Brincando de amar...

#1

  FLASHBACK ON:

Era um pouco mais das 18horas da tarde, o sol já havia sumido e o céu estava, aparentemente, mais escuro... Brincava com minha prima Eduarda de escrever cartinhas de amor para um rapazinho que tinha a mesma idade e morava com seus pais e irmãos em uma casa ao lado da casa de minha avó. Eu e minha prima apesar de muitos próximas, dividiamos o primeiro amor com o mesmo garoto, o fábio. Brigavamos sempre sobre quem seria sua primeira namoradinha. Nesse final de tarde, haviamos escrito cartas e enquanto escreviamos um tio dele nos ofereceu ajuda para que colacasse as nossas cartas abaixo do travesseiro dele e assim quando fosse dormir ali estaria as cartas para ele ler. Coisa de menina muito nova né? Mal sabia quem ele era, e muito menos o que era o amor, mas jurava que algum dia ficaria com ele e teria uma enorme família, minha tia Carla sempre apoiou essas maluquices, ela era a que mais botava fé de que algum dia ficariamos juntos mesmo...

FLASHBACK OFF

Já se passaram 10 anos, durante todo esse tempo minha mãe se mudou 2 vezes da casa onde moravamos, afastando cada vez mais da casa de minha avó, e foi assim que meu contato com ela e todos que ali moravam passará a diminuir de forma rápida, no penúltimo ano ela decidiu voltar pra mais perto mas como me acostumei a não estar sempre ali ainda não tinha apegado ao velho costume de sempre visita-la, ia raramente.
Minha relação com a minha mãe, nunca foi das melhores e então nesse último ano passei a ficar mais perto de minha vó, ainda era raro descer lá onde ela morava a duas quadras abaixo de onde eu morava agora, e quando descia permanecia somente dentro da casa da mesma, evitando contato com os demais da vizinhança.

Quinta-feira;
Havia acordado e dessa vez minha rede de wifi, não estava conectando de forma alguma, parecia até que tinha cortado. Tomei um banho e desci até a casa da minha avó, afinal em casa não teria absolutamente nada pra fazer.
Yasmin: Boa tarde de casaaa - disse ao passar pela porta em diração a minha avó
Íris: Que milagre minh neta, sua mãe ligou te procurando disse que as mensagens dela não tinha chegado em você...
Yasmin: ah, é obvio... o Amarildo não pagou a net mais uma vez e cortaram o sinal, só comunica comigo lá com sinal de fumaça - disse bebendo um copo de água.
Íris: e você já avisou ela? Esse Amarildo é díficil demais...
Yasmin: Já sim, acabei de mandar a mensagem. E a senhora, como está?
Íris: to bem, graças a deus... muito feliz agora que você voltou pra casa e não tá mais saindo igual estava antes, você sabe como fico preocupada com você dormindo fora desse jeito né?
Yasmin: a senhora vive preocupada, mesmo eu sempre dando noticias desse jeito vou acabar mofando de tanto ficar em casa porque você tem medo que acontece algo só de ir ali na esquina...
Odiava esse jeito super protetor da minha avó, mas sei que ela não fazia por mal, desde que ela perdeu a visão tudo que a gente faça é mil vezes mais perigoso.
Passei o resto da tarde deitada na sala vendo tv e mexendo no celular, decidir ir embora era uma 19hrs e ela como sempre quis me acompanhar até metade do caminho pois estava com medo de algo me acontecer.
Estavamos saindo de casa e eu vi de longe o Fábio, agora havia mudado tava alto, encorpado mas lindo como sempre... ignorei os pensamentos enquanto minha vó enchia a boca de orgulho para elogia-lo pra mim.
Minha vó na metade do caminho me pediu para acompanhar ela na sexta, até o centro da cidade para comprar algumas coisas que ela precisava e eu só concordei.
Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, não tinha nada pra fazer e eu queria ficar só deitada até dormi, e foi assim que fiz, me deitei e fiquei por ali até cair no sono...