"Eu te darei o céu, meu bem e o meu amor também"
Em meio a tentativa de Manuzita e João de desmascarar Jerônimo, alguns sentimentos esquecidos vem a tona.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Manuzita apertou o botão do elevador, já estava na PopTv, agora só faltava ir para o escritório do Jerônimo e procurar algo que o incriminassse. Bem, pensando por esse lado, não era nada fácil.
Antes de sair, João disse que tudo daria certo, porém, a garota não tinha tanta certeza, pegou um pequeno espelho de bolso e retocou o batom vermelho, ela não costumava se arriscar nas cores, normalmente, apostava no rosa, mas, tentou parecer mais sedutora.
A porta do elevador se abriu, com passos certeiros foi até a mesa da secretária, apoiando os braços no balcão.
- Eu preciso falar com o Rogge.- Ela diz sorrindo - É urgente!
- Ele está em reunião. - Diz a secretária, digitando algo
- Eu posso esperar na sala dele?
- Você não veio aqui ontem? - Pergunta tirando os olhos do computador
- Sim, mas nós temos assuntos inacabados.
A secretária dá de ombros, liberando Manuzita, que não perde tempo procurando evidências pela sala.
Ela abriu as gavetas, revirou o lixo, abriu algumas pastas e nada. Ela suspirou, sentando desleixada na cadeira, quando o fez pode ver uma caixa preta sobre um armário.
Talvez ali esteja as provas necessárias. Pensou indo em direção ao armário, mas antes que pudesse vasculhar, escutou passos e a voz de Jerônimo se aproximando.
Manuzita sentou-se na cadeira, colocando os pés sobre a mesa, na tentativa de ser sexy.
Quando Jerônimo abriu a porta, piscou algumas vezes para ver se não era seus devaneios.
- Manuzita, o que faz aqui? - Perguntou se aproximando
- Vim visitar você. - Diz com um sorriso no rosto - Faz tempo que não nos falamos.
- Você veio aqui ontem. - Jerônimo retruca
- De qualquer forma, eu quis fazer outra visita. - Ela se levantou indo até a porta - Mas, se você não quiser a minha companhia, posso ir embora.
Jerônimo vai até ela, colocando a mão em seu ombro, fazendo a encara-lo.
- Só achei estranho, você aparecer aqui sem nenhum motivo aparente.
- É que eu, sabe, eu... - Ela gagueja
- Por que está gaguejando? Está mentindo pra mim?
- Não, claro que não. - Manuzita dá um sorriso nervoso
Jerônimo se aproxima, perguntando em seguida:
- Então, por que está tão nervosa?
- Bem, eu fico nervosa perto de homens bonitos. - Diz desviando o olhar
Jerônimo a olha intrigado, sem saber o que dizer.
- Você está brincando comigo? - Ele pergunta, deixando seus rostos a centímetros de distância
- Não.
- Como saberei se está falando a verdade?
Ela fica sem saber o que fazer, nem dizer. Como ela não fez nada, Jerônimo suspira indo em direção a porta.
Manuzita sente seu coração bater freneticamente, ela suspira antes de exclamar:
- Jerônimo.
Ele se vira para ela, puxando a para perto de seu corpo, suas mãos vão para sua cintura apertando-a em seguida.
Manuzita arfa com o gesto, passando aos mãos por entre seus cabelos, Jerônimo se aproxima lentamente, eles estão tão próximos que é possível escutar seus batimentos cardíacos.
Ele gentilmente leva a mão até o rosto de Manuzita, virando para ele e calmamente sela seus lábios. No primeiro momento, ela ficou chocada, mas, logo se rendeu.
Suas mãos brincavam com os cabelos de Jerônimo, que por sua vez, gentilmente abraçava sua cintura. Por um tempo, o beijo foi delicado e gentil.
Até ambos necessitarem de mais contato, o beijo tornou-se mais fervoroso, as mãos de Manuzita puxavam o corpo de Jerônimo para perto dela, que por sua vez se desfazia de seu terno.
Ele a impulsionou para cima a fazendo entrelaçar as pernas na sua cintura, caminhado até a mesa, o beijo se tornava cada vez mais necessitado, deixando ambos sedentos por mais contados.
Jerônimo estava começando a desabotoar sua camisa, quando parou abruptamente, deixando Manuzita desnorteada.
- O que foi? - Perguntou timidamente
- Não quero que seja assim. - Ele diz calmamente, passando uma mão pela bochecha da garota - Você merece coisas melhor, do que algo em um escritório.
Ele a conduz até um sofá pequeno, que ficava no canto da sala, prosseguindo, enquanto suas mãos seguravam as dela.
- Eu amo você, Manuzita. - Ele confessou olhando em seus olhos - Eu sempre te amei. Você é meu primeiro e único amor. Não posso fazer isso. Se for para acontecer, será direito. Com tudo que fosse merece, serei carinhoso e farei de tudo para te deixar feliz.
Manuzita o encara atônita, ele havia se declarado para ela, e havia tanto emoção e paixão em seu voz, que ela esqueceu estar namorado.
Selou seus lábios nos de Jerônimo, em um beijo carinhoso, gentil e apaixonante.
Ela se levantou, arrumando seu cabelo, e pegando sua bolsa.
- Tenho que ir. - Disse indo até a porta, estava quase saindo quando Jerônimo correu até a porta, puxando levemente seu corpo para os braços dele
Ele sorriu e depositou um beijo casto em seus lábios, sussurrando um Até logo.
Manuzita correu para o elevador, confusa, tudo estava tão confuso. João tinha a maior parte do seu coração mas precisava admitir que Jerônimo tinha uma parte dele.
