#Atenção! Escute a música "bonita", ela faz parte do enredo desse capitulo lindo de nossa história.
O baile, na verdade, era uma boate. Até isso havia dentro do complexo de eventos. Na verdade, ao lado do salão de eventos onde acontecia o Festival de Tequilas. Não entendeu bem o que Paula queria com isso de baile. Mas foi com ela em completo contragosto.
Ao chegarem ela queria, porque queria, que os dois dançassem juntos. Rogério morrendo de vergonha, desejou ter bebido todas, para estar no mesmo nível de "sem noção" da esposa.
— Vamos! – Ela insistiu.
— Não! Eu não vou passar essa vergonha! – Ele reclamou e ficou emburrado. Paula percebeu isso e se ajoelhou diante dele falando alto, por conta do som.
—Ya! Eu sei que não tem como dançarmos como a maioria das pessoas. Mas não significa que não possamos tentar ao menos, do nosso jeito. Você sabe o que eu estou dizendo. – Ela acariciou o rosto dele.
— Eu não sei. Eu sou Rogério Monteiro, não posso me expor ao ridículo.
— Eres mi esposo e você está comigo, sua esposa, se divertindo como qualquer outro homem. – Ela pediu que Hugo se afastasse um pouco e empurrou a cadeira de rodas para a pista de dança.
— Que estás haciendo? – Ele tentou parar, mas ela tinha sido mais rápida.
— Vamos dançar, meu amor.
Começou a tocar uma música do momento, bonita. Rogério revirou os olhos e não pôde crer que ela estava fazendo isso. Paula dançaria sozinha, pensava ele. O que ele poderia fazer sentado naquela cadeira de rodas? A tequila queimou alguns neurônios dela, só podia.
Paula, porém, para a total surpresa dele sabia dançar aquele ritmo. Sorria e não tirava os olhos dele. Haviam outras pessoas ali, elas olhavam para os dois, mas a enfermeira nem sequer dava atenção a eles. Estava dançando por ela e pelo marido.
Requebrou para lá e para cá, pegou a mão do marido e rodeou a cadeira de rodas dançando. Rogério não soube o que fazer com o jeito dela tão desprendido, tão corajoso e ousado. Ela se movia de forma tão sensual, realmente desfrutando daquele momento. Buscava nos olhos do esposo a aprovação da brincadeira. Ela estava dançando desse modo para ele, ou era impressão? O que raios estava acontecendo ali?
É coisa da sangrita. Pensava ele. Não pode ser minha esposa quietinha, calminha e normal. Não pode ser.
Rogério engoliu em seco quando ela, tirou o chapéu dele, e enfiou na própria cabeça sorrindo com a travessura. Ela estava mesmo dançando sensualmente para ele. Não adiantava, poderia reclamar, ficar irritado, fechar a cara...ela não ia desistir de dançar com ele.
— Vamos, amor! – Paula pegou as duas mãos de Rogério e sacudiu para cima e para baixo como se fossem os dois, dançarinos inexperientes e desengonçados. Quando andava, Rogério era um pé de valsa, tinha uma jogada de ombro como de poucos.
Com o incentivo da esposa, ele mexeu a cabeça e os ombros. Se soltou aos poucos e a empolgação de Paula, contagiou, o antes emburrado fazendeiro. Agora ele, sacudia todo o tronco, os braços e os ombros. A cabeça mexia para cima e para baixo. Paula girava ao redor dele e sorria. Rogério aprendeu a letra bem rápido e repetia
— Ay mujer, bonita! Ay, mujer Bonita!
As pessoas que antes olhavam estranho, acharam muito lindo como o casal se divertia, apesar de um deles ser cadeirante. Era mesmo um romance não convencional, um par de dança esquisito. Porém, logo Paula e Rogério conquistaram a simpatia e o espaço só para eles na pista de dança.
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Um Milagre - A Que Não Podia Amar
Fanfiction🌟Completa, porém continua com uma série de contos. Atualmente conto: O Primeiro. FANFIC DA NOVELA A QUE NÃO PODIA AMAR Após quatro semanas de um inexplicável distanciamento entre Ana e o esposo. Ela recorre à oração na capela para desanuviar a al...