capitulo unico

62 7 0
                                    

Só queria deixar claro que em nenhum momento minha intensão foi romantizar ansiedade ou algo do tipo, também é a primeira vez que escrevo um imagine, quando escrevi foi mais para me distrair durante um momento ruim e no final acabei resolvendo postar, então talvez não esteja muito bom.

Enfim, boa leitura <3

________________________________________

Quando acordei o céu ainda estava escuro, a chuva batia na janela e os vidros tremiam com a ventania, o mundo parecia estar caindo lá fora.

    Peguei meu celular na cômoda ao lado da cama, ainda eram 02:18. Jongdae dormia ao meu lado, o barulho lá fora realmente não parecia o incomodar, por um momento o invejei, como conseguia se manter tão calmo com uma tempestade dessas lá fora? Talvez porque diferente de mim ele seja um adulto normal de 24 anos que não se desespera toda vez que escuta um trovão ou ve um raio pela janela.

    Sempre achei lindo a violencia da chuva, o céu escuro, a ventania, mas não consigo nem explicar o quanto isso tudo me apavora. Conforme fui crescendo consegui aprender a lidar melhor, mas quando minha ansiedade ataca, eu volto a ser a menininha de sete anos assustada escondida embaixo da mesa.

    Me sentei passando as mãos no cabelo e respirei fundo. Medo. Não sabia exatamente do que, mas provavelmente tivesse algo a ver com as janelas tremendo, o quarto escuro e o fato de ser a única acordada. Meu coração batia tão rápido que meu peito doía, minhas mãos estavam tremendo e eu mal conseguia respirar. Eu poderia acordar Jongdae, não era a primeira vez que isso acontecia, mas eu odiava toda vez que ele me via assim, tão fraca, tão perturbada, tão problemática. 

    Me levantei e me segurei no primeiro apoio que vi, me sentia tão fraca que achei que não me aguentaria em pé, me apoiando nas paredes cheguei ao banheiro. Quando fechei a porta senti todo o peso desmoronando em meus ombros. É sempre assim. Pequenas coisas se acumulam até você não aguentar mais e acabar explodindo pelo motivo mais ridiculo que consiga imaginar. Fiquei assustada em como isso me empurrou pro chão e eu sabia que não consegueria me manter em pé nem se tentasse.

    Depois da primeira lágrima desisti de segurar o choro, eu soluçava, meu corpo tremia e a dor no meu peito tornava a tarefa de respirar a coisa mais dificil do mundo. Tentei respirar fundo, como fazia com Jongdae toda vez que isso acontecia, mas não adiantava, então só conseguir fechar meus olhos e abraçar minhas pernas, me encolhendo contra a parede o maximo que podia. Eu só queria que isso parasse, e sinceramente não me importava em como.
 
    - S/n?- ouvi a voz de Jongdae do outro lado da porta. Eu queria poder falar algo, pedir ajuda talvez, abrir a porta e me jogar em seus braços, mas eu não conseguia sair dali e aparentemente muito menos formular alguma frase. Comecei a sentir o desespero tomar conta de mim por não poder fazer nada, eu estava assustada, então gritei.
 
      -S/n!-Jongdae gritou forçando a maçaneta, ele sempre mantia a calma em todas as vezes que isso acontecia, e por mais que ele estivesse tentando agora, eu sabia que ele estava com medo. - Amor, por favor abre a porta! - eu queria abrir, queria muito, mas eu não conseguia - Porra - o ouvi xingar antes de me assustar com o baque do seu corpo contra a porta. Fechei os olhos e abaixei a cabeça tampando os ouvidos. 

Que bagunça
Que bagunça
Que bagunça
Que bagunça

   O barulho parou. Senti dois braços ao meu redor e parte minha se sentiu aliviada, enquanto outra continuava com medo, medo de que ele sumisse,  medo de ficar sozinha, medo de ter enlouquecido. Me agarrei em sua camiseta com tanta força que senti meus dedos doerem, me encolhi no seu abraço e senti sua mão nos meus cabelos.

    -Hey...eu to aqui, ta tudo bem - ele disse antes de beijar minha testa e me abraçar apertado, continuando a sussurar coisas pra me acalmar.

    - Eu tô com medo - minha voz saiu tão baixa que eu duvidei que ele tivesse escutado algo. 

   Suas mãos seguraram meu rosto, ele me tocava com tanto cuidado e carinho, parecia que tinha medo que eu quebrasse, me afastou o suficiente para olhar em meus olhos. Seu olhar estava cheio de preocupação e carinho, e talvez alivio.

 - Eu não vou deixar nada nem ninguém machucar você, okay? - disse serio e eu só assenti voltando a me esconder em seus braços.

    Eu tentava me concentrar nas batidas do seu coração e nos movimentos da sua respiração, mas aquele silêncio estava me agoniando. Só percebi que voltei a tremer e que minha respiração estava acelerada quando Jongdae entrelaçou nossos dedos e carinhosamente beijou as costas da minha mão. 

    - Respira comigo - disse calmo - 1… - puxou o ar e eu fiz o mesmo - 2… - soltou, o ar quente da sua respiração contra minha pele, aquilo de certa forma me confortava - 3...4...5...6...7...8...9 - e assim foi até que minha respiração voltou ao normal - Muito bem, amor. - sorriu.

    - Obrigada - sussurrei o abraçando de volta, dessa vez subindo em seu colo com seus braços agarrando minha cintura.

    - Esta tudo bem agora. - disse sem desfazer o abraço e eu sorri aliviada conforme sentia o peso no meu coração ir embora. - Você nunca vai estar sozinha, sabe disso não sabe? Eu te amo mais que tudo e nunca vou desistir de você, de nós, espero que você saiba disso - ele rompeu o abraço e voltou a olhar nos meus olhos - Sei que você pensa que é um problema, e um incômodo pra mim, e sinceramente de todos os sonhos e pensamentos sem sentido que já contamos um pro outro essa sua idéia é com certeza a mais absurda - disse indignado e eu ri, isso fez o sorriso nos seus labios aumentar. - Quero que você entenda que quando cuido de você eu cuido de mim também - disse segurando minhas mãos - poder te mimar e ter a certeza de que você está feliz deixa meu coração quentinho - colocou a mão direita no peito fazendo aegyo, me fez rir mais uma vez - S/N, o seu sorriso ilumina o meu mundo - falou com as duas mãos no meu rosto, ele limpou uma lágrima em minha bochecha, nem tinha percebido que havia voltado chorar - e se Deus ou qualquer outra divindade existir, juro por ela que nunca vou deixar esse sorriso lindo ir embora.

    - Eu te amo tanto - disse com a minha voz quebrada pelo choro.

     -Eu tambem te amo, s/n - ele sorriu antes de beijar minha testa, e depois meus labios.

    Eu nunca encontraria uma forma que achasse o suficiente pra expressar todo o meu amor.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 06, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Anxiety ( EXO-Jongdae)Onde histórias criam vida. Descubra agora