Night of Fire

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Não sei o que se passa em minha cabeça, parece que estou em um sonho. Minha visão está turva, vejo apenas vultos. Tento não esbarrar em ninguém. Preciso sair daqui. Estou com medo. Muito medo...

Alguém distante: - Brunnaaaa!!! Amigaaaaa!!!

-Oi? (Voz embargada)

Seguram a minha mão. Sinto que é bem familiar. Recebo um abraço.

-Amiga? Brunninha? Você está bem?

Sinto me chacoalharem. Estou tonta. Bebo uma água com gás. Respiro. Fecho os olhos.

-Oi Lari, graças a Deus! Estou bem... quer dizer... meio tonta...

-Brunninha onde você estava? Ti procurei feito louca amore.

-É Brunna, estávamos preocupados com você! Vem, eu ti levo!

-Obrigada Vitor, você é sempre gentil! (Dou um abraço)

Vitor me leva quase nos braços e me dá um beijo sereno na cabeça, enquanto a Lari vai à frente para abrir as portas do carro e seguirmos para casa.

**LUD**

Estou sem palavras... Não sei o que fazer. Fico abaixada encostada na parede do banheiro com as mãos na cabeça. Olho para o celular. Me vem os pensamentos. Brunna. Cheiro. Toque de celular. Tudo ao mesmo tempo. Não paro de pensar...

-Ahhhhh! Vou enlouquecer!!!

Indo atrás da Brunna. Avisto o Renatinho de Longe. Levanto as mãos. Ele me vê e acena para um canto.

-Renatinho!! (Falo ofegante)

-O que foi amor? O que aconteceu? Por que está louca assim?

-Você viu a Brunna?

-Não, não vi, mas...

Corro sem saber da resposta. Olho para todos os lugares. Ando. Procuro no bar. Vou em direção à saída. Chego à porta. Pulo e vejo alguém muito parecida com a Brunna de abraços...

Estou em desespero, corro. Agora sim. Vejo a Larissa. Vejo a Brunna. E também vejo o que eu não imaginaria que veria. Balanço a cabeça em negação. Paro. Olho para o chão e apoio minhas mãos no joelho tentando pegar fôlego.

-Amiga, vi a Brunna agora no carro com um cara.

-Renatinho eu vi o cara beijando ela... (Voz de raiva na alma)

- O que? Amiga, não...

- Eu vi Renato! Porque ela fez isso comigo? Caralho como sou idiota!

-Vem Lud, vamos sair daqui. Por favor?

**BRU**

Deitada no colo da Lari dentro do carro. Vejo os flashs. Ludmilla. Olhos me encarando. Língua passando nos lábios. Mão na minha cintura. Calor. Arrepio.

-Ai! O que deu em mim? (Levanto rapidamente do colo da Lari)

-Brunna, calma! Você dormiu amor... Deita mais um pouco, já estamos chegando em casa.

-Amor, não é melhor levar ela pra sua casa? Cuidamos dessa ressaca e não preocupamos a Tia Mia.

-Não Vitor, a Tia Mia pediu que eu a trouxesse pra casa após a balada.

-Gente, que drama é esse? Preciso de uma cerveja rsrsrs

-Garota, Tá louca? Nem parece que quase morreu nos braços do Vitor.

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