Ele me confundiu?!

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Me sinto tão feliz!
O Peter realmente me transporta pra outra dimensão, estou totalmente entregue aos seus carinhos.
Ouvir suas pequenas declarações ao pé do ouvido me faz extremecer, sua voz rouca e suave me seduz.
Porém percebo algo estranho...
A voz do Peter de repente soa de forma diferente, como se ele estivesse num transe.
Ele sussurra coisas que eu não entendo quando de repente...
(Peter) "Lizabeth..."
O quê!?!?!?!?
Com desgosto e surpresa eu pulo imediatamente, saindo do sofá.
E com uma dor absurda corro para a porta.
Peter, com um olhar tenso, se inclina e me estende a mão.
(Peter ) "Jéssica...? O que foi...?"
(Jéssica) "Lizabeth...? Você ousa a me confundir com ela? Num momento como este?!"
(Peter) "O quê, mas..."
Ele parece que não percebeu o que disse, mas eu ouvi perfeitamente.
(Peter) "Jéssica... eu não entendo... não vá, por favor..."
Já estou atravessando a porta, correndo e enxugando minhas lágrimas com as costas da minha mão.
Vou pro banheiro do meu quarto e lavo o rosto.
Olho pro meu reflexo no espelho...
(Jéssica) "Você não é isso, você não é assim... fraca!"
Digo a mim mesma, observando a mulher destruída que pareço ser.
É agora ou nunca!
Por um capricho ou orgulho, ja nem sei mais, decido deixar a mansão.
Vai partir meu coração mas agora é a única coisa que acho viável.
Saio como um foguete pelo corredor e desço as escadarias mais rápido ainda em direção à porta.
Uma vez fora da mansão respiro fundo e dou uma última olhada antes de ir.
Se alguém me visse agora diria que estou louca, pois não paro de falar sozinha.
(Jéssica) "Longe de mim ficar aqui mais um minuto..."
Como meu coração dói...
Porque eu tenho que passar por tudo isso?
Escuto um barulho parecido com uma janela se abrindo...
(Peter) "Onde você está indo? Jéssica!"
Não olho pra trás e corro, corro muito, corro o máximo que eu posso pra atravessar os protões da mansão.
Sinto um nó na garganta.
Mal consigo abrir os olhos de tanto que eu choro, é muita dor... me confundir com aquela mulher...!
Em meio ao desespero não vejo um táxi que freia em cima de mim, estou atordoada!
(Peter)"Jéssica!!!"
Ouço ele gritar mas não dou ouvidos.
Aproveito que o taxi freiou e entro, de dentro vejo que o Peter pula pela janela do segundo andar...
(Jéssica) "Por favor moço, acelera que eu preciso sair daqui!"
Imediatamente o taxista arranca, pelo vidro traseiro vejo o Peter parado no meio da rua...
Digo o endereço da Sara ao motorista e ligo pra ela.
Celular on
(Sara) "Oi, o que aconteceu? Você não foi a aula hoje..."
(Jéssica) "Eu estou mal Sara, eu tô num táxi indo pra sua casa, posso?"
(Sara) "Claro! Eu estou em casa, mas o que aconteceu??"
(Jéssica) " Eu não quero falar sobre isso... eu só quero colo..."
Digo chorando muito.
(Sara) "Fica calma, vem que eu tô te esperando."
Celular off
Depois da nossa breve conversa, em 5 minutos desço do táxi, já estou em frente a casa da Sara.
Ela vem me receber e olha pra mim confusa...
Eu desabo nos seus braços.
(Sara) "Calma querida, calma..."
Após entrarmos e eu me acomodar Sara se senta à minha frente e segura minha mão.
(Sara) "Me conta... vai fazer bem desabafar."
(Jéssica) "Eu não estou incomodando você, estou?"
(Sara) "Claro que não!"
Talvez seja melhor mesmo eu me abrir com ela, afinal ela é minha melhor e única amiga.
(Jéssica) "Eu não sei mais o que fazer... É o Peter..."
Não consigo terminar de falar por causa do meu choro.
(Sara) "Eu sabia! A história de amor de vocês é muito complicada... você chora o tempo todo, você sofre o tempo todo... você tem que arrumar alguém que te faça sorrir e não o contrário!"
(Jéssica) "É fácil falar, mas não é fácil arrancar ele de dentro do meu coração..."
Sara me observa em silêncio...
O Peter me machucou da pior maneira possível... me sinto humilhada...
Eu dei à ele meu corpo e minha alma, pra ele me confundir com aquela mulher que o traiu, que o fez sofrer tanto!
Como ele ainda pode amá-la?!?
(Sara) "De qualquer forma eu acho que você deveria sair da mansão... minhas portas sempre estarão abertas pra você. "
Ela ficou louca???
(Sara) "Não precisa dizer nada agora, pense... vou fazer um chá pra você, você vai relaxar, você vai vêr..."
Ela sai e me deixa só.

Hoje acordo na casa de Sara, realmente seu chá foi milagroso, me fez adormecer e dormi bem, mas agora que acordei tudo volta a minha mente.
(Sara) "Bom dia !"
(Jéssica) "Bom dia, que horas são?"
(Sara) "São 8:15... venha, preparei no nosso café da manhã."
Sigo com ela até a cozinha, mas não sinto fome alguma...
Eu queria outro chá daquele e apagar pra sempre!
Pego uma maçã pre comer...
(Sara) "Se você quiser eu vou com você pegar suas coisas."
(Jéssica) " Sara, eu não vou sair da mansão..."
Ela faz um bico e balança a cabeça negativamente enquanto passa manteiga no pão.
O Peter me feriu, me magoou muito ontem, mas de certa forma eu sei que ele está sob o efeito fo veneno ainda, então...
Eu não posso abandoná-lo e estou começando a achar que fui embora rapido demais.
Poxa, ele tomou um tiro...
Mas meu ciúmes tomou conta de mim, é difícil vêr que a Lizabeth apesar de ter morrido há décadas ainda se faz presente em algum lugar no coração imortal do Peter.
(Jéssica) "Eu não vou desistir de tudo assim..."
(Sara) "Você sabe o que eu penso."
(Jéssica) "Eu amo o Peter, só existe ele pra mim e ninguém mais."
(Sara) "Nesse caso eu te aconselho a ir resolver as coisas com ele."
Nesse momento meu celular toca, e quando vejo quem é...
Peter!

Is it Love - Peter - Da solidão à Paixão Onde histórias criam vida. Descubra agora