uma segunda rodada.
"Eu não tentaria agora se fosse você”, ele grunhiu, esticando a mão para tocar o cabelo dela
enquanto ela se afastava dele. "Eu não ficaria feliz”.
"E a sua felicidade importa, claro”. Ela revirou os olhos com a afirmação.
Ela doía em lugares que nem sabia que existiam. Uma dor funda, agradável. Ela queria se enrolar
no sofá e dormir por uma semana, apreciar o sentimento de completude que ela não podia extinguir.
Maldito, ele deveria vir com um sinal de advertência.
Ele não respondeu, meramente a assistia. E isso era mais desesperador do que o som de sua voz.
Ele sempre podia fazer isso com ela. Olhar para ela como se visse sua alma, ou como se ele fosse uma
parte de sua alma. Ela estremeceu com o pensamento.
"Vou para a cama”. Ela tentou ficar de pé, se perguntando se realmente poderia caminhar
agora. "Deus, eu devo ter ficado louca”.
Ela oscilou enquanto ficava de pé, forçando suas pernas a se fixarem, desejando poder forçar a
dor se formando em seu peito a ir embora tão facilmente quanto fazia as pernas a obedecerem.
Segurando o cobertor mais firmemente, ela deu o primeiro passo.
"Eu acho que não”. Ele se levantou, entrando na frente dela, dando a ela a visão daquele tórax magnífico enquanto fazia isso.
Ela podia sentir os fluidos combinados deles aliviando sua buceta agora, amortecendo suas
coxas, lembrando-a do prazer de momentos antes. Aquela memória fez um calafrio correr por sua
espinha e uma espiral de calor se construiu no fundo de sua barriga novamente.
As mãos dele agarraram a parte superior dos braços dela, os dedos acariciando a pele sensível
enquanto ela erguia o olhar para ele.
"Reno”. Ela tragou firmemente. "Nós precisamos pensar sobre isso. Eu preciso pensar sobre
isso”.
Ela não podia lidar com ele agora, ela tinha que tentar fazer algum sentido disso, ela tinha que
achar uma luz. Esse era Reno, pelo amor de Deus. Ela o conhecia a vida toda, o desejou desde que
tinha quinze anos e chorou por ele enquanto ele estava em serviço. Esse era o único homem que
podia partir seu coração, que podia destruir sua alma.
Ele bufou em resposta às palavras desesperadas dela.
"Sim, como se eu fosse te dar uma chance de arrumar alguma desculpa e fugir de mim”.
O mundo girou ao redor dela enquanto ele a erguia nos braços, eles giravam e se dirigiram à
escadaria. Ela se embreou nos ombros dele, lutando para apagar a sensação de derreter no centro de
seu peito. Ele a estava levando, com pouco ou nenhum esforço. Subindo os degraus depressa e se
movendo para o quarto dela.
"Eu te ajudarei no banho”.
"Eu não preciso de ajuda no banho”. O som apavorado de sua própria voz a chocou.
Ele se moveu para o banheiro. "Então eu quero dormir com você Raven. Apenas dormir. Eu
quero te abraçar bem perto e sentir a sua respiração contra mim”. Ele a colocou de pé, segurando o
rosto dela entre as mãos, erguendo-o até que ele pudesse olhar fixa e atentamente para ela abaixo.
"Eu não vou te deixar fugir hoje à noite”.
Ela estremeceu. Ela tentou não estremecer, mas não conseguiu evitar. Ela sabia que ele era
mandão, dominador, um homem que sabia o que queria e como pegar o que queria. Ela apenas não
esperava que o desejo fenomenal dele deixasse-a desta maneira.
"Você se esquece, eu fugi por uma razão”. As mãos agarrando os pulsos dele enquanto ela
olhava fixamente para ele. "Nós partiremos o coração um do outro, Reno”.
Ela podia ver o esgotamento marcando o rosto dele, mais claro agora do que tinha sido antes.
Uma fome assombrava seu olhar, e Raven sabia no interior de sua alma que ela não iria negá-lo. No
momento… neste exato momento… ele precisava dela. Seguramente, por essa pequena quantia de
tempo que ele estivesse aqui, ela poderia proteger o próprio coração. Não poderia?
"Essa é uma boa ideia, Raven”. Ele abaixou a cabeça, os lábios tocando levemente os dela. O beijo era calmo, calmante. As emoções estavam sob ele, sutis, mas intensas. Emoções nas quais ela se recusava a entrar de cabeça.
"Um dia destes, seu jeito mandão vai te meter em confusão”, ela o advertiu enquanto ele ia para trás, um sorriso pequeno tocando seus lábios inchados de paixão enquanto se movia para longe dela
para ajustar a água no chuveiro.
Ela podia fazer isto. Ela deu uma respiração funda, para se fortalecer. Era muito tarde para voltar
agora de qualquer maneira. Ela poderia ter a noite de hoje, apreciar o toque dele, seu riso, as
qualidades que o faziam tão único para ela. E quando ele partisse, ela poderia deixá-lo ir, sem
lágrimas, ira ou medo. Ela era forte o suficiente. Ela não tinha que amá-lo.
"Vamos, docinho”. Ele entrou no chuveiro, a mão pegando o pulso dela enquanto ele a puxava
depois dele.
"Você já pediu alguma coisa antes?", ela perguntou enquanto a abrigava do jato e começava a
ensaboar uma esponja.
O sorriso dele relampejou, cheio de diversão e calor.
"Quando eu tenho que pedir”.
Raven franziu o cenho.
"Todos vocês SEALs machistas são tão malditamente mandões. É por que isso que eu tenho que
evitá-los”.
O irmão dela, Clint, era um SEAL; a maior parte dos irmãos das amigas dela estava em uma parte
das forças armadas ou outra. Todos eram mandões, homens dominadores que forjavam seus próprios
caminhos, fosse na vida ou no amor. Eles partiam, e às vezes nunca retornavam...
“Você não vai fugir de mim, Raven”, ele disse a ela, suas mãos incrivelmente gentis apertavam a
esponja contra o peito dela e começava a ensaboá-la. "Eu apenas te deixei pensar que estava
fugindo”.
Ela bufou zombadora. Ela poderia discutir, mas aquela esponja era tão boa, tão áspera sobre sua
carne, lavando para longe os pensamentos tão facilmente quanto fazia com o suor de seu corpo.
Ela jogou a cabeça para trás, permitindo a ele continuar. Ela tinha fantasiado com isso demais, e
infelizmente, isso era melhor do que os sonhos dela haviam sido.
"Você deveria estar descansando”, ela sussurrou, o som da voz pontuada com uma arfada
enquanto a esponja se movia entre suas coxas, limpando-a lentamente.
"Talvez”, ele rosnou, "eu deveria descansar”.
Ele se ajoelhou na frente dela, abrindo suas pernas enquanto ele erguia uma, escorando-a numa
pequena prateleira ao lado enquanto a esponja se movia para cima na carne nua de sua buceta.
"Maldição, Raven. Você sabe como é linda? Sedosa e suave, e responde tanto ao meu toque”.
Ele se moveu, permitindo que o jato a molhasse enquanto ele soltava a esponja, usando as mãos para
ajudar a dispersar as espumas.
A excitação se formou depressa dentro dela. Ela sabia o que ele iria fazer e ela não sabia se poderia aguentar.
Os dedos dele se moveram sobre a racha estreita, abrindo a carne inchada enquanto ela lutava
para conseguir respirar. Se ela pudesse apenas respirar, ela poderia manter o controle sob controle.
"Eu sonhei em te saborear…"
Oh, Deus.
"Foder você com a minha língua, chupar esse pequeno e bonito clitóris com a minha boca…"
Ela sentiu seus fluidos aumentarem, deslizando com sensual abandono em sua buceta sensível
enquanto a cabeça dela rolava contra a parede do chuveiro. As palavras explícitas e diabólicas
deixando-a fraca, fazendo-a ansiar que ele fizesse isto com cada fibra de seu ser.
As mãos dela se firmaram contra a parede e a porta do box. Ela não podia tocá-lo. Se ela o
tocasse, ela imploraria, pediria.
"Reno…", o gemido magro dela encheu o chuveiro enquanto a língua dele batia em sua racha,
circulado seu clitóris, e então desapareceu.
Os olhos dela se abriram enquanto ela olhava fixamente para ele abaixo, as pernas
enfraquecendo com a visão erótica dele ajoelhado diante dela, a língua se moveu novamente,
circulando seu clitóris enquanto ele olhava fixamente para ela.
Não era justo. Oh, Deus. Ela não poderia aguentar isto.
As mãos dela se moveram involuntariamente, os dedos cravando no couro cabeludo dele
enquanto ela abria mais as pernas, trazendo-o para mais perto.
"Mais…", ela arquejou. "Lamba mais”.
Ele zumbiu em aprovação, a língua dançando na nata lisa que começava a cobri-la enquanto os
quadris dela balançavam para frente.
"Oh sim”, ela gemeu. "Assim, Reno. Lamba por toda parte”.
Ela estava tremendo, assistindo-o, sentindo-o circular seu clitóris com a língua, lambendo ao
longo do vale estreito, circulando a abertura sensível de sua buceta, provocando-a com a ameaça de
uma estocada sensual nas suas profundidades de repente famintas. As mãos dele estavam em suas
nádegas, abrindo-as, enviando calafrios pelas costas dela enquanto uma labareda de calor invadia a
entrada minúscula lá. As sensações estavam se formando, puxando-a, rasgando o véu de distância
que ela tentava manter enquanto ele a provocava com sua língua.
"Reno, faça”, ela sussurrou desesperadamente quando os dedos dele deslizaram mais para
baixo, abrindo as dobras de sua buceta enquanto a língua provocava e tentava. "Por favor. Por favor,
faça”.
"O que, docinho?", ele sussurrou maldosamente. "Diga para mim. O que você quiser, eu te
darei”.
Os olhos dela tremulavam; seus joelhos debilitavam. A língua dele acariciava-a, provocava-a,
ainda assim nunca dando a ela o que ele sabia que a faria passar do limite. Ela o queria dentro dela.
Ela queria sentir a língua dele empurrando duro dentro das profundidades aquecidas de sua buceta
enquanto ela o assistia. Vê-lo comendo-a como se ele amasse isto, como se vivesse por isto.
“Faça”, ela clamou ferozmente. "Droga, Reno, pare de me provocar. Por favor”.
Ele foi rápido até a abertura, lambendo os fluidos que caiam dela enquanto ela estremecia com prazer. Muito prazer.
"Foda-me com ela”. Ela empurra os quadris para ele, as mãos apertando a cabeça dele, os
gemidos abafados dela virando um grito quebrado quando ele fez o que ela tinha implorado. A língua
dele mergulhou fundo, enchendo-a, empurrando dentro dela enquanto um orgasmo a pegou de
surpresa, capturando-a de uma forma que ela não poderia lutar.
“Puta que pariu!", ele ficou de pé, erguendo-a, apoiando-a contra a parede um segundo antes
dele colocar as pernas delas ao redor de seus quadris e mergulhar bem no fundo nela.
Chocante. Abrasador. Ele a encheu completamente e a fez tomar mais. A carne delicada se
separou e fechou abraçando-o com calor enquanto ele começava a se mover, fazendo-a voar
novamente, rasgando, camada por camada, as proteções ao redor de sua alma.
"Deus... Ah, Raven, docinho… tão apertada… tão quente… me abraça, docinho. Abraça com
força”.
Ela não pôde fazer menos do que isso. Ela se segurou nele por sua vida, como se o coração dela
dependesse disto. E, de certo modo, ela sabia que dependia. Ele estava enchendo sua alma, a coisa
que ela jurou que nunca permitiria acontecer, e que estava acontecendo.
As pernas ao redor da cintura dele, apertando, os braços ao redor do pescoço, presos no local,
os lábios procurando cegamente enquanto ela se convulsionava novamente, aumentando o aperto,
tentando levá-lo mais fundo, mais firme, enquanto o mundo balançava ao redor dela em uma
liberação que parecia não ter fim.
Reno bombeou dentro dela, firme e rápido antes de seu gemido encher os sentidos dela e o
calor de sua liberação encher as profundidades famintas de sua buceta. Ela o ordenhou, gemendo
com esgotamento enquanto os tremores da liberação a alcançavam novamente, deixando-a fraca,
mole em seu aperto enquanto os braços dele se apertavam ao redor dela.
Momentos mais tarde, ela estava apenas ciente dele deixando-a livre, limpando-a novamente,
então ele se limpou, antes de fechar a água e secá-los com movimentos rápidos, econômicos.
Um sorriso curvou os lábios dele, enquanto ele a pegava nos braços e a levava para a cama.
Enrolando-se contra o peito dele, as mãos dele enterraram nos cabelos dela enquanto os braços a
cercavam, e o sono a tomou. Morna, abrigada e livre dos sonhos provocantes e eróticos que a
costumavam assombrar, ela dormiu nos braços de seu guerreiro.
Reno olhava fixamente na escuridão do quarto, o calor de Raven perto de seu coração enquanto
ele a abrigava contra seu tórax. Ela tinha dormido naturalmente, facilmente. Não que ele achasse que
a batalha havia acabado, de forma alguma.
Um sorriso sonolento cruzou os lábios dele. Seria melhor que ele descansasse hoje à noite,
porque ele tinha a sensação de que quando o amanhã viesse, ela seria tão espinhosa quanto sempre.
Não que isso não fosse positivo nela. Ele era uma parte dela, quisesse ela admitir isto ou não. Da
mesma maneira que ela era uma parte dele.
E ser uma parte de Raven era como renascer. Ele nunca tinha conhecido algo tão doce e quente,algo que preenchesse tanto a alma quanto ser seu amante.
Ele a advertira, na noite em que Morganna os havia interrompido, que os dias estavam
contados. Ele não iria esperar muito mais para reivindicar o que ele sabia há anos que era dele.
Ela se moveu, um murmúrio de prazer deixando sua garganta enquanto as mãos dele
acariciavam ligeiramente as costas dela, e ela se aconchegou contra ele uma vez mais.
"Eu te amo, Raven”. Ele sussurrou as palavras que sabia que ela não queria ouvir. Disse a ela
enquanto ela dormia, sabendo que, no momento, era o único meio de ela aceitá-lo.
"Reno…", o nome dele deixou os lábios dela e o encheu de prazer. Até dormindo ela sabia onde
pertencia.

O Risco de Reno - Tempting Seals 01 - Lora LeighOnde histórias criam vida. Descubra agora